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sábado, 16 de novembro de 2024

QUESTÕES SAEB - DESCRITOR 2 - LÍNGUA PORTUGUESA



LÍNGUA PORTUGUESA - QUESTÕES SAEB - DESCRITOR 2

QUESTÃO 01: (D2) - (PROVA BRASIL 2011) Leia o texto a seguir.

Massa boa é massa fresca

Os pais de um italianinho eram donos de uma trattoria no interior da Itália. Isso há décadas e décadas. 
Comida simples, tradicional, lugar pequeno, pratos deliciosos. Certa vez, enquanto o menino brincava no balcão e seu pai assumia as caçarolas, um turista que degustava a massa viu um ratinho passar no salão. “O que é isso?”, exclamou o cliente. Sem reação e também surpreso, o italiano improvisou: “Essa é Suzi. Mora aqui com a gente”.

PORTUGAL, Rayane. Revista do Correio. Correio Braziliense. 18 jul. 2010. p. 28.

No trecho “... que degustava a massa...”, a palavra destacada refere-se a:

(A) menino.
(B) pai.
(C) turista.
(D) ratinho.
(E) italiano.

QUESTÃO 02: (D2) - (PROVA BRASIL 2015) Leia o texto a seguir.

Soneto de fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

MORAES, Vinícius de. Antologia poética. Editora do Autor: Rio de Janeiro, 1960. P. 96. 

No trecho “Quero vivê-lo em cada vão momento” (v. 5), o pronome destacado refere-se a:

(A) amor.
(B) zelo.
(C) encanto.
(D) pensamento.
(E) momento.

QUESTÃO 03: (D2) - (PROVA BRASIL 2017) Leia o texto a seguir. 

Burro-sem-rabo

São dez horas da manhã. O carreto que contratei para transportar minhas coisas acaba de chegar.
Vejo sair a mesa, a cadeira, o arquivo, uma estante, meia dúzia de livros, a máquina de escrever. Quatro retratos de criança emoldurados. Um desenho de Portinari, outro de Pancetti. Levo também este cinzeiro. E este tapete, aqui em casa ele não tem serventia. 
E esta outra fotografia, ela pode fazer falta lá.
A mesa é velha, me acompanha desde menino: destas antigas, com uma gradinha de madeira em volta, como as do tabelião do interior. Gosto dela: curti na sua superfície muita hora de estudo para fazer prova no ginásio; finquei cotovelos em cima dela noites seguidas, à procura de uma ideia. Foi de meu pai. É austera, simpática, discreta, acolhedora e digna: lembra meu pai.
Esta cadeira foi de Hélio Pellegrino, que também me acompanha desde menino: é giratória e de palhinha. Velha também, mas confortável como as amizades duradouras.
Mandei reformá-la e tem prestado serviços, inspirando-me sempre a sábia definição de Sinclair Lewis sobre o ato de escrever: é a arte de sentar-se numa cadeira.
E lá vai ele, puxando a sua carroça, no cumprimento da humilde profissão que lhe vale o injusto designativo de burro-sem-rabo. Não tenho mais nada a fazer, vou atrás.
Vou atrás das coisas que ele carrega, as minhas coisas; parte de minha vida, pelo menos parte material, no que sobrou de tanta atividade dispersa: o meu cabedal. [...]

SABINO, Fernando. A mulher do vizinho. Rio de Janeiro: Ed. do autor, 1962, p. 10-12. 

No trecho “... que também me acompanha desde menino:” (5° parágrafo), a palavra destacada refere se a:

(A) arquivo.
(B) cadeira.
(C) estante.
(D) mesa.
(E) tapete.

QUESTÃO 04: (D2) - (PROVA BRASIL 2017) Leia o texto a seguir.  

Os namorados 

Um pião e uma bola estavam numa gaveta em meio a um monte de brinquedos. Um dia o pião disse para a bola: – Devíamos namorar, afinal, ficamos lado a lado na mesma gaveta. 
Mas a bola, que era feita de marroquim, achava que era uma jovem dama muito refinada e nem se dignou a responder à proposta do pião. 
No dia seguinte, o menino, a quem todos esses brinquedos pertenciam, pintou o pião de vermelho e branco e pregou uma tachinha de bronze no meio dele. Ficava maravilhoso ao rodar. – Olhe para mim agora! – o pião disse para a bola. – O que você acha, não daríamos um belo casal? 
Você sabe pular e eu sei dançar! Como iríamos ser felizes juntos! – Isso é o que você acha – a bola retrucou – Você por acaso sabia que minha mãe e meu pai eram um par de chinelos marroquim, e que eu tenho cortiça dentro de mim? – Mas eu sou de mogno – gabou-se o pião. – E ninguém menos que o próprio prefeito quem me fez, num torno que tem no porão. – E foi um grande prazer para ele. – Como vou saber se o que está dizendo é verdade? – perguntou a bola. – Que nunca mais me soltem se eu estiver mentindo! – o pião respondeu. – Você sabe falar muito bem de si – admitiu a bola. – Mas terei de recusar o convite porque estou quase noiva de uma andorinha. Toda vez que pulo no ar, ele põe sua cabeça para fora do ninho e pergunta “você vai, você vai?”. Embora eu ainda não tenha dito que sim, já pensei nisso; e é praticamente o mesmo que estar noiva. Mas prometo que nunca o esquecerei. 

ANDERSEN, Hans Christian. Os mais belos contos de Andersen. São Paulo: Moderna, 2008, p. 74. Fragmento.  

No trecho “Embora eu ainda não tenha dito que sim, ...” (último parágrafo), o pronome em destaque 
refere-se: 

(A)  ao pião. 
(B)  à bola. 
(C)  ao menino. 
(D)  ao prefeito. 
(E)  à andorinha. 

QUESTÃO 05: (D2) - (PROVA BRASIL 2017) Leia o texto a seguir.

Capítulo CXIX 

Quero deixar aqui, entre parênteses, meia dúzia de máximas das muitas que escrevi por esse tempo. São bocejos de enfado; podem servir de epígrafe a discursos sem assunto: Suporta-se com paciência a cólica do próximo.  
Matamos o tempo; o tempo nos enterra. 
Um cocheiro filósofo costumava dizer que o gosto da carruagem seria diminuto, se todos andassem de carruagem. 
Crê em ti; mas nem sempre duvides dos outros. 
Não se compreende que um botocudo fure o beiço para enfeitá-lo com um pedaço de pau. Esta reflexão é de um joalheiro. 
Não te irrites se te pagarem mal um benefício; antes cair das nuvens, que de um terceiro andar. 

ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. Fragmento.  

No trecho “... para enfeitá-lo...” (5° parágrafo), o pronome destacado substitui o termo: 

(A) beiço. 
(B) botocudo. 
(C) cocheiro. 
(D) joalheiro. 
(E) pau. 











GABARITO
01: C
02: A
03: B
04: B
05: A

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