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sábado, 27 de fevereiro de 2021

FÁBULA: O GATO E A BARATA - ATIVIDADES COM GABARITO 6º ANO

Muitos autores procuraram reescrever antigas fábulas, ou novas, dando-lhes um conteúdo tradicional. Millôr Fernandes foi um dos que divertiram muito seus leitores com suas fábulas fabulosas.













O GATO E A BARATA


A baratinha velha subiu pelo pé do copo que, ainda com um pouco de vinho, tinha sido largado a um canto da cozinha, desceu pela parte de dentro e começou a lambiscar o vinho. Dada a pequena distância que as baratas vai da boca ao cérebro, o álcool lhe subiu logo a este. Bêbada, a baratinha caiu dentro do copo. Debateu-se, bebeu mais, tonteou mais e já quase morria quando deparou com o carão do gato doméstico que sorria de sua aflição, do alto do copo.

- gatinho, meu gatinho - pediu ela -, me salva, me salva. Me salva que assim que eu sair daqui eu deixo você me engolir inteirinha, como você gosta. Me salva.

- Você deixa mesmo eu engolir você? disse o gato.

- Me saaalva! - implorou a baratinha. - Eu prometo.

O gato então virou o copo com uma pata, o líquido escorreu e com ele a baratinha que, assim que se viu no chão, saiu correndo para o buraco mais perto, onde caiu na gargalhada.

- Que é isso? - perguntou o gato. - Você não vai sair daí e cumprir sua promessa? Você disse que deixaria eu comer você inteira.

- Ah, ah, ah - riu então a barata, sem poder se conter. - E você é tão imbecil a ponto de acreditar na promessa de uma barata velha e bêbada?


Moral: às vezes a autodepreciação nos livra do pelotão.


Millôr Fernandes. Fábulas fabulosas. 8. ed. Rio de Janeiro. Nórdica: 1963.


TRABALHANDO COM O TEXTO


1. Quais as personagens da fábula?


2. O que aconteceu com a barata?


3. Segundo o autor, por que o vinho subiu logo à cabeça da barata?


4. Vendo-se salva, como agiu a barata: Como reagiu quando o gato lhe cobrou a promessa?


5. Explique a moral da fábula com suas palavras.


6. Você está de acordo com a moral da fábula? Justifique sua resposta.


7. No trecho: “A baratinha velha subiu pelo do copo [...]”


A palavra tem vários significados. Veja alguns mais comuns:


1. parte inferior da perna.

2. pedestal, base.

3. a parte inferior de um objeto.

4. pedúnculo de flor ou fruto.

5. cada exemplar individual de uma planta.


a) Diga em que sentido a palavra foi empregada na frase acima.


b) Construa uma frase para cada um dos sentidos apontados acima.


8. No trecho: “[...] e começou a lambiscar o vinho.” Estabeleça a diferença entre lamber e lambiscar. Consulte o dicionário.


9. Procure no texto palavras ou expressões que exemplificam um uso mais informal, mais próximo da língua falada.



FONTE:
DELMANTO, Dileta; CASTRO, Maria da Conceição. Português: ideias e linguagens. 12. ed. São Paulo: 2006.


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GABARITO

1. Um gato doméstico e uma velha barata.

2. Começou a lambiscar o vinho deixado em um copo, ficou bêbada e caiu dentro do copo.

3. Por causa da pequena distância que, nas baratas, vai da boca ao cérebro.

4. Correu para um esconderijo, rindo do gato que acreditaria na promessa de uma barata velha e bêbada.

5. Sugestão: Às vezes, para escapar de situações difíceis, é preciso que nos mostremos menos capazes do que realmente somos.

6. Resposta pessoal.

7.  a) Item 3; b) Resposta pessoal: Sugestão: 1: Machuquei o pé. 2: O eletricista trabalhava de forma concentrada no pé do poste. 3. Cuidado com o pé da mesa. 4. Não pise nesse pé de planta, menino! 5. Não suba nesse pé-de-manga, menino! 

8. Lamber: passar a língua sobre; Lambiscar: comer pouco.

9. Tonteou; carão; deixaria eu; me saaalva! 


sábado, 20 de fevereiro de 2021

INTERPRETAÇÃO TEXTUAL: TEMA CONSUMISMO - TEXTO: EU, ETIQUETA

 EU, ETIQUETA

Fonte: https://www.culturagenial.com/analise-poema-eu-etiqueta-carlos-drummond-de-andrade/

Em minha calça está grudado um nome

que não é meu de batismo ou de cartório,

um nome… estranho.

Meu blusão traz lembrete de bebida

que jamais pus na boca, nesta vida.

Em minha camiseta, a marca de cigarro

que não fumo, até hoje não fumei.

Minhas meias falam de produto

que nunca experimentei

mas são comunicados a meus pés.

Meu tênis é proclama colorido

de alguma coisa não provada

por este provador de longa idade.

Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,

minha gravata e cinto e escova e pente,

meu copo, minha xícara,

minha toalha de banho e sabonete,

meu isso, meu aquilo,

desde a cabeça ao bico dos sapatos,

são mensagens,

letras falantes,

gritos visuais,

ordens de uso, abuso, reincidência,

costume, hábito, premência,

indispensabilidade,

e fazem de mim homem-anúncio itinerante,

escravo da matéria anunciada.

Estou, estou na moda.

É doce estar na moda, ainda que a moda

seja negar minha identidade,

trocá-la por mil, açambarcando

todas as marcas registradas,

todos os logotipos do mercado.

Com que inocência demito-me de ser

eu que antes era e me sabia

tão diverso de outros, tão mim-mesmo,

ser pensante, sentinte e solidário

com outros seres diversos e conscientes

de sua humana, invencível condição.

Agora sou anúncio,

ora vulgar ora bizarro,

em língua nacional ou em qualquer língua

(qualquer, principalmente).

E nisto me comprazo, tiro glória

de minha anulação.

Não sou - vê lá - anúncio contratado.

Eu é que mimosamente pago

para anunciar, para vender

em bares festas praias pérgulas piscinas,

e bem à vista exibo esta etiqueta

global no corpo que desiste

de ser veste e sandália de uma essência

tão viva, independente,

que moda ou suborno algum a compromete.

Onde terei jogado fora

meu gosto e capacidade de escolher,

minhas idiossincrasias tão pessoais,

tão minhas que no rosto se espelhavam,

e cada gesto, cada olhar,

cada vinco de roupa

resumia uma estética?

Hoje sou costurado, sou tecido, sou gravado de forma universal,

saio da estamparia, não de casa,

da vitrina me tiram, recolocam,

objeto pulsante mas objeto

que se oferece como signo de outros

objetos estáticos, tarifados.

Por me ostentar assim, tão orgulhoso

de ser não eu, mas artigo industrial,

peço que meu nome retifiquem.

Já não me convém o título de homem.

Meu nome novo é coisa.

Eu sou a coisa, coisante.


Carlos Drummond de Andrade. In: BELTRÃO, Eliana Santos; GORDILHO, Tereza. Diálogo: língua portuguesa. São Paulo: FTD, 2009.


DIALOGANDO COM O TEXTO


1. Ao se definir como etiqueta, o que o eu lírico denuncia?


2. Como o eu lírico percebe os produtos anunciados nas peças que usa?


3. O eu lírico se diz “[...] homem-anúncio itinerante, / escravo da matéria anunciada.” Por que ele se torna um “homem-anúncio itinerante”?


4. Por que, na sua opinião, o eu lírico se sente um “escravo” do produto que anuncia?


5. Por que o eu lírico afirma que não é um anúncio contratado?


6. Os anúncios, de acordo com o eu lírico, são “em língua nacional ou em qualquer língua/ (qualquer, principalmente)”. Qual o provável idioma a que o eu lírico se refere no verso entre parênteses?


7. Como o eu lírico se define antes de transformar-se em “homem-anúncio”?


8. A partir das leituras que fez e dos seus conhecimentos, responda: por que algumas pessoas perdem a capacidade de fazer escolhas e consomem objetos, muitas vezes, por impulso, sem refletir se é realmente necessário ou não?


9. Os três últimos versos apresentam o desfecho do poema. O que o eu lírico critica nesses versos?


10. E você, já se sentiu como o eu lírico do poema Eu, etiqueta? Explique por quê?


FONTE: Atividade retirada do seguinte material: BELTRÃO, Eliana Santos; GORDILHO, Tereza. Diálogo: língua portuguesa. São Paulo: FTD, 2009, p. 125-129.


Outras atividades sobre o tema consumismo.


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GABARITO


1. A excessiva preocupação das pessoas com o consumo e com as marcas dos produtos que usam.

2. Percebe-os como estranhos, nunca antes experimentados pelo eu lírico e que não fazem parte do seu cotidiano.

3. Porque, ao sair de casa para diversos lugares, está divulgando as marcas dos produtos impressas nas peças do vestuário que usa.

4. Resposta pessoal. Sugestão: Porque, provavelmente, se sente obrigado pela mídia a seguir uma moda ou tendência com a qual não se identifica ou que não gosta.

5. Porque divulga os produtos e marcas sem ser pago por isso, pelo contrário, paga para usá-los, ao comprar as roupas etc.

6. Provavelmente ao inglês, devido à quantidade de produtos/marcas de origem americana.

7. Como um ser com identidade própria, que fazia escolhas considerando suas ideias, gostos e sentimentos e era solidário com outros seres, também diferentes e conscientes.

8. Resposta pessoal. Sugestão. Porque se deixam influenciar pelo bombardeio da publicidade, para se sentirem aceitas pelo grupo social em que vivem.

9. Critica a transformação do homem em objeto, em “coisa”, em mais um artigo industrial, que só existe para consumir produtos.

10. Resposta pessoal.


sábado, 13 de fevereiro de 2021

INTERPRETAÇÃO TEXTUAL - CONTO E EPOPEIA: O REI GILGAMESH

 O REI GILGAMESH

Fonte: https://www.thecollector.com/epic-of-gilgamesh/

Recontado por Ludmila Zeman (Tradução de Sérgio Capparelli)


Há muito tempo, nas terras da Mesopotâmia, um rei chamado Gilgamesh foi mandado pelo deus Sol para governar a cidade de Uruk.


Gilgamesh era parte deus e parte homem. Ele parecia humano, mas não sabia o que era ser humano. Ele tinha poder e riqueza, sem ser feliz. Tinha tudo, menos amigos. Vivia sempre sozinho. Por isso tornara-se amargo e cruel.


Um dia, ele decidiu mostrar quanto era forte e poderoso e fazer as pessoas se lembrarem dele para sempre.


Gilgamesh ordenou, então, que fosse construída uma grande muralha em volta da cidade. Mandou que os homens deixassem seus trabalhos e suas famílias para trabalharem na construção. Fez com que as mulheres trouxessem comida. As crianças foram afastadas para que ninguém perdesse tempo brincando com elas. No início, o povo ajudou de boa vontade. O rei deveria ter boas razões para querer a muralha. estaria algum inimigo planejando atacar a cidade?


A muralha ficava cada vez mais alta. E as pessoas, mais inquietas. Que tamanho deveria ter? Já estava mais alta do que qualquer muralha no mundo, mas assim mesmo Gilgamesh exigia que os trabalhos prosseguissem dia e noite. Os homens desmaiavam de fome e de cansaço. A comida ficava escassa. Todos imploravam misericórdia, suplicando que Gilgamesh parasse, mas ele não os escutava. No desespero, rezaram, pedindo que o deus Sol os ajudasse.


O deus Sol ouviu as preces e ordenou a criação de um outro homem tão forte quanto Gilgamesh. Seu nome era Enkidu. Ele foi feito de barro. Já que Gilgamesh nada tinha aprendido vivendo entre as pessoas, Enkidu foi enviado para viver com os animais da floresta. Logo que ele conheceu os animais, aprendeu a cuidar deles. Mas não conhecia a bondade humana porque nunca tinha visto outra pessoa.


Enkidu não gostou do primeiro homem que viu. Era um caçador perseguindo animais na floresta, para matá-los. Por que alguém faria isso? - perguntou-se Enkidu. Ele correu para ajudar seus amigos. Derrubou o caçador de seu carro e socorreu os animais machucados. O caçador voltou correndo para Uruk a fim de avisar Gilgamesh sobre o novo perigo da floresta. Ele chamou Enkidu de “o homem mais forte do mundo”.


Gilgamesh ficou furioso. ‘Não existe ninguém mais forte do que eu”, disse. “Tragam até mim essa criatura que eu vou provar o que estou falando. Vou destruí-la na frente de todo o povo de Uruk.” O caçador disse que não poderia capturar sozinho uma selvagem tão forte. “Então”, disse Gilgamesh, “vamos dar um jeito dele vir até aqui. Chamem a cantora Shamhat. deixem que ela o atraia para cá com seu charme e sua música.” 


Todo mundo dizia que a única pessoa em Uruk que não gostava de Shamhat era Gilgamesh, e isso era uma prova de que ele não gostava de ninguém. Ela era a mulher mais bonita da cidade e a mais refinada cantora do templo. Mas será que ela poderia acalmar aquele selvagem? O caçador não queria voltar à floresta para ser feito de bobo mais uma vez, mas ele não ousou discutir com Gilgamesh nem desobedecê-lo.


O caçador levou Shamhat até o lugar da floresta em que tinha visto Enkidu pela última vez. Deixou-a sozinha e fugiu de volta à cidade. Quando a noite caiu, Shahat tocou sua harpa e cantou na escuridão. Sua voz espalhou um feitiço pela floresta. Enkidu foi atrás do som e parou atrás de uma árvore. Ele nunca tinha visto algo tão encantador. Aproximou-se de Shamhat devagar, para não assustá-la.


Shamhat viu Enkidu e parou de cantar. Ele parecia mais uma fera do que um homem, mas ela sabia que ele não iria machucá-la. Nunca ninguém tinha olhado para ela com tanta ternura. Nos dias que se seguiram, Shamhat ensinou-o a falar e cantar, e apaixonou-se por ele. Eles exploraram os caminhos do amor, e Enkidu prometeu ficar com ela para sempre.


Shamhat tinha medo. Enkidu não devia se aproximar da cidade de Uruk, onde Gilgamesh o esperava, para destruí-lo. Mas Enkidu recusou-se a escutá-la. Ele não sentia medo. Lutaria até a morte por ela.


O mais triste para Enkidu foi deixar seus amigos animais. Eles reuniram-se para a despedida. Não conseguiam entender por que Enkidu os abandonava, e ele podia dar nenhuma explicação. Todo dia, da manhã até o anoitecer, Gilgamesh olhava da sua torre, no alto da grande muralha de Uruk, esperando a volta de Shamhat. Todos na cidade tinham ouvido falar sobre o selvagem que poderia vir da floresta e salvá-los do rei cruel. Gilgamesh sabia o que eles estavam pensando. Ele iria matar o estranho na frente de todos os habitantes de Uruk para que ninguém pensasse em desafiar seu governo.


Shamhat estava preocupada. Enkidu conseguiria vencer Gilgamesh? O que as pessoas pensariam daquela estranha criatura? Para que ele se parecesse mais com os outros homens, ela cortou o cabelo dele e rasgou um pedaço do seu vestido para cobri-lo. Mas Enkidu continuou usando a coroa de chifres em memória de seus amigos, os animais. Shamhat apontou para Uruk ao longe. Enkidu ficou impressionado. Nunca tinha imaginado quanto uma cidade poderia ser bonita.


Na manhã seguinte, o povo reuniu-se para ver Shamhat e Enkidu aproximando-se da porta da cidade. Gilgamesh tinha ordenado que o trabalho na muralha fosse suspenso durante esse dia, para que todo mundo pudesse assistir a sua vitória. Ele ficou em cima da muralha e gritou para Enkidu: ‘Eu sou o rei desta cidade e destas pessoas! Ninguém entra sem minha permissão! Desafio-te a vir aqui e lutar comigo!” Enkidu subiu na muralha. ‘Estou pronto!” - gritou em resposta.


Foi a luta mais assustadora que o povo de Uruk tinha visto. Lutaram durante horas. A terra tremeu, e um raio passou pelo céu, como se os próprios deuses estivessem lutando para controlar o mundo. Gilgamesh e Enkidu tinham forças iguais e nenhum dos dois estava ganhando. Então, de repente, Gilgamesh tropeçou numa pedra solta, perdeu o equilíbrio e caiu na beira da muralha.


Tudo aconteceu de maneira tão rápida que as pessoas não podiam acreditar no que viam. Para o espanto de todos, Enkidu debruçou-se sobre a muralha, pegou Gilgamesh pelo braço e puxou-o, até que estivesse em segurança. Por quê? Enkidu tinha vencido. Por que ele salvaria alguém que estava tentando matá-lo?


Gilgamesh voltou a ficar de pé em cima da muralha, encarando Enkidu. Todo mundo que os observava prendeu a respiração. Gilgamesh deu um passo na direção de Enkidu, parou, abriu os braços e o abraçou. O rei compreendeu finalmente o que era ser humano. Não estava mais sozinho. E tinha achado um amigo.


As festas duraram muitos dias.


Shamhat foi escolhida para conduzir o maior desfile que já acontecera em Uruk. Gilgamesh e Enkidu, agora irmãos, olhavam e acenavam do alto da grande muralha.


Gilgamesh ordenou que o trabalho na muralha fosse interrompido para sempre. Pais e mães ficaram juntos de novo e dançaram com seus filhos nas ruas. Gilgamesh convidou todo mundo para um grande banquete.


Uma nova paz reinou em Uruk. Em noites calmas, Shamhat gostava de navegar pelo rio com Enkidu e de ficar escutando os planos que ele fazia com Gilgamesh para tornar a cidade um lugar mais feliz. Então ela tocava sua harpa e cantava para eles, orgulhosa de tê-los feito ficar juntos. Como sua voz flutuava sobre as águas, as pessoas de Uruk paravam para escutar. E ficavam agradecidas.


ZEMAN, Ludmila. O rei Gilgamesh. trad. Sérgio Capparelli. Porto Alegre: Projeto, 1992.


Saiba mais sobre Ludmila Zeman.


INTERPRETAÇÃO DO TEXTO


1. Gilgamesh ordenou a construção de uma grande muralha em volta da cidade. Qual era o motivo da construção da muralha?


2. No início da construção da muralha, o povo ajudou de boa vontade, mas, no final, suplicava a Gilgamesh que parasse o trabalho. Por que o povo mudou de atitude?


3. Gilgamesh não atendeu às súplicas do povo para que a construção da muralha fosse interrompida. Responda:


a) Quem interferiu para buscar uma solução para o sofrimento do povo?


b) Que providência foi tomada?


4. Quais eram as semelhanças entre as personagens Gilgamesh e Enkidu?


5. O que aconteceu para despertar a ira de Gilgamesh contra Enkidu?


6. Que sentimentos Enkidu experimentou ao sair do lugar onde vivia e chegar à cidade?


7. Releia: “na manhã seguinte, o povo reuniu-se para ver Shamhat e Enkidu aproximando-se da porta da cidade.”


Responda:


a) Qual a reação de Gilgamesh ao ver Enkidu?


b) Onde ocorreu o enfrentamento entre os dois?


8. Depois da luta entre Gilgamesh e Enkidu, “o rei compreendeu finalmente o que era ser humano”. Reflita sobre o que significa ser “humano”, respondendo às questões:


a) Para o rei, o que era ser “humano”?


b) Para você, o que é ser “humano”?


c) O que, para o rei, passou a ser oposto de “humano”?


d) O que para você pode ser oposto de “humano”?


e) Na sua opinião, há no mundo muita gente que ainda não descobriu o que é ser “humano”? Justifique sua resposta.


9. Explique a grande mudança que ocorreu na relação entre governante e governados, no fim do conto.


10. “Uma nova paz reinou em Uruk.” Para descrever a “nova paz”, o narrador enumerou algumas ações e sentimentos. Confira:


- Shamhat navegava pelo rio;

- Gilgamesh e Enkidu faziam planos para tornar a cidade mais feliz;

- Shamhat tocava harpa e cantava;

- Shamhat sentia orgulho por ver os amigos juntos;

- O povo parava para ouvir a música de Shamhat e sentia gratidão.


Que paz você gostaria que fosse possível no mundo de hoje? Faça como o narrador: enumere algumas ações e sentimentos que caracterizam essa paz.


As atividades foram retiradas do seguinte material: BORGATTO, Ana; BERTIN, Terezinha; MARCHEZI, Vera. Tudo é linguagem: língua portuguesa. São Paulo: Ática, 2007. (Adaptado)




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GABARITO


1. Gilgamesh queria mostrar que era forte e poderoso e desejava que as pessoas se lembrassem dele para sempre.

2. Porque, para que o serviço não fosse interrompido, todos os homens trabalhavam dia e noite, como a comida foi se tornando escassa, eles desmaiavam de fome e cansaço.

3. a) O deus Sol.

b) O deus Sol criou Enkidu, um homem tão forte quanto Gilgamesh.

4. Ambos eram criações do deus Sol, ambos eram fortes e nenhum dos dois conhecia a bondade humana.

5. O caçador chamou Enkidu de “o homem mais forte do mundo”.

6. Enkidu sentiu tristeza por deixar seus amigos animais e encantamento com a cidade, pois nunca tinha imaginado quanto poderia ser bonita.

7. a) Desafiou-o para uma luta.

b) Em cima da muralha.

8. a) Era não estar sozinho, ter achado um amigo.

b) Resposta pessoal.

c) Estar sozinho, não ter amigos.

d) resposta pessoal.

e) Resposta pessoal.

9. No início o governante oprimia os governados e estes eram infelizes. No fim, o governante passa a colaborar com os governados e faz planos para tornar a cidade um lugar mais feliz.

10. Resposta pessoal.


sábado, 6 de fevereiro de 2021

ATIVIDADES ESTRUTURA DE PALAVRAS COM GABARITO

 ESTRUTURA DE PALAVRAS

1. Relacione os morfemas à sua classificação.


a) elegantíssimas

(1) elegant-

(2) -íssim-

(3) -a-

(4) -s

(    ) radical

(    ) desinência de número plural

(    ) sufixo de superlativo

(    ) desinência de gênero feminino


b) cafeteria

(1) caf-

(2) -e- 

(3) -t-

(4) -eira-

(5) -Ø

(    ) sufixo

(    ) vogal temática

(    ) radical

(    ) desinência de número singular

(    ) consoante de ligação


c) tu compras

(1) compr-

(2) -a- 

(3) -Ø-

(4) -s

(    ) vogal temática

(    ) radical

(    ) desinência de número e de pessoa

(    ) desinência de modo e de tempo


d) revendamos

(1) re-

(2) -vend- 

(3) -a-

(4) -mos

(    ) desinência de modo e de tempo

(    ) desinência de número e de pessoa

(    ) prefixo

(    ) radical


e) garotas

(1) garot-

(2) -a- 

(3) -s

(    ) desinência de gênero feminino

(    ) radical

(    ) desinência de número plural


2. Assinale a alternativa que apresenta nomes com desinência Ø de número.


(A) maçã, folha, gatinha.

(B) atlas, mesa, lares.

(C) lápis, barril, quaisquer.

(D) gatinhas, folhas, atlas.


3. Identifique o morfema destacado nas palavras a seguir.


a) compraram


b) gata


c) compramos


d) amem


e) cantem


f) amoral


g) cafezal


h) cores


i) imoral


j) desleal


4. Nas palavras abaixo, há um elemento em destaque. Explique sua função.


parisiense - friorento - sonolento - cafeicultor



5. Classifique os elementos mórficos das palavras abaixo.


a) descobrimento

des-

-cobr-

-i-

descobri-

-mento



b) amabilidade

am-

-a-

ama-

-bil-

-i-

-dade


c) meninas

menin-

-a-

-s-



d) venderemos

vend-

-e-

vende-

-re-

-mos


6. Identifique o morfema destacado nas palavras a seguir.


a) tristeza


b) revalorizar


c) vida


d) partimos


e) cipó


f) professora


g) gasômetro


h) chaleira


i) tijolos


j) desalmado


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GABARITO

1.

a) Sequência correta de cima para baixo: 1, 4, 2, 3.

b) Sequência correta de cima para baixo: 4, 2, 1, 5, 3

c) Sequência correta de cima para baixo: 2, 1, 4, 3

d) Sequência correta de cima para baixo: 3, 4, 1, 2

e) Sequência correta de cima para baixo: 2, 1, 3

2. A

3.

a) desinência número pessoal

b) desinência de gênero

c) desinência número pessoal

d) radical

e) radical

f) prefixo

g) sufixo

h) desinência de número

i) radical

j) prefixo

4. O (i,l,r) são elementos de ligação (vogal e consoantes), usadas para facilitar a pronúncia.

5.

a) des (prefixo); cobr (radical); i (vogal temática); descobri (tema); mento (sufixo)

b)  am (radical); a (vogal temática); ama (tema); bil (sufixo); i (vogal de ligação); dade (sufixo)

c) menin (radical); a (desinência de gênero); s (desinência de número)

d) ven (radical); e (vogal temática); vende (tema); e (desinência modo-temporal); mos (desinência número pessoal)

6. a) radical; b) prefixo; c) vogal temática nominal; d) radical; e) radical; f) desinência de gênero; g) vogal de ligação; h) consoante de ligação; i) desinência de número; j) sufixo