Não solicitamos autorização de terceiros para a publicação de conteúdo neste blog. Caso alguém discorde de alguma publicação, entre em contato pelo e-mail elisandro.felix@gmail.com e solicite, com justificativa, a exclusão do material.
SEJAM BEM-VINDOS AO PORTAL DA TAREFA LEGAL
NÃO RECLAMEM DOS ANÚNCIOS, SÃO ELES QUE AJUDAM MANTER O FUNCIONAMENTO DESSA PÁGINA.

sábado, 6 de março de 2021

FLEXÃO DO SUBSTANTIVO - ATIVIDADES 2º ANO COM GABARITO

 ATIVIDADES: FLEXÃO DO SUBSTANTIVO - CONSTRUINDO O CONCEITO

LEIA O ANÚNCIO:


1. Há, no anúncio, uma enumeração de palavras.


a) As palavras que compõem essa enumeração dizem respeito a que tipo de paisagem?


b) Entre as palavras, identifique as que nomeiam:


- seres animados:


- objetos:


- estabelecimentos comerciais:


- meios de transporte:


2. Observe estas duas palavras da enumeração:


BANCA - BANCO


a) É possível considerar que, no contexto do anúncio, essas palavras correspondem às formas masculina e feminina de um mesmo nome? Justifique sua resposta.


b) Entre as palavras seguintes, indique duas em que a relação entre a forma feminina e a forma masculina é a mesma que há entre banca e banco.


CASA - MONTANHA - LIXO - PEDRA - FARMÁCIA


3. A palavra outdoor, no anúncio, está destacada das outras. Releia os enunciados da parte inferior do anúncio: “Apareça. Outdoor é Ponto”.


a) Levante hipótese: Qual é o ramo de atividade da empresa anunciante?


b) Qual é o efeito de sentido criado no anúncio pela relação entre o destaque dado à palavra outdoor e o enunciado “Apareça”?


c) No contexto do anúncio, a palavra Ponto é substantivo próprio. O que justifica essa classificação?


LEIA ESTE POEMA, DE FERREIRA GULLAR:


Ocorrência


Aí o homem sério entrou e disse: bom dia.

Aí outro homem sério respondeu: bom dia.

Aí a mulher séria respondeu: bom dia.

Aí a menininha no chão respondeu: bom dia.

Aí todos riram de uma vez.

Menos as duas cadeiras, a mesa, o jarro, as flores

as paredes, o relógio, a lâmpada, o retrato, os livros

o mata-borrão, os sapatos, as gravatas, as camisas, os lenços.


Melhores poemas de Ferreira Gullar. 7. ed. São Paulo: Global, 2004.


4. Os substantivos utilizados no poema ajudam na construção dos efeitos de sentido e do cenário em que a situação narrada ocorre. Levante hipóteses:


a) Qual fato narrado fez com que todos rissem de uma vez? Por que esse fato é engraçado?


b) Em que lugar se passa a cena? Justifique sua resposta com substantivos do texto.


c) Por que não riram os seres nomeados do sexto verso em diante?


d) Como se classificam os substantivos que nomeiam esses seres?


5. Alguns substantivos têm uma forma para o masculino e outra para o feminino.


a) Identifique no poema um par de substantivos com formas diferentes no masculino e no feminino.


b) Como é formado o masculino do substantivo menina?


c) Nos três últimos versos, identifique três substantivos masculinos e três substantivos femininos.


d) Nesses substantivos, as terminações -a ou -o também podem ser associadas a gênero?


e) Com base nas respostas às perguntas anteriores, conclua: Em português, existe um único modo de formar o feminino dos substantivos?


6. No quarto verso, é empregado o substantivo menininha.


a) Qual sentido o acréscimo do sufixo -inha confere ao substantivo menina?


b) O acréscimo do sufixo -inha ao substantivo mulher produz a mesma alteração de sentido que em menina?


7. Passe para o plural os seguintes substantivos compostos:


a) lenga-lenga:

b) abaixo-assinado:

c) alto-falante:

d) quarta-feira:

e) bem-te-vi:

f) água-de-colônia:

g) público-alvo:

h) corre-corre:

i) salário-mínimo:

j) decreto-lei:

k) cartão-postal:

l) para-raio:

m) quebra-cabeça:

n) vale-transporte:

o) curto-circuito:

p) toca-fita:

q) porta-mala:


8. Observe a placa:



a) A forma plural irmões está de acordo com a norma-padrão? Por quê?


b) Das palavras a seguir, quais formam o plural da mesma forma que irmão?

CORRIMÃO - LATÃO - ANÃO - CIDADÃO


9. Passe as palavras, a seguir, para o plural.


a) peixe:

b) açúcar:

c) mês:

d) gravidez:

e) canal:

f) lençol:

g) chapéu:

h) degrau:

i) flor:

j) anel:

k) melão:

l) leão:

m) valentão:


FONTE: CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português linguagens: 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.


E AÍ, GOSTOU DO NOSSO MATERIAL? COMENTA AQUI ABAIXO 👇!



GABARITO


1. a) Paisagens urbanas, em especial centros de cidades.

b) seres animados: pedestre, cachorro, pipoqueiro, guarda, catador; objetos: placa, fios, faixa, caixa eletrônico; estabelecimentos comerciais: restaurante, bar, lavanderia, farmácia, banca; meios de transporte: ônibus, carro, caminhão de lixo, van.

2. a) Não, pois as duas palavras não se referem à mesma coisa: banca é um estabelecimento comercial que vende jornais e revistas principalmente, enquanto banco é um estabelecimento comercial que lida com transações financeiras e é também um tipo de assento.

b) casa, lixo.

3. a) A empresa anunciante, Ponto, produz e instala anúncios para outdoors.

b) O de que o anunciante está capacitado para divulgar bem o produto de um cliente, tornando-o visível na paisagem urbana, apesar do enorme número de elementos visuais que a compõem.

c) O fato de Ponto ser nome de uma empresa.

4. a) A menininha no chão ter respondido “bom dia”. Porque tudo leva a crer que os adultos, sérios, ao dizer “bom dia”, estavam se cumprimentando apenas para cumprir uma formalidade.

b) Em um cômodo de uma casa, provavelmente uma sala, que tem os itens enumerados nos últimos versos: cadeiras, mesa, jarro, flores, relógio, retrato, livros.

c) Por que são seres inanimados, sem vida.

d) Comuns, concretos, simples.

5. a) homem, mulher.

b) Por meio da troca da última vogal, -a, pela vogal -o.

c) femininos: cadeiras, mesa, flores; masculinos: jarro, relógio, retrato.

d) Não.

e) Não.

6. a) O sufixo -inha forma o diminutivo, indicando que se trata de uma menina pequena. Também é possível considerar que menininha seja uma forma afetiva de se referir a uma menina.

b) Não. O acréscimo do sufixo -inha ao substantivo mulher resulta em mulherzinha, palavra que tem sentido pejorativo.

7. a) lenga-lenga: lenga-lengas

b) abaixo-assinado: abaixo-assinados

c) alto-falante: alto-falantes

d) quarta-feira: quartas-feiras

e) bem-te-vi: bem-te-vis

f) água-de-colônia: águas-de-colônias

g) público-alvo: públicos-alvo

h) corre-corre: corre-corres

i) salário-mínimo: salários-mínimos

j) decreto-lei: decretos-lei

k) cartão-postal: cartões-postais

l) para-raio: para -raios

m) quebra-cabeça: quebra-cabeças

n) vale-transporte: vales-transportes

o) curto-circuito: curtos-circuitos

p) toca-fita: toca-fitas

q) porta-mala: porta-malas

8. a) Não. Deveria ser irmãos.

b) Corrimão, cidadão.

9. a) peixe: peixes

b) açúcar: açúcares

c) mês: meses

d) gravidez: gravidezes

e) canal: canais

f) lençol: lençóis

g) chapéu: chapéus

h) degrau: degraus

i) flor: flores

j) anel: anéis

k) melão: melões

l) leão: leões


sábado, 27 de fevereiro de 2021

FÁBULA: O GATO E A BARATA - ATIVIDADES COM GABARITO 6º ANO

Muitos autores procuraram reescrever antigas fábulas, ou novas, dando-lhes um conteúdo tradicional. Millôr Fernandes foi um dos que divertiram muito seus leitores com suas fábulas fabulosas.













O GATO E A BARATA


A baratinha velha subiu pelo pé do copo que, ainda com um pouco de vinho, tinha sido largado a um canto da cozinha, desceu pela parte de dentro e começou a lambiscar o vinho. Dada a pequena distância que as baratas vai da boca ao cérebro, o álcool lhe subiu logo a este. Bêbada, a baratinha caiu dentro do copo. Debateu-se, bebeu mais, tonteou mais e já quase morria quando deparou com o carão do gato doméstico que sorria de sua aflição, do alto do copo.

- gatinho, meu gatinho - pediu ela -, me salva, me salva. Me salva que assim que eu sair daqui eu deixo você me engolir inteirinha, como você gosta. Me salva.

- Você deixa mesmo eu engolir você? disse o gato.

- Me saaalva! - implorou a baratinha. - Eu prometo.

O gato então virou o copo com uma pata, o líquido escorreu e com ele a baratinha que, assim que se viu no chão, saiu correndo para o buraco mais perto, onde caiu na gargalhada.

- Que é isso? - perguntou o gato. - Você não vai sair daí e cumprir sua promessa? Você disse que deixaria eu comer você inteira.

- Ah, ah, ah - riu então a barata, sem poder se conter. - E você é tão imbecil a ponto de acreditar na promessa de uma barata velha e bêbada?


Moral: às vezes a autodepreciação nos livra do pelotão.


Millôr Fernandes. Fábulas fabulosas. 8. ed. Rio de Janeiro. Nórdica: 1963.


TRABALHANDO COM O TEXTO


1. Quais as personagens da fábula?


2. O que aconteceu com a barata?


3. Segundo o autor, por que o vinho subiu logo à cabeça da barata?


4. Vendo-se salva, como agiu a barata: Como reagiu quando o gato lhe cobrou a promessa?


5. Explique a moral da fábula com suas palavras.


6. Você está de acordo com a moral da fábula? Justifique sua resposta.


7. No trecho: “A baratinha velha subiu pelo do copo [...]”


A palavra tem vários significados. Veja alguns mais comuns:


1. parte inferior da perna.

2. pedestal, base.

3. a parte inferior de um objeto.

4. pedúnculo de flor ou fruto.

5. cada exemplar individual de uma planta.


a) Diga em que sentido a palavra foi empregada na frase acima.


b) Construa uma frase para cada um dos sentidos apontados acima.


8. No trecho: “[...] e começou a lambiscar o vinho.” Estabeleça a diferença entre lamber e lambiscar. Consulte o dicionário.


9. Procure no texto palavras ou expressões que exemplificam um uso mais informal, mais próximo da língua falada.



FONTE:
DELMANTO, Dileta; CASTRO, Maria da Conceição. Português: ideias e linguagens. 12. ed. São Paulo: 2006.


E AÍ, GOSTOU DO NOSSO MATERIAL? COMENTA AQUI ABAIXO 👇!




GABARITO

1. Um gato doméstico e uma velha barata.

2. Começou a lambiscar o vinho deixado em um copo, ficou bêbada e caiu dentro do copo.

3. Por causa da pequena distância que, nas baratas, vai da boca ao cérebro.

4. Correu para um esconderijo, rindo do gato que acreditaria na promessa de uma barata velha e bêbada.

5. Sugestão: Às vezes, para escapar de situações difíceis, é preciso que nos mostremos menos capazes do que realmente somos.

6. Resposta pessoal.

7.  a) Item 3; b) Resposta pessoal: Sugestão: 1: Machuquei o pé. 2: O eletricista trabalhava de forma concentrada no pé do poste. 3. Cuidado com o pé da mesa. 4. Não pise nesse pé de planta, menino! 5. Não suba nesse pé-de-manga, menino! 

8. Lamber: passar a língua sobre; Lambiscar: comer pouco.

9. Tonteou; carão; deixaria eu; me saaalva! 


sábado, 20 de fevereiro de 2021

INTERPRETAÇÃO TEXTUAL: TEMA CONSUMISMO - TEXTO: EU, ETIQUETA

 EU, ETIQUETA

Fonte: https://www.culturagenial.com/analise-poema-eu-etiqueta-carlos-drummond-de-andrade/

Em minha calça está grudado um nome

que não é meu de batismo ou de cartório,

um nome… estranho.

Meu blusão traz lembrete de bebida

que jamais pus na boca, nesta vida.

Em minha camiseta, a marca de cigarro

que não fumo, até hoje não fumei.

Minhas meias falam de produto

que nunca experimentei

mas são comunicados a meus pés.

Meu tênis é proclama colorido

de alguma coisa não provada

por este provador de longa idade.

Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,

minha gravata e cinto e escova e pente,

meu copo, minha xícara,

minha toalha de banho e sabonete,

meu isso, meu aquilo,

desde a cabeça ao bico dos sapatos,

são mensagens,

letras falantes,

gritos visuais,

ordens de uso, abuso, reincidência,

costume, hábito, premência,

indispensabilidade,

e fazem de mim homem-anúncio itinerante,

escravo da matéria anunciada.

Estou, estou na moda.

É doce estar na moda, ainda que a moda

seja negar minha identidade,

trocá-la por mil, açambarcando

todas as marcas registradas,

todos os logotipos do mercado.

Com que inocência demito-me de ser

eu que antes era e me sabia

tão diverso de outros, tão mim-mesmo,

ser pensante, sentinte e solidário

com outros seres diversos e conscientes

de sua humana, invencível condição.

Agora sou anúncio,

ora vulgar ora bizarro,

em língua nacional ou em qualquer língua

(qualquer, principalmente).

E nisto me comprazo, tiro glória

de minha anulação.

Não sou - vê lá - anúncio contratado.

Eu é que mimosamente pago

para anunciar, para vender

em bares festas praias pérgulas piscinas,

e bem à vista exibo esta etiqueta

global no corpo que desiste

de ser veste e sandália de uma essência

tão viva, independente,

que moda ou suborno algum a compromete.

Onde terei jogado fora

meu gosto e capacidade de escolher,

minhas idiossincrasias tão pessoais,

tão minhas que no rosto se espelhavam,

e cada gesto, cada olhar,

cada vinco de roupa

resumia uma estética?

Hoje sou costurado, sou tecido, sou gravado de forma universal,

saio da estamparia, não de casa,

da vitrina me tiram, recolocam,

objeto pulsante mas objeto

que se oferece como signo de outros

objetos estáticos, tarifados.

Por me ostentar assim, tão orgulhoso

de ser não eu, mas artigo industrial,

peço que meu nome retifiquem.

Já não me convém o título de homem.

Meu nome novo é coisa.

Eu sou a coisa, coisante.


Carlos Drummond de Andrade. In: BELTRÃO, Eliana Santos; GORDILHO, Tereza. Diálogo: língua portuguesa. São Paulo: FTD, 2009.


DIALOGANDO COM O TEXTO


1. Ao se definir como etiqueta, o que o eu lírico denuncia?


2. Como o eu lírico percebe os produtos anunciados nas peças que usa?


3. O eu lírico se diz “[...] homem-anúncio itinerante, / escravo da matéria anunciada.” Por que ele se torna um “homem-anúncio itinerante”?


4. Por que, na sua opinião, o eu lírico se sente um “escravo” do produto que anuncia?


5. Por que o eu lírico afirma que não é um anúncio contratado?


6. Os anúncios, de acordo com o eu lírico, são “em língua nacional ou em qualquer língua/ (qualquer, principalmente)”. Qual o provável idioma a que o eu lírico se refere no verso entre parênteses?


7. Como o eu lírico se define antes de transformar-se em “homem-anúncio”?


8. A partir das leituras que fez e dos seus conhecimentos, responda: por que algumas pessoas perdem a capacidade de fazer escolhas e consomem objetos, muitas vezes, por impulso, sem refletir se é realmente necessário ou não?


9. Os três últimos versos apresentam o desfecho do poema. O que o eu lírico critica nesses versos?


10. E você, já se sentiu como o eu lírico do poema Eu, etiqueta? Explique por quê?


FONTE: Atividade retirada do seguinte material: BELTRÃO, Eliana Santos; GORDILHO, Tereza. Diálogo: língua portuguesa. São Paulo: FTD, 2009, p. 125-129.


Outras atividades sobre o tema consumismo.


E AÍ, GOSTOU DO NOSSO MATERIAL? COMENTA AQUI ABAIXO 👇!




GABARITO


1. A excessiva preocupação das pessoas com o consumo e com as marcas dos produtos que usam.

2. Percebe-os como estranhos, nunca antes experimentados pelo eu lírico e que não fazem parte do seu cotidiano.

3. Porque, ao sair de casa para diversos lugares, está divulgando as marcas dos produtos impressas nas peças do vestuário que usa.

4. Resposta pessoal. Sugestão: Porque, provavelmente, se sente obrigado pela mídia a seguir uma moda ou tendência com a qual não se identifica ou que não gosta.

5. Porque divulga os produtos e marcas sem ser pago por isso, pelo contrário, paga para usá-los, ao comprar as roupas etc.

6. Provavelmente ao inglês, devido à quantidade de produtos/marcas de origem americana.

7. Como um ser com identidade própria, que fazia escolhas considerando suas ideias, gostos e sentimentos e era solidário com outros seres, também diferentes e conscientes.

8. Resposta pessoal. Sugestão. Porque se deixam influenciar pelo bombardeio da publicidade, para se sentirem aceitas pelo grupo social em que vivem.

9. Critica a transformação do homem em objeto, em “coisa”, em mais um artigo industrial, que só existe para consumir produtos.

10. Resposta pessoal.