Não solicitamos autorização de terceiros para a publicação de conteúdo neste blog. Caso alguém discorde de alguma publicação, entre em contato pelo e-mail elisandro.felix@gmail.com e solicite, com justificativa, a exclusão do material.
SEJAM BEM-VINDOS AO PORTAL DA TAREFA LEGAL
NÃO RECLAMEM DOS ANÚNCIOS, SÃO ELES QUE AJUDAM MANTER O FUNCIONAMENTO DESSA PÁGINA.

sábado, 28 de agosto de 2021

QUESTÕES PARA SIMULADO DE LÍNGUA PORTUGUESA ENSINO MÉDIO COM GABARITO

QUESTÃO 01: Leia o texto a seguir:

Há muitos séculos, o homem vem construindo aparelhos para medir o tempo e não lhe deixar perder a hora. Um dos mais antigos foi inventado pelos chineses e consistia em uma corda cheia de nós a intervalos regulares. Colocava-se fogo ao artefato e a duração de algum evento era medida pelo tempo que a corda levava para queimar entre um nó e outro. Não há registros, mas com certeza diziam-se coisas como: “Muito bonito, não? Você está atrasado há mais de três nós!”

 

JORNAL O ESTADO DE S. PAULO, 28 mai. 1992.

 

A finalidade do texto é

 

(A) informar.

(B) descrever.

(C) argumentar.

(D) narrar.

(E) Todas as alternativas estão corretas.

 

QUESTÃO 02: Leia abaixo o trecho de Deus Foi Almoçar, romance de Ferréz, publicado em 2011.


“Datas, dias, minutos e segundos, atrasos, interesses, ganhos e perdas, a vida era assim agora. Ele sorriu levemente, o homem é o único ser capaz de fazer uma armadilha para si mesmo.

Carros, apartamentos, pequenos bares, shoppings, tudo congestionado, tudo limitado, emparedado, fechado. A sensação de sair dessas coisas era indescritível, se tivesse uma pena por assalto ou homicídio, tanto fazia. Prisão ou shopping center? Não precisava olhar tudo para saber o que existia realmente, mas por mais que olhasse não saberia dizer o que era verdade”.


FERRÉZ. Deus foi almoçar. São Paulo: Planeta, 2012.


No trecho acima, podemos observar: 


(A) a infelicidade do narrador com sua própria vida.

(B) a perturbação emocional do personagem que não sabe o que é falso ou o que é real.

(C) a constatação de suas próprias limitações projetadas no espaço externo.

(D) uma crítica à forma como vivemos nas cidades a partir da sensação de aprisionamento.

(E) a incapacidade de ser feliz em espaços urbanos.


QUESTÃO 03: (ENEM) Leia a tirinha abaixo.

 


Tendo em vista a segunda fala do personagem entrevistado, constata-se que

 

(A) o entrevistado deseja convencer o jornalista a não publicar um livro.

(B) o principal objetivo do entrevistado é explicar o significado da palavra motivação.

(C) são utilizados diversos recursos da linguagem literária, tais como a metáfora e a metonímia.

(D) o entrevistado deseja informar de modo objetivo o jornalista sobre as etapas de produção de um livro.

(E) o principal objetivo do entrevistado é evidenciar seu sentimento com relação ao processo de produção de um livro. 


QUESTÃO 04: Leia o texto a seguir:


Sobre os perigos da leitura

 

Nos tempos em que eu era professor da Unicamp, fui designado presidente da comissão encarregada da seleção dos candidatos ao doutoramento, o que é um sofrimento. Dizer esse entra, esse não entra é uma responsabilidade dolorida da qual não se sai sem sentimentos de culpa. Como, em 20 minutos de conversa, decidir sobre a vida de uma pessoa amedrontada? Mas não havia alternativas. Essa era a regra. Os candidatos amontoavam-se no corredor recordando o que haviam lido da imensa lista de livros cuja leitura era exigida. 


Aí tive uma ideia que julguei brilhante. Combinei com os meus colegas que faríamos a todos os candidatos uma única pergunta, a mesma pergunta. Assim, quando o candidato entrava trêmulo e se esforçando por parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais deliciosa de todas: “Fale-nos sobre aquilo que você gostaria de falar!”. [...]


A reação dos candidatos, no entanto, não foi a esperada. Aconteceu o oposto: pânico. Foi como se esse campo, aquilo sobre o que eles gostariam de falar, lhes fosse totalmente desconhecido, um vazio imenso. Papaguear os pensamentos dos outros, tudo bem. Para isso, eles haviam sido treinados durante toda a sua carreira escolar, a partir da infância. Mas falar sobre os próprios pensamentos – ah, isso não lhes tinha sido ensinado!


Na verdade, nunca lhes havia passado pela cabeça que alguém pudesse se interessar por aquilo que estavam pensando. Nunca lhes havia passado pela cabeça que os seus pensamentos pudessem ser importantes.


Rubem Alves, www.cuidardoser.com.br. Adaptado.


A palavra “brilhante”, no início do 2.º parágrafo, significa

 

(A) detestável.

(B) luzente.

(C) luxuosa.

(D) admirável.

(E) lustrosa.


QUESTÃO 05: (ENEM 2009). Leia o texto a seguir:

 

COM NICIGA, PARAR DE FUMAR FICA MUITO MAIS FÁCIL.

 

1. Fumar aumenta o número de receptores do seu cérebro que se ativam com nicotina.

2. Se você interrompe o fornecimento de uma vez, eles enlouquecem e você sente os desagradáveis sintomas da falta do cigarro.

3. Com seus adesivos transdérmicos, Niciga libera nicotina terapêutica de forma controlada no seu organismo, facilitando o processo de parar de fumar e ajudando a sua força de vontade. Com Niciga, você tem o dobro de chances de parar de fumar.

 

Para convencer o leitor, o anúncio emprega como recurso expressivo, principalmente,

 

(A) as rimas entre Niciga e nicotina.

(B) o uso de metáforas como “força de vontade”.

(C) a repetição enfática de termos semelhantes como “fácil” e “facilidade”.

(D) a utilização dos pronomes de segunda pessoa, que fazem um apelo direto ao leitor.

(E) a informação sobre as consequências do consumo do cigarro para amedrontar o leitor.


QUESTÃO 06: Leia o texto a seguir.


O que é bullying virtual ou cyberbullying?


É o bullying que ocorre em meios eletrônicos, com mensagens difamatórias ou ameaçadoras circulando por e-mails, sites, blogs (os diários virtuais), redes sociais e celulares.

É quase uma extensão do que dizem e fazem na escola, mas com o agravante de que as pessoas envolvidas não estão cara a cara.


Dessa forma, o anonimato pode aumentar a crueldade dos comentários e das ameaças e os efeitos podem ser tão graves ou piores. “O autor, assim como o alvo, tem dificuldade de sair de seu papel e retomar valores esquecidos ou formar novos”, explica Luciene Tognetta, doutora em Psicologia Escolar e pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).


Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br. Acesso em: 3 ago. 2012 (adaptado).


Segundo o texto, com as tecnologias de informação e comunicação a prática do bullying ganha novas nuances de perversidade e é potencializada pelo fato de


(A) atingir um grupo maior de espectadores.

(B) dificultar a identificação do agressor incógnito.

(C) impedir a retomada de valores consolidados pela vítima.

(D) possibilitar a participação de um número maior de autores.

(E) proporcionar o uso de uma variedade de ferramentas da internet.



E AÍ, GOSTOU DA PUBLICAÇÃO? COMENTA AQUI ABAIXO 👇!

PRECISAMOS MUITO DE SUA AJUDA PARA CONTINUARMOS.



GABARITO

01: A
02: D
03: E
04: D
05: D
06: B



sábado, 21 de agosto de 2021

TREINANDO A REDAÇÃO: PROPOSTA DE PRODUÇÃO DE TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO

TREINANDO PARA A REDAÇÃO ENEM

TEMA: Desafios da Educação Inclusiva no Brasil

Proposta de redação

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da Língua Portuguesa sobre o tema "Desafios da Educação Inclusiva no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

92,7% dos estudantes com deficiência frequentam classes regulares na rede pública

Número de matrículas passou de 365 mil alunos em 2009 para 655 mil em 2014

A meta 4 do Plano Nacional de Educação (PNE) […], sancionado no ano passado, é objetiva: o Brasil deve universalizar o acesso à Educação Básica para a população entre 4 e 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades e superdotação, nos próximos 9 anos. A meta ainda estabelece que os alunos tenham direito a um atendimento educacional especializado na rede regular de ensino, garantindo, assim, um sistema educacional mais inclusivo.

Segundo levantamento do movimento Todos Pela Educação, nos últimos cinco anos o País avançou na área […]

Maior responsável por este avanço, a rede pública de ensino detém atualmente 79,7% das matrículas […]

LARIEIRA, Leticia. 92,7% dos estudantes com deficiência frequentam classes regulares na rede pública. Todos pela Educação, 17 jun. 2015. Disponível em: 
<www.todospelaeducacao.org.br/reportagens-tpe/34061/927-dos-estudantes-com-deficiencia-frequentam-classes-regulares-na-rede-publica/>. Acesso em: 16 ago. 2015.

TEXTO II

Ensino inclusivo beneficia estudantes com e sem deficiência

[…] na legislação brasileira, quem se negar ou fizer cessar a inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, devido à deficiência do estudante está sujeito a punição. O crime é punível com reclusão de 1 a 4 anos.

No entanto, não foi fácil para Mara Bueno, de Cambuí, Minas Gerais, encontrar uma escola que aceitasse o filho Matheus, diagnosticado aos 4 anos com a síndrome de Asperger, doença relacionada ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). As principais características da síndrome são dificuldade de socialização, atos motores repetitivos e interesses circunscritos intensos que ocupam totalmente o foco da atenção […]

[…] “A maioria das escolas particulares não está preparada para atender portadores de quaisquer deficiências. Elas visam o lucro e não a verdadeira educação”, afirma.

Hoje, com 5 anos, o menino estuda em uma escola da rede pública, com professor de apoio e psicopedagoga custeados pelo governo. Segundo Mara, ele tem um bom desempenho e já fez amigos. “A rede pública nos oferece o que não encontramos na rede particular”, conta. Para a mãe do menino, a inclusão deve existir para que, no futuro, não se discrimine quem tem algum tipo de deficiência. “Inclusão é conhecimento, paciência e amor, muito amor”, diz.
[…]

LIMA, Marcela. Ensino inclusivo beneficia estudantes com e sem deficiência. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 13 dez. 2014. Disponível em:
<http://vida-estilo.estadao.com.br/noticias/comportamento,ensino-inclusivo-beneficia-estudantes-com-e-sem-deficiencia,1606342>. Acesso em: 16 ago. 2015.

TEXTO III

Escolas privadas vão ao STF contra obrigação de ter alunos com deficiência

[…]
Para as escolas particulares, o gasto para manter a estrutura (equipamentos, recursos didáticos, médicos, psicólogos, professores especializados etc.) “tem custo altíssimo, imprevisível e inimaginável, impossível de ser suportado pela grande maioria das famílias ou de ser rateados por todos os alunos através das anuidades escolares que pagam os matriculados em escolas particulares”. Com isso, os altos custos poderão resultar na perda em massa de alunos, demissão de professores e até fechamento de escolas particulares, diz a [Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen)].
[…]

Escolas privadas vão ao STF contra obrigação de ter alunos com deficiência. UOL Educação, São Paulo, 14 ago. 2014. 
Disponível em: 
<http://educacao.uol.com.br/noticias/2015/08/14/escolas-privadas-vao-ao-stf-contra-obrigacao-de-ter-alunos-com-deficiencia.htm>. Acesso em: 16 ago. 2015.

TEXTO IV

Escolas especiais tentam manter alunos e criticam “inclusão radical”

[…]
Segundo a presidente da Federação das Apaes [Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais], Aracy Maria da Silva Ledo, o texto do PNE foi modificado no Senado no item que trata da inclusão de pessoas com deficiência. A meta quatro dizia que é preciso universalizar, para a população entre 4 e 17 anos com deficiência, o acesso à educação, preferencialmente, na escola regular. No entanto, o novo texto retirou a palavra “preferencialmente”, o que, para Aracy, pode acabar com as Apaes.

“Vamos pressionar os parlamentares pela mudança neste texto. Queremos que se mantenha o direito da família escolher se a criança vai para a escola regular ou para a especial. Uma não pode excluir a outra”. […]

Aracy defende ainda que muitas crianças com deficiência intelectual não têm condições de acompanhar o aprendizado nas escolas regulares e que precisam do atendimento especial nas Apaes. “Temos fisioterapeuta, fonoaudiólogo, profissionais treinados para acompanhar essas crianças, estrutura que a escola pública não oferece”, afirma, ao ressaltar que boa parte dos professores não está preparada para atender alunos com necessidades especiais.
[…]

CHAGAS, Angela. Escolas especiais tentam manter alunos e criticam “inclusão radical”. Terra, São Paulo, 4 dez. 2013. Disponível em: 
<http://noticias.terra.com.br/educacao/escolas-especiais-tentam-manter-alunos-e-criticam-inclusao-radical,ff00ddb091e70410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html>. Acesso em: 16 ago. 2015.



E AÍ, GOSTOU DA PUBLICAÇÃO? COMENTA AQUI ABAIXO 👇!

PRECISAMOS MUITO DE SUA AJUDA PARA CONTINUARMOS.


sábado, 14 de agosto de 2021

DOIS TEMAS PARA PRATICAR A REDAÇÃO DISSERTATIVA: DIREITO AO VOTO E DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

VAMOS PRATICAR A ESCRITA DO GÊNERO DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA?


TEMA 01: O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais de que o Brasil necessita?


Para que existam hoje os direitos políticos, o direito de votar e ser votado, de escolher seus governantes e representantes, a sociedade lutou muito.


(www.iarabernardi.gov.br. 01/03/02)


A política foi inventada pelos humanos como o modo pelo qual pudessem expressar suas diferenças e conflitos sem transformá-los em guerra total, em uso da força e extermínio recíproco. (…)

A política foi inventada como o modo pelo qual a sociedade, internamente dividida, discute, delibera e decide em comum para aprovar ou reiterar ações que dizem respeito a todos os seus membros.


(Marilena Chauí. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1994.)


A democracia é subversiva. … subversiva no sentido mais radical da palavra. 

Em relação à perspectiva política, a razão da preferência pela democracia reside no fato de ser ela o principal remédio contra o abuso do poder. Uma das formas (não a única) é o controle pelo voto popular que o método democrático permite pôr em prática. Vox populi vox dei.


(Norberto Bobbio. Qual socialismo? Discussão de uma alternativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. Texto adaptado.)


Comício pelas Diretas Já, em São Paulo, 1984.


Se você tem mais de 18 anos, vai ter de votar nas próximas eleições. 

Se você tem 16 ou 17 anos, pode votar ou não. O mundo exige dos jovens que se arrisquem. Que alucinem. Que se metam onde não são chamados. Que sejam encrenqueiros e barulhentos. Que, enfim, exijam o impossível. 

Resta construir o mundo do amanhã. Parte desse trabalho é votar. Não só cumprir uma obrigação. Tem de votar com hormônios, com ambição, com sangue fervendo nas veias. Para impor aos vitoriosos suas exigências – antes e principalmente depois das eleições.


(André Forastieri. Muito além do voto. Época. 6 de maio de 2002. Texto adaptado.)


Considerando a foto e os textos apresentados, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais de que o Brasil necessita? 

Ao desenvolver o tema, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões, e elabore propostas para defender seu ponto de vista.


FONTE: Editora FTD


TEMA 02: Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional?


(Angeli, Folha de S.Paulo, 14.05.2000)


“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à saúde, à alimentação, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, crueldade e opressão”.


(Artigo 227, Constituição da República Federativa do Brasil.)


(…) Esquina da Avenida Desembargador Santos Neves com Rua José Teixeira, na Praia do Canto, área nobre de Vitória. A.J., 13 anos, morador de Cariacica, tenta ganhar algum trocado vendendo balas para os motoristas. (…)

“Venho para a rua desde os 12 anos. Não gosto de trabalhar aqui, mas não tem outro jeito. Quero ser mecânico”.


(A Gazeta, Vitória (ES), 9 de junho de 2000.)


Entender a infância marginal significa entender por que um menino vai para a rua e não à escola. Essa é, em essência, a diferença entre o garoto que está dentro do carro, de vidros fechados, e aquele que se aproxima do carro para vender chiclete ou pedir esmola. E essa é a diferença entre um país desenvolvido e um país de Terceiro Mundo.


Gilberto Dimenstein. O cidadão de papel. São Paulo, Ática, 2000. 19a edição.


Com base na leitura da charge, do artigo da Constituição, do depoimento de A.J. e do trecho do livro O cidadão de papel, redija um texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo, sobre o tema: Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional?


FONTE: Editora FTD




E AÍ, GOSTOU DA PUBLICAÇÃO? COMENTA AQUI ABAIXO 👇!

 

PRECISAMOS MUITO DE SUA AJUDA PARA CONTINUARMOS.

APOIE O NOSSO PROJETO. SAIBA COMO!




sábado, 7 de agosto de 2021

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA ENSINO MÉDIO COM GABARITO

LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES 01 E 02.


Disputam-se ‘‘play-offs'', atualmente, no campeonato nacional. ‘‘Play-off'' é um termo importado do basquete americano que ultimamente passou a integrar o repertório da crônica esportiva. A Confederação Brasileira de Futebol, CBF, resolveu rotular as finais de ‘‘play-offs'', no regulamento do atual campeonato, e os basbaques foram atrás. A história do futebol, no Brasil, é, entre outras coisas, uma história de triunfo da língua portuguesa. O futebol, esporte inglês, introduzido por ingleses no país, no início era jogado em inglês. Entravam em campo não o goleiro, mas o ‘‘goalkeeper'', não o zagueiro, mas o ‘‘back''. A aclimatação deu-se às vezes por simples aportuguesamento das palavras, como no ‘‘goal'' que virou ‘‘gol''. Algumas poucas palavras inglesas ainda não caíram em completo desuso, como ‘‘corner'', mas ‘‘corner'' já está perdendo feio para ‘‘escanteio''.


O triunfo da língua reflete o triunfo do futebol. Mostra que o futebol se enraizou a tal ponto, nestas terras, que o povo acabou por revesti-lo com o que tem de mais particular e íntimo, que é o idioma. Eis que agora se tenta entregar o futebol de volta à língua inglesa - e, por cúmulo, não à língua inglesa da Inglaterra, mas dos Estados Unidos, um dos únicos países do mundo que não tem nada a ver com futebol, e com termos emprestados de outro esporte, o basquete. (...) Isto se dá quando nem estão nos pedindo nada. Nós é que nos oferecemos, em virtude de irrefreável impulso de submissão. Seria um caso incurável de carência de colonizador. Não, não compliquemos. Chamemos o fenômeno por seu nome. É bobeira mesmo.


(Toledo, Roberto Pompeu. Entre a assistência e o play-off. Veja, 09/12/1998, p. 198).


QUESTÃO 01: No Texto, o autor admite que os brasileiros:


(A) reagem contra todo tipo de submissão.

(B) rompem, facilmente, com a cultura colonizadora.

(C) acabaram por subverter, definitivamente, a imposição de estrangeirismos no campo do futebol.

(D) retrocederam na sua disposição de incorporar o vocabulário do futebol à língua portuguesa.

(E) rejeitam influências do inglês europeu sobre o vocabulário do futebol.


QUESTÃO 02: Leia os enunciados abaixo, referentes às ideias expressas no texto.


1) O tema da submissão brasileira à cultura estrangeira foi abordado sob o ponto de vista da prática

esportiva.

2) A escolha de expressões como ‘‘um caso incurável de carência do colonizador'' e ‘‘é bobeira, mesmo'' confere um tom de repreensão, embora um tanto jocoso, ao texto.

3) Coube à Confederação Brasileira de Futebol a adaptação dos termos ingleses à língua portuguesa.

4) O texto demonstra que, ao longo de algum tempo, houve mudanças de atitude do brasileiro em relação ao uso de termos estrangeiros no futebol.


Estão corretos apenas:


(A) 1, 2 e 4.

(B) 1, 3 e 4.

(C) 1 e 3.

(D) 2 e 3.

(E) 2 e 4.


QUESTÃO 03: Leia o texto a seguir:


LÍNGUA


Gosto de sentir minha língua roçar

A língua de Luís de Camões

Gosto de ser e de estar

E quero me dedicar

A criar confusões de prosódia

E uma profusão de paródias

Que encurtem dores

E furtem cores como camaleões

Gosto do Pessoa na pessoa

Da rosa no Rosa

E sei que a poesia está para a prosa

Assim como o amor está para a amizade

E quem há de negar que esta lhe é superior

E quem há de negar que esta lhe é superior

E deixa os portugais morrerem à míngua

Minha pátria é minha língua

Fala Mangueira

Fala!

Flor do Lácio sambódromo

Lusamérica latim em pó

O que quer

O que pode esta língua (...)

A língua é minha Pátria

E eu não tenho Pátria: tenho mátria

Eu quero frátria


(Veloso, Caetano. Língua. Velô-Caetano e a Banda Nova. PolyGram, 1984).


Leia as afirmativas abaixo sobre as ideias apresentadas no texto.


1. Em ‘‘Gosto de ser e de estar'', a idéia de plenitude, desejada pelo autor, é expressa com os verbos ‘ser' e

‘estar', que implicam o aspecto do ser permanente e do ser transitório.

2. Utilizando a expressão ‘Fala Mangueira', grito de guerra de uma escola de samba, o autor alude à idéia de que,

sendo ‘pátria', uma língua expressa os valores culturais de seu povo.

3. O verso ‘Lusamérica latim em pó' alude não só à pulverização do latim que deu origem às línguas latinas como à divisão-união de Portugal e Brasil.

4. Os neologismos ‘mátria' e ‘frátria' disfarçam o sentimento de união que o autor pretende esteja envolvido na sua percepção de ‘língua'.


Está(ão) correta(s) apenas:


(A) 1, 2 e 3.

(B) 1, 3 e 4.

(C) 2 e 4.

(D) 2.

(E) 3 e 4.


QUESTÃO 04: Leia o texto a seguir.


BRINQUEDOS


Ora, uma noite, correu a notícia de que o bazar se incendiara, e foi uma espécie de festa fantástica. O fogo ia muito alto, o céu ficava todo rubro, voavam chispas e labaredas pelo bairro todo. As crianças queriam ver o incêndio de perto, não se contentavam com portas e janelas, fugiam para a rua, onde brilhavam bombeiros entre jorros d’água. A eles não interessavam nada, peças de pano, cetins, cretones, que os adultos lamentavam. Sofriam pelos cavalinhos e bonecas, sufocados em suas grandes caixas. Brinquedos que jamais teriam possuído sonho apenas da infância, amor platônico.

O incêndio, porém, levou tudo. O bazar ficou sendo o famoso galpão de cinzas.

Felizmente, ninguém tinha morrido - diziam em redor. como não tinha morrido? - pensavam as crianças. Tinha morrido um mundo e dentro dele, os olhos amorosos das crianças, ali deixados.

E começávamos a pressentir que viriam outros incêndios. Em outras idades, de outros brinquedos. Até que um dia também desaparecêssemos sem socorro, nós, brinquedos que somos, talvez de anjos distantes!


(Cecília Meireles)


Com a expressão “festa fantástica”, a autora quis dizer:


(A) Festa animada, divertida, alegre, movimentada.

(B) Festa com muito colorido e convidativa.

(C) Algo que parece só existir na fantasia, na imaginação, algo irreal.

(D) Festa com muito som.

(E) Festa com muitos fogos de artifícios e palhaços.


QUESTÃO 05: Os textos informativos estão centrados no referente (no fato) e funcionam como mediadores de uma relação muito clara entre emissor e receptor: transmitir objetivamente acontecimentos reais. Por isso, a linguagem tende, o quanto for possível, à denotação (a linguagem denotativa é basicamente informativa, ou seja, não produz emoção ao leitor). Neles, mais importante do que como dizer é o que dizer, ao contrário do que ocorre nos textos literários, que privilegiam a expressão.


De acordo com o texto, analise as alternativas que completam a ideia.


I. transmite informações ao leitor de maneira objetiva, divulgando dados que satisfaçam os requisitos fundamentais da informação (quem/o quê/onde/como/quando/por quê).

II. defende uma tese, ou seja, uma ideia ou um ponto de vista, objetivando convencer o leitor.

III. trata de fatos cotidianos, filtrados, analisados, criticados e comentados pelo autor.

IV. pretende apenas informar, transmitir a verdade ao leitor por meio de um texto neutro, livre de opiniões e análise profunda dos fatos.


Estão corretas, apenas:


(A) I e II.

(B) I, II e III.

(C) I e IV.

(D) II e III.

(E) II, III e IV.


E AÍ, GOSTOU DA PUBLICAÇÃO? COMENTA AQUI ABAIXO 👇!

 

PRECISAMOS MUITO DE SUA AJUDA PARA CONTINUARMOS.

APOIE O NOSSO PROJETO. SAIBA COMO!



GABARITO:

01: D

02: A

03: A

04: C

05: C