SAEB - DESCRITOR 1 - LÍNGUA PORTUGUESA
QUESTÃO 01: (D1) ENEM 2014
Em uma escala de 0 a 10, o Brasil está entre 3 e 4 no quesito segurança da informação. “Estamos começando a acordar para o problema. Nessa história de espionagem corporativa, temos muita lição a fazer. Falta consciência institucional e um longo aprendizado. A sociedade caiu em si e viu que é uma coisa que nos afeta”, diz S.P., pós-doutor em segurança da informação. Para ele, devem ser estabelecidos canais de denúncia para esse tipo de situação. de acordo com o conselheiro do Comitê Gestor da Internet (CCI), o Brasil tem condições de desenvolver tecnologia própria para garantir a segurança dos dados do país, tanto do governo quanto da população. “Há uma massa de conhecimento dentro das universidades e em empresas inovadoras que podem contribuir propondo medidas para que possamos mudar isso [falta de segurança] no longo prazo”. Ele acredita que o governo tem de usar o seu poder de compra de softwares e hardwares para a área da segurança cibernética, de forma a fomentar nessas empresas a produção de conhecimento na área e a construção de uma cadeia de produção nacional.
SARRES, C. Disponível em: www.ebc.com.br. Acesso em: 22 nov. 2013 (adaptado).
Considerando-se o surgimento da espionagem corporativa em decorrência do amplo uso da internet, o texto aponta uma necessidade advinda desse impacto, que se resume em
(A) alertar a sociedade sobre os riscos de ser espionada.
(B) promover a indústria de segurança da informação.
(C) discutir a espionagem em fóruns internacionais.
(D) incentivar o aparecimento de delatores.
(E) treinar o país em segurança digital.
(B) promover a indústria de segurança da informação.
(C) discutir a espionagem em fóruns internacionais.
(D) incentivar o aparecimento de delatores.
(E) treinar o país em segurança digital.
QUESTÃO 02: (D1) - (PROVA BRASIL 2017) Leia o texto a seguir.
Namoro
O melhor do namoro, claro, é o ridículo. Vocês dois no telefone:
— Desliga você.
— Não, desliga você.
— Você.
— Você.
— Então vamos desligar juntos.
— Tá. Conta até três.
— Um... Dois... Dois e meio...
Ridículo agora, porque na hora não era não. Na hora nem os apelidos secretos que vocês tinham um para o outro, lembra? Eram ridículos. Ronron.
Suzuca. Alcizanzão. Surusuzuca. Gongonha (Gongonhal) Mamosa. Purupupuca...
Não havia coisa melhor do que passar tardes inteiras num sofá, olho no olho, dizendo:
— As dondozeira ama os dondozeiro?
— Ama.
— Mas os dondozeiro ama as dondozeira mais do que as dondozeira ama os dondozeiro.
Na-na-não. As dondozeira ama os dondozeiro mais do que, etc.
E, entremeando o diálogo, longos beijos, profundos beijos, beijos mais do que de línguas, beijos de amígdalas, beijos catetéricos. Tardes inteiras. Confesse: ridículo só porque nunca mais.
Depois de ridículo, o melhor do namoro são as brigas. Quem diz que nunca, como quem não quer nada, arquitetou um encontro casual com a ex ou o ex só para ver se ela ou ele está com alguém, ou para fingir que não vê, ou para ver e ignorar, ou para dar um abano amistoso querendo dizer que ela ou ele agora significa tão pouco que podem até ser amigos, está mentindo. Ah, está mentindo.
E melhor do que as brigas são as reconciliações. Beijos ainda mais profundos, apelidos ainda mais lamentáveis, vistos de longe. A gente brigava mesmo era para se reconciliar depois, lembra? Oito entre dez namorados transam pela primeira vez fazendo as pazes. Não estou inventando. O IBGE tem as estatísticas.
— Desliga você.
— Não, desliga você.
— Você.
— Você.
— Então vamos desligar juntos.
— Tá. Conta até três.
— Um... Dois... Dois e meio...
Ridículo agora, porque na hora não era não. Na hora nem os apelidos secretos que vocês tinham um para o outro, lembra? Eram ridículos. Ronron.
Suzuca. Alcizanzão. Surusuzuca. Gongonha (Gongonhal) Mamosa. Purupupuca...
Não havia coisa melhor do que passar tardes inteiras num sofá, olho no olho, dizendo:
— As dondozeira ama os dondozeiro?
— Ama.
— Mas os dondozeiro ama as dondozeira mais do que as dondozeira ama os dondozeiro.
Na-na-não. As dondozeira ama os dondozeiro mais do que, etc.
E, entremeando o diálogo, longos beijos, profundos beijos, beijos mais do que de línguas, beijos de amígdalas, beijos catetéricos. Tardes inteiras. Confesse: ridículo só porque nunca mais.
Depois de ridículo, o melhor do namoro são as brigas. Quem diz que nunca, como quem não quer nada, arquitetou um encontro casual com a ex ou o ex só para ver se ela ou ele está com alguém, ou para fingir que não vê, ou para ver e ignorar, ou para dar um abano amistoso querendo dizer que ela ou ele agora significa tão pouco que podem até ser amigos, está mentindo. Ah, está mentindo.
E melhor do que as brigas são as reconciliações. Beijos ainda mais profundos, apelidos ainda mais lamentáveis, vistos de longe. A gente brigava mesmo era para se reconciliar depois, lembra? Oito entre dez namorados transam pela primeira vez fazendo as pazes. Não estou inventando. O IBGE tem as estatísticas.
VERÍSSIMO, Luís Fernando. Correio Braziliense. 13/06/1999.
No texto, considera-se que o melhor do namoro é o ridículo associado:
(A) às brigas por amor.
(B) às mentiras inocentes.
(C) às reconciliações felizes.
(D) aos apelidos carinhosos.
(E) aos telefonemas intermináveis.
(B) às mentiras inocentes.
(C) às reconciliações felizes.
(D) aos apelidos carinhosos.
(E) aos telefonemas intermináveis.
QUESTÃO 03: (D1) - (PROVA BRASIL 2015) Leia o texto a seguir.
Por que milho não vira pipoca?
Não importa a maneira de fazer a pipoca. Sempre que se chega ao final do saquinho, lá estão os duros e ruidosos grãos de milho que não estouraram. Essas bolinhas irritantes, que já deixaram muitos dentistas ocupados, estão com os dias contados. Cientistas norte-americanos dizem que agora sabem por que alguns grãos de milho de pipoca resistem ao estouro.
Há algum tempo já se sabe que o milho de pipoca precisa de umidade no seu núcleo de amido, cerca de 15%, para explodir. Mas pesquisadores da Universidade Purdue descobriram que a chave para um bem-sucedido estouro do milho está na casca.
É indispensável uma excelente estrutura de casca para que o milho estoure. Cascas danificadas impedem que a umidade faça a pressão necessária para que o milho vire pipoca. “Se muita umidade escapar, o milho perde a habilidade de estourar e apenas fica ali”, explica Bruce Hamaker, um professor de química alimentar da Purdue.
Há algum tempo já se sabe que o milho de pipoca precisa de umidade no seu núcleo de amido, cerca de 15%, para explodir. Mas pesquisadores da Universidade Purdue descobriram que a chave para um bem-sucedido estouro do milho está na casca.
É indispensável uma excelente estrutura de casca para que o milho estoure. Cascas danificadas impedem que a umidade faça a pressão necessária para que o milho vire pipoca. “Se muita umidade escapar, o milho perde a habilidade de estourar e apenas fica ali”, explica Bruce Hamaker, um professor de química alimentar da Purdue.
Estado de Minas, 25 de abril de 2005.
Para o milho estourar e virar pipoca é preciso que:
(A) a casca seja mais úmida que o núcleo.
(B) a casca evite perda de umidade do núcleo.
(C) o núcleo de amido estoure bem devagar.
(D) o núcleo seja mais transparente que a casca.
(E) a casca seja mais amarela que o núcleo.
(B) a casca evite perda de umidade do núcleo.
(C) o núcleo de amido estoure bem devagar.
(D) o núcleo seja mais transparente que a casca.
(E) a casca seja mais amarela que o núcleo.
QUESTÃO 04: (D1) - (PROVA BRASIL 2017) Leia o texto a seguir.
Os índios descobertos pelo Google Earth
Duas aldeias de índios que vivem isolados foram fotografadas pela primeira vez, na fronteira entre o Peru e o Acre. O sertanista José Carlos Meirelles, da Funai, havia encontrado ainda em terra vestígios de duas etnias desconhecidas e dos nômades maskos.
Rieli Franciscato, outra sertanista da Funai, localizou as coordenadas exatas das malocas pelo Google Earth, programa que fornece mapas por satélite. Meirelles, que procurava os povos havia 20 anos, sobrevoou a área e avistou os roçados e as ocas. O avião assustou a tribo, que nunca teve contato com o homem branco. As mulheres e crianças correram, e os homens tentaram flechar o avião. A exploração de madeira no lado peruano pode ter estimulado a migração das etnias para o território brasileiro.
Rieli Franciscato, outra sertanista da Funai, localizou as coordenadas exatas das malocas pelo Google Earth, programa que fornece mapas por satélite. Meirelles, que procurava os povos havia 20 anos, sobrevoou a área e avistou os roçados e as ocas. O avião assustou a tribo, que nunca teve contato com o homem branco. As mulheres e crianças correram, e os homens tentaram flechar o avião. A exploração de madeira no lado peruano pode ter estimulado a migração das etnias para o território brasileiro.
Época, n. 524, 02/06/2008, p.17.
De acordo com esse texto, o primeiro contato entre os índios descobertos e o homem civilizado despertou nos índios um sentimento de:
(A) alegria.
(B) dúvida.
(C) raiva.
(D) repulsa.
(E) susto.
(B) dúvida.
(C) raiva.
(D) repulsa.
(E) susto.
QUESTÃO 05: (D1) - (PROVA BRASIL 2019) Leia o texto a seguir.
Meditação
Para meditar,
o homus modernos ocidentalis
cruza as pernas
deixa as costas eretas
os braços relaxados
concentra a atenção num
ponto e assim imóvel
em pensamento e ação
liga a televisão.
o homus modernos ocidentalis
cruza as pernas
deixa as costas eretas
os braços relaxados
concentra a atenção num
ponto e assim imóvel
em pensamento e ação
liga a televisão.
Ulisses Tavares
A expressão homus modernos ocidentalis refere-se:
(A) aos homens que vivem nas cidades.
(B) às pessoas que assistem televisão.
(C) à sociedade moderna ocidental.
(D) à sociedade machista e patriarcal.
(E) às pessoas em qualquer tempo histórico.
(B) às pessoas que assistem televisão.
(C) à sociedade moderna ocidental.
(D) à sociedade machista e patriarcal.
(E) às pessoas em qualquer tempo histórico.
GABARITO
01: B
02: C
03: B
04: E
05: A
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