Não solicitamos autorização de terceiros para a publicação de conteúdo neste blog. Caso alguém discorde de alguma publicação, entre em contato pelo e-mail elisandro.felix@gmail.com e solicite, com justificativa, a exclusão do material.
SEJAM BEM-VINDOS AO PORTAL DA TAREFA LEGAL
NÃO RECLAMEM DOS ANÚNCIOS, SÃO ELES QUE AJUDAM MANTER O FUNCIONAMENTO DESSA PÁGINA.

sábado, 9 de outubro de 2021

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA ENSINO MÉDIO - ENEM E PROVA SAEB COM GABARITO

QUESTÃO 01: Leia o texto a seguir.


Lentes da história 

 

O que aconteceu com o sonho do fim da segregação racial que, há 50 anos, Martin Luther King anunciava para 250 mil pessoas na Marcha sobre Washington? Ele está perto de materializar-se ou continua uma esperança para o futuro? 

A resposta depende dos óculos que vestimos. 

Se apanharmos a lente dos séculos e milênios, a “longue durée” de que falam os historiadores, há motivos para regozijo. A instituição da escravidão, especialmente cruel com os negros, foi abolida de todas as legislações do planeta. É verdade que, na Mauritânia, isso ocorreu apenas em 1981, mas o fato é que essa chaga que acompanhava a humanidade desde o surgimento da agricultura, 11 mil anos atrás, se tornou universalmente ilegal. 

Apenas 50 anos atrás, vários Estados americanos tinham leis (Jim Crow laws) que proibiam negros até de frequentar os mesmos espaços que brancos. Na África do Sul, a segregação “de jure” chegou até os anos 90. Hoje, disposições dessa natureza são não só impensáveis como despertam vívida repulsa moral. 

Em 2008, numa espécie de clímax, o negro Barack Obama foi eleito presidente dos EUA, o que levou alguns analistas a falar em era pós-racial. 

Basta, porém, apanhar a lente das décadas e passear pelos principais indicadores demográficos para verificar que eles ainda carregam as marcas do racismo. Negros continuam significativamente mais pobres e menos instruídos que a média do país. São mandados para a cadeia num ritmo seis vezes maior que o dos brancos. As Jim Crow laws foram declaradas nulas, mas alguns Estados mantêm regras que, na prática, reduzem a participação de negros em eleições. 

É um caso clássico de copo meio cheio e meio vazio. Do ponto de vista da “longue durée”, estamos bem. Dá até para acreditar em progresso moral da humanidade. Só que não vivemos na escala dos milênios, mas na das décadas, na qual a segregação teima em continuar existindo. 


Hélio Schwartsman, Folha de S. Paulo, 28/08/2013.


Dentre as alternativas a seguir, identifique aquela que apresenta uma afirmação compatível com a tese defendida pelo autor nesse artigo de opinião.


(A) Apesar de inúmeros avanços, o antigo sentimento de intolerância entre brancos e negros se fortaleceu nas últimas décadas. 

(B) Uma profunda cegueira atinge aqueles que não querem enxergar um fato que é incontestável: o racismo continua vivo e explícito. 

(C) É necessário mobilizar as massas, à semelhança do que aconteceu na Marcha sobre Washington, para lutar pela conquista dos direitos civis. 

(D) Ainda que recentemente as práticas discriminatórias sejam menos visíveis no mundo inteiro, é inegável que o caminho para igualdade racial ainda não terminou. 

(E) O sonho de igualdade racial, idealizado por Martin Luther King, não avançou, nem para os norte-americanos, nem para os cidadãos de outros países.


QUESTÃO 02: Leia o texto a seguir.


ÁRVORE É CORTADA PARA DAR LUGAR À PROPAGANDA SOBRE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL


“Uma criança abraça uma árvore com o sorriso no rosto. No fundo verde, uma mensagem exalta a importância da preservação na natureza e lembra o Dia da Árvore”. O que seria um roteiro padrão para uma peça publicitária virou motivo de revolta e indignação em uma cidade do interior de São Paulo. Isso porque uma empresa de outdoor derrubou uma árvore centenária em um terreno para a instalação de suas placas. A empresa teria informado que tinha autorização da prefeitura e da polícia ambiental para cortar a árvore. Sobre a propaganda, a empresa disse que foi “uma infeliz coincidência”, já que não sabia o que iria ser anunciado. Em nota, a Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (Cetesb), ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo paulista, informou que não há nenhuma autorização em nome da empresa para o corte da árvore. A multa, segundo a polícia ambiental, varia entre R$100 e R$1.000 por árvore ou planta cortada. 


Disponível em: http://gazetaonline.globo.com. Acesso em: 10 ago. 2012. Adaptado.


O texto apresenta uma crítica ao uso social de um outdoor. Essa crítica está associada ao fato de:

 

(A) uma multa de R$100 a R$1.000 ser aplicada por corte de árvore ou de planta. 

(B) a Secretaria do Meio Ambiente ter negado a autorização do corte da árvore. 

(C) a empresa informar que foi uma “infeliz coincidência” o corte da árvore. 

(D) uma campanha ambiental ter substituído uma árvore centenária

(E) a empresa utilizar a imagem de uma criança na campanha.


QUESTÃO 03: Leia o texto da Adriana Natali “O APAGÃO DA LEITURA”


Ler e não entender é chaga que afeta até a elite bem formada do país: o que você pode fazer para interpretar melhor os textos que lê?

O Brasil vive prosperidade mendiga na leitura. A escolaridade média do brasileiro melhorou como nunca na última década, assim como a inclusão no sistema de ensino. O brasileiro comprou mais de 469 milhões de exemplares de livros em 2011. O Plano Nacional do Livro e Leitura mapeou 900 atividades listadas pelo Estado para incentivo à leitura. Entretanto, os sintomas do avanço parecem a ponta do iceberg do atraso: se é verdade que nunca se leu tanto no país como na era da internet, também é fato que nossa qualidade de leitura, historicamente ruim, ganhou agora precisão de pesquisa.

O Indicador do Alfabetismo Funcional 2011-2012, do Instituto Paulo Montenegro, em parceria com a ONG Ação Educativa, mostra que só 1 em cada 3 brasileiros com ensino médio completo é de fato alfabetizado (35%) e 2 em cada 5 com formação superior (38%) têm nível insuficiente em leitura. É gente que ocupa o refinado nicho das pessoas qualificadas do país - parcela significativa da população, mas que, simplesmente, não entendem o que leem. [...]


NATALI, Adriana. Revista Língua Portuguesa. Editora Segmento, edição de setembro de 2012.       


Com base na leitura do texto, compreende-se que a autora, predominantemente,


(A) defende um ponto de vista sobre um assunto com argumentos convincentes.

(B) indica comandos que devem ser seguidos para minimizar o problema em questão.

(C) descreve um problema presente no Brasil, sem defender nenhum ponto de vista.

(D) explica uma ideia que já foi comprovada por uma instituição de pesquisa.

(E) narra um episódio que exemplifica o problema citado.


QUESTÃO 04: Leia o texto a seguir.


CHEGA DE VIOLÊNCIA!


Aluna Débora de Sousa Magalhães

Professor Maurício Araújo


A violência contra a mulher no Brasil vem aumentando assustadoramente.  A cada 12 segundos, uma mulher é violentada, dados altíssimos se comparados aos outros países.  61% das mulheres assassinadas são negras e 36% dos casos acontecem ao final de semana por seus parceiros. As leis deveriam ser mais rígidas para os que cometem esses tipos de violência, ou então, chegaremos a números ainda mais alarmantes.

Muitas mulheres se casam e depositam toda sua confiança em um relacionamento conjugal, com a certeza de serem felizes. Elas se unem e acreditam ter encontrado o amor de sua vida. Depois vêm os filhos, surgem os problemas financeiros e as brigas começam a aparecer. Logo pensa em separação, mas desistem ao imaginar que não teriam capacidades de viverem sozinhas.

Seus ferimentos são muitos. Além dos físicos, existem os traumas psicológicos com sequelas para o resto da vida. O que falta ainda para as mulheres terem o seu valor é coragem de denunciar os abusos sofridos. Elas precisam fazer isso não pensando na consequência de suas denúncias, mas sim, na solução desses problemas.

Em 2006, foi aprovada a Lei Maria da Penha com intuito de proteger mulheres de agressões, mas poucos foram os seus avanços. A violência ainda continua em diversos lares. Os casos de agressões são praticados, em sua maioria, por seus parceiros, namorados, ex-companheiros ou até parentes.

Para ajudar as vítimas dessa violência desenfreada, é necessário ter mais delegacias, casas de apoio para as mulheres e projetos públicos que incentivem a participação da comunidade em denunciar os crimes e protegê-las. As leis também devem ser mais rígidas e punir com mais justiça os agressores. Oferecer um apoio psicológico tanto à vítima como também ao agressor seria um meio de amenizar tais atos de abuso.  Apoio é o que elas mais precisam, pois não é fácil conviver com a violência dentro da própria casa. 


Disponível em http://tudosaladeaula.blogspot.com.br/2017/08/chega-de-violencia-aluna-debora-de.html. Acesso em 12 de novembro de 2017.


O trecho do texto que apresenta a opinião da autora sobre o assunto é


(A) “A cada 12 segundos, uma mulher é violentada [...]”.

(B) “As leis deveriam ser mais rígidas para os que cometem esses tipos de violência [...]”.

(C) “61% das mulheres assassinadas são negras e 36% dos casos acontecem ao final de semana [...]”.

(D) “Em 2006, foi aprovada a Lei Maria da Penha com intuito de proteger mulheres de agressões [...]”.

(E) “Os casos de agressões são praticados [..] por seus parceiros [...] ou até parentes.”


QUESTÃO 05: Leia o texto a seguir.


O desperdício da água


A maioria das pessoas tem o costume de desperdiçar água, mas isso tem de mudar, porque o consumo de água vem aumentando muito e está cada vez mais difícil captar água de boa qualidade. Por causa do desperdício, a água tem de ser buscada cada vez mais longe, o que encarece o processo e consome dinheiro que poderia ser investido para proporcionar a todas as pessoas condições mais dignas de higiene. Soluções inviáveis e caras já foram cogitadas, mas estão longe de se tornar realidade. São elas: retirar o sal da água do mar, transportar geleiras para derretê-las,

etc.


Fonte:http://www.tvcultura.com.br/aloescola/ciencias/aguanaboca/index.htm.


A alternativa que contempla a opinião do autor é:


(A) “Por causa do desperdício, a água tem de ser buscada cada vez mais longe (...).”

(B) “São elas: retirar o sal da água do mar, transportar geleiras para derretê-las,  etc.”

(C) “A maioria das pessoas não têm o costume de desperdiçar água (...).”

(D) “A maioria das pessoas têm o costume de desperdiçar água, mas isso tem de mudar, porque o consumo de água vem aumentando muito (...).”

(E) Todas as alternativas são opiniões do autor.






GABARITO

01: D

02: D

03: A

04: B

05: D






Nenhum comentário: