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sábado, 22 de fevereiro de 2025

AUGUSTO DOS ANJOS (1884-1914) ATIVIDADES DE LITERATURA PARA O ENSINO MÉDIO COM GABARITO

 




Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos
nasceu no engenho de Pau-d'Arco, na Paraíba, em 1884. Depois de ter-se formado em Direito na Escola de Recife, exerceu a promotoria e o magistério. Descobriu sua vocação literária principalmente no contato com a obra dos poetas românticos, dos quais era leitor constante. Na faculdade de Direito, entrou em contato com textos filosóficos da chamada Escola do Recife, de caráter naturalista. Aliás, esse grupo exerceu grande influência no mundo cultural do Nordeste no final do século. Nessa época, de acordo com depoimento de amigos, sofreu uma profunda crise de identidade, que se refletirá em sua poesia.



Em 1912 publicou-se o Eu, em edição financiada pelo poeta e seu irmão. Nesse mesmo ano nasceu sua filha. O filho viria no ano seguinte. Nomeado diretor de um grupo escolar em Leopoldina (MG), o poeta morreu poucos dias depois de ter assumido o cargo.

OBRA

Eu (1912)

A essa única obra, constituída de sonetos e de 58 poemas longos, foram-se agregando mais tarde outros poemas. Escreveu ainda crônicas para jornais.

A poesia de Augusto dos Anjos não encontra paralelo em nossa literatura, sobretudo pelo vocabulário. Quando se publicou Eu, ainda era grande a influência de Olavo Bilac em nossa literatura (em 1913) seria eleito Príncipe dos Poetas Brasileiros), assim como de outros medalhões de nossas letras: Coelho Neto, Rui Barbosa, Alberto de Oliveira.

Foi nesse contexto que se leram versos como:

E muitas vezes, à meia-noite, rio
Sinistramente vendo o verme frio
Que há de comer a minha carne toda!

"Mau gosto" - foi a primeira reação. Claro, a poesia de Augusto dos Anjos contrariava os padrões de "bom gosto" então vigentes para a camada considerada culta.

Mas o que chamou a atenção foi a linguagem, que empregava muitos termos da ciência da época, a ponto de o Eu ter sido incorporado à biblioteca da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. O poeta mostrava, de fato, sintonia com as teorias de Darwin e Spencer.

Essa linguagem é o veículo para os temas fundamentais da poesia de Augusto dos Anjos: decomposição, podridão, sofrimento, morte. Nesse terreno, move-se o verme, agente da destruição a que está sujeito todo o universo. Um crítico chamou sua obra de "poesia de necrotério".

O sucesso de público da poesia de Augusto dos Anjos é bastante considerável: o Eu já teve mais de trinta edições.


Referências

FAROCO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto. Língua e literatura. 16 ed. São Paulo: Ática, 1996. (adaptado)


ATIVIDADES

1. Qual a principal característica que distingue a poesia de Augusto dos Anjos da produção poética de seus contemporâneos, como Olavo Bilac e Alberto de Oliveira?

a) A valorização da forma e da métrica perfeita.
b) O uso de uma linguagem rebuscada e erudita.
c) A idealização da natureza e do amor.
d) A abordagem de temas sombrios e a utilização de um vocabulário científico.

2. Qual a influência da Escola do Recife na obra de Augusto dos Anjos?

a) A influência das ideias naturalistas e deterministas.
b) A busca por uma linguagem mais popular e acessível.
c) A valorização da tradição literária portuguesa.
d) A introdução de temas religiosos e místicos na poesia.

3. Qual o principal tema abordado na poesia de Augusto dos Anjos?

a) O amor romântico e a idealização da mulher.
b) A natureza e a beleza do mundo.
c) A morte, a decomposição e o sofrimento humano.
d) A luta por justiça social e a denúncia das desigualdades.








GABARITO

1: D
2: A
3: C

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