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sábado, 25 de maio de 2024

ATIVIDADE SOBRE O LIVRO CAPITÃES DA AREIA DE JORGE AMADO - ENSINO MÉDIO

 
QUESTÃO 01: (UEA-AM) Leia o texto a seguir.

Certa hora Nhozinho França manda que o Sem-Pernas vá substituir Volta Seca na venda de bilhetes. E manda que Volta Seca vá andar no carrossel. E o menino toma o cavalo que serviu a Lampião. E enquanto dura a corrida, vai pulando como se cavalgasse um verdadeiro cavalo. E faz movimentos com o dedo, como se atirasse nos que vão na sua frente, e na sua imaginação os vê cair banhados em sangue, sob os tiros da sua repetição. E o cavalo corre e cada vez corre mais, e ele mata a todos, porque são todos soldados ou fazendeiros ricos. Depois possui nos bancos a todas as mulheres, saqueia vilas, cidades, trens de ferro, montado no seu cavalo, armado com seu rifle.

Depois vai o Sem-Pernas. Vai calado, uma estranha comoção o possui. Vai como um crente para uma missa, um amante para o seio da mulher amada, um suicida para a morte. Vai pálido e coxeia. Monta um cavalo azul que tem estrelas pintadas no lombo de madeira. Os lábios estão apertados, seus ouvidos não ouvem a música da pianola. Só vê as luzes que giram com ele e prende em si a certeza de que está num carrossel, girando um cavalo como todos aqueles meninos que têm pai e mãe, e uma casa e quem os beije e quem os ame. Pensa que é um deles e fecha os olhos para guardar melhor esta certeza. Já não vê os soldados que o surraram, o homem de colete que ria. Volta Seca os matou na sua corrida. O Sem-Pernas vai teso no seu cavalo. É como se corresse sobre o mar para as estrelas na mais maravilhosa viagem do mundo. Uma viagem como o Professor nunca leu nem inventou. Seu coração bate tanto, tanto, que ele o aperta com a mão.

Jorge Amado. Capitães da Areia

Assinale a alternativa com comentário pertinente à leitura do texto.

(A) O trecho se coaduna com os ideais da primeira fase modernista e suas intenções de construir uma prosa antipassadista, em busca de ruptura formal com a liberdade.
(B) Encaixa-se na segunda fase do Modernismo e é exemplo da literatura de caráter social com ambientação na Bahia.
(C) Corresponde ao Modernismo de segunda fase e incorpora as relações de poder no ciclo do cacau, no sul da Bahia.
(D) Revela plena intenção de seu autor de extrapolar as formas convencionais de composição ao criar personagens representativos da seca no Nordeste.
(E) Constitui exemplo de literatura pré-modernista, que, ao lado das obras de Euclides da Cunha, busca construir um retrato definitivo do povo brasileiro.

QUESTÃO 02: (UFMS) Sobre o romance Capitães da Areia, é correto afirmar que

(A) ao enfatizar a naturalidade e a espontaneidade da fala cotidiana, o narrador incorpora ao texto a linguagem popular, registrando a fala das personagens tal como ela parece ser produzida.
(B) há o predomínio do discurso indireto livre, observando-se a intenção do narrador de colocar em destaque o íntimo das personagens e o afloramento constante dos desejos femininos.
(C) o assunto da obra em questão são os marinheiros, e ela inaugura um verdadeiro ciclo marítimo na produção de Jorge Amado, projeto que se irá completar com outras obras, como: Mar Morto, Jubiabá e Velhos Marinheiros.
(D) é uma obra regionalista, cuja preocupação central é registrar costumes, crenças, tradições e linguagem típicas do litoral da Bahia.
(E) dentre as personagens que povoam seu universo ficcional, há que se destacar Pixote, figura que inspirou um filme com o mesmo nome.

QUESTÃO 03: Leia as asserções e assinale a alternativa correta.

I. As personagens de Capitães da Areia, geralmente planas e típicas, podem ser agrupadas em duas esferas sociais: a dos pobres e a dos ricos. Todavia, Pedro Bala, professor, Sem-Pernas, Volta Seca e o padre José Pedro apresentam maior complexidade psicológica, aproximando-se da categoria das personagens redondas.

II. O narrador de Capitães da Areia pronuncia-se em terceira pessoa, é dotado de onisciência e mantém uma relação empática com as personagens marginalizadas. Frequentemente, o mundo interior das personagens mais importantes é revelado por meio da técnica do discurso indireto livre.

III. Quanto ao gênero literário, Capitães da Areia é um romance que pode ser vinculado à tradição do romance de aprendizagem ou de formação, além de apresentar algumas conexões com a novela picaresca, na medida em que a narrativa contém a biografia de Pedro Bala, cujo processo de desenvolvimento físico e moral o leitor acompanha desde a infância até o início da vida adulta.

São corretas

(A) somente I.
(B) Somente III.
(C) Somente I e II.
(D) Todas.
(E) Nenhuma.

QUESTÃO 04: (Cefet-BA) Entre os Capitães da Areia, vivia apenas uma mulher, Dora. Esta personagem

(A) tem um papel importante, encarnando, em momentos diversos, a figura de mãe, irmã e esposa.
(B) representa a força feminina, nas obras de Jorge Amado, a partir da questão da prostituição e da marginalização social.
(C) provoca uma série de problemas entre o grupo, que perduram até a sua morte, por causa da varíola.
(D) traz alívio para os pequenos que faziam parte do grupo, porque, enquanto os outros saíam para os roubos, ela se responsabilizava pelos que ficavam.
(E) tenta conseguir emprego de empregada doméstica, mas não conseguiu, porque tinha contraído varíola, epidemia que assolou a cidade, provocando óbitos e medo.









GABARITO

01: B
02: A
03: D
04: A




sábado, 18 de maio de 2024

ATIVIDADES DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - ENSINO MÉDIO - PREPARATÓRIO ENEM

 

LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES 01 A 05

O enriquecimento (ampliação) de uma língua consiste em "usar", "praticar" a língua. As palavras são como peças de um complicado jogo. Jogando a gente aprende. Aprende as regras do jogo. As peças usadas são as mesmas, mas nunca são usadas da mesma maneira. No deixar-se carregar pelo jogo do uso somos levados às inúmeras possibilidades da língua. As possibilidades são sempre diferentes, nunca iguais. Mas todas as diferenças cabem na mesma identidade. Todas as palavras figuram nos vários discursos como diferentes: diferentes são as palavras no discurso científico, literário, filosófico, artístico, teológico. Mas cabem sempre na mesma identidade. São expressões possíveis da linguagem.

Texto de Arcângelo R. Buzzi. Introdução ao pensar. Editora Vozes, 1973.

QUESTÃO 01: De acordo com o texto

(A) as palavras da língua correspondem às peças do jogo.
(B) as palavras da língua correspondem às regras do jogo.
(C) as peças do jogo correspondem às regras do jogo.
(D) jogos diferentes exigem peças diferentes.
(E) frases diferentes exigem palavras diferentes.

QUESTÃO 02: Segundo o texto

(A) quem joga combina palavras.
(B) quem joga combina regras.
(C) quem fala combina peças.
(D) quem fala combina palavras.
(E) tanto quem fala como quem joga combina regras.

QUESTÃO 03: O texto afirma que

(A) seria útil aplicar, na aprendizagem das regras do jogo, o mesmo método que se emprega ao aprender uma língua.
(B) se chega às possibilidades da língua da mesma forma que às regras do jogo, praticando.
(C) aprender uma língua é tão complicado como aprender as regras de um jogo.
(D) as línguas são complicadas porque a maioria de suas regras são comparáveis a jogos complexos.
(E) o conhecimento das regras de jogos complicados facilita o entendimento das regras da língua.

QUESTÃO 04: A partir do texto pode-se concluir que

(A) nos diversos discursos - científico, literário etc. - as palavras devem ser diferentes porque é imperícia repetir as mesmas palavras.
(B) as palavras tornam-se diferentes nos diversos discursos graças às combinações diferentes, como acontece com as peças no jogo.
(C) a linguagem torna possível expressar os diferentes discursos porque possui um número muito grande de palavras.
(D) o que identifica um discurso linguístico com outro são certas expressões comuns que todos usam.
(E) mudando o jogo, mudam-se as peças; mudando o discurso, mudam-se igualmente as palavras.

QUESTÃO 05: A palavra "teológico", no texto, refere-se

(A) aos santos.
(B) à igreja.
(C) à moral e aos bons costumes.
(D) a Deus.
(E) à lógica.













GABARITO

01: A
02: D
03: B
04: E
05: B







sábado, 11 de maio de 2024

ATIVIDADES - USO DO ACENTO INDICADOR DE CRASE

 
01. Assinale com um X a alternativa que ocorre crase.

a. (   ) A bebida alcoólica é prejuducial a saúde.
b. (   ) É preciso que sejamos úteis a sociedade.
c. (   ) O cachorro é fiel a seu dono.
d. (   ) Diga-lhe que estou a sua espera.
e) (   ) Chovendo, não iremos a praia.

02. Faça o uso da crase, quando necessário, e justifique a sua resposta.

a. Nada escapava a destreza de sua mãe.
b. Partiremos daqui a sete dias.
c. Deu preferência aquele carro.
d. Devemos obediência a nossos país.
e. A sua agressividade põe tudo a perder.

03. Reescreva as frases a seguir, substituindo os termos destacados pela palavra que aparece entre parênteses. Faças as adaptações necessárias.

a. Nunca fui a Curitiba (Brasília), mas já fui ao Paraguai (Argentina).
b. Referia-me ao médico da família. (médica)
c. Comprei o enxoval a prazo. (vista)
d. As chuvas causam prejuízo aos agricultores. (lavoura)
e. Assistios ao filme premiado. (peça)

04. Copie as frases a seguir, completando-as com aquele, àquele, aquela, àquela, aquilo ou àquilo.

a. Obedeceram .................. maluco.
b. Referia-se .............. que todos sabiam ser proibido.
c. Encontrei ................. menina de que falávamos ontem.
d. Cheguei ............... vila horrível embaixo de chuva.
e. Acostumei-me ............... vida tranquila.





GABARITO
01. 
a: à
b: à
c: Não ocorre crase diante de palavra no masculino
d: à
e: à

02. 
a: à: preposição a + artigo a
b: Não há crase diante de numerais
c: àquele: preposição a + pronome demonstrativo aquele
d: Não há crase diante de palavras masculinas
e: Não há crase diante de verbo.

03. 
a: Nunca fui a Brasília, mas já fui à Argentina.
b) à médica
c) à vista
d) à lavoura
e) à peça

04.
a. àquele
b. àquilo
c. aquela
d. àquela
e. àquela







sábado, 4 de maio de 2024

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - PREPARATÓRIO PARA O ENEM

 

QUESTÃO 01: Leia o texto a seguir.

Nestes dias de Natal, a arte de comprar se reveste de exigências particularmente difíceis. Não poderemos adquirir a primeira coisa que se ofereça à nossa vista: seria uma vulgaridade. Teremos de descobrir o imprevisto, o incognoscível, o transcendente. Não devemos também oferecer nada de essencialmente necessário ou útil, pois a graça destes presentes parece consistir na sua desnecessidade e inutilidade. Ninguém oferecerá, por exemplo, um quilo (ou mesmo um saco) de arroz ou feijão, para a insidiosa fome que se alastra por estes nossos campos de batalha; ninguém ousará comprar uma boa caixa de sabonetes desodorantes para o suor da testa com que - especialmente neste verão - teremos de conquistar o pão de cada dia. Não: presente é presente, isto é, um objeto extremamente raro e caro, que não sirva, a bem dizer, para coisa alguma.

De acordo com o texto

(A) é bom estudar os preços do mercado natalino antes de efetuar as primeiras compras.
(B) ninguém faz compras de Natal atendendo à funcionalidade dos presentes.
(C) não há presentes úteis postos à disposição dos compradores durante as festas de Natal.
(D) as festas natalinas revestem-se invariavelmente de um caráter de superficialidade e antirreligiosidade.
(E) os presentes natalinos têm que apresentar, não utilidade, mas a marca do significado espiritual da data.

LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES 02 A 04.

Condicionada fundamentalmente pelos veículos de massa, que a coagem a respeitar o "código" de convenções do ouvinte, a música popular não apresenta, senão em grau atenuado, o contraditório entre informação e redundância, produção e consumo. Desse modo, ela se encaminha para o que Umberto Eco denomina de música "gastronômica": um produto industrial que não persegue nenhum objetivo artístico, mas, ao contrário, tende a satisfazer as exigências do mercado, e que tem, como característica principal, não acrescentar nada de novo, redizendo sempre aquilo que o auditório já sabe e espera ansiosamente ver repetido. Em suma: o servilismo ao "código" apriorístico - assegurando a comunicação imediata com o público - é o critério básico de sua confecção. "A mesma praça. O mesmo banco. As mesmas flores, o mesmo jardim." O mesmismo. Todo mundo fica satisfeito. O público. A TV. Os anunciantes. As casas de disco. A crítica. E, obviamente, o autor. Alguns ganham com isso (financeiramente falando). Só o ouvinte-receptor não "ganha" nada. Seu repertório de informações permanece, mesmissimamente, o mesmo. Mas nem tudo é redundância na música popular. É possível discernir no seu percurso momentos de rebeldia contra a estandartização e o consumismo.
Assim foi com o Jazz Moderno e a Bossa-Nova.

Texto de Augusto de Campos. O Balanço da Bossa.

QUESTÃO 02: O texto discute

(A) a nulidade da ação dos veículos de massa sobre a música popular.
(B) a invariabilidade da mensagem transmitida pela música popular.
(C) o entusiasmo do auditório em relação à música popular.
(D) a adesão ao consumismo representada pelo Jazz Moderno e a Bossa-Nova.
(E) o objetivo artístico a que se propõe a música popular.

QUESTÃO 03: De acordo com o texto, o autor produz a música "gastronômica" porque

(A) gosta de progredir, voltar-se para o futuro.
(B) sente-se inseguro diante do novo.
(C) é rebelde, contrário à estandartização.
(D) quer satisfazer os veículos de massa.
(E) tem espírito crítico muito desenvolvido.

QUESTÃO 04: No primeiro período do texto, observamos uma relação de

(A) causa e efeito.
(B) efeito e fim.
(C) condição e fim.
(D) consequência e condição.
(E) causa e concessão.

QUESTÃO 05: Leia o texto a seguir.

O nosso passado de incultura literária e de relativo desapreço pelo livro criou, para o presente, uma ambígua predisposição psicológica, que se traduz ora pelo imoderado desânimo perante a nossa massa colossal de analfabetos, ora pelo cego otimismo diante da saudável expansão do parque editorial.

De acordo com o texto

(A) não há equilíbrio na maneira como o brasileiro se dispõe a encarar a situação do livro no Brasil.
(B) o número exorbitante de analfabetos no país explica a pouca importância que se dá ao livro.
(C) a expansão do parque editorial desperta o interesse do leitor pelo hábito da leitura.
(D) a cultura literária brasileira do passado não se compara com a do presente.
(E) o brasileiro sempre valorizou a leitura literária, o que corrobora com o otimismo das editoras.












GABARITO

01: E
02: B
03: D
04: A
05: A