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sábado, 30 de outubro de 2021

QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA NO ENEM


QUESTÃO 01: Serafim da Silva Neto defendia a tese da unidade da língua portuguesa no Brasil, entrevendo que no Brasil as delimitações dialetais espaciais não eram tão marcadas como as isoglossas¹ da România Antiga. Mas Paul Teyssier, na sua História da Língua Portuguesa, reconhece que na diversidade socioletal essa pretensa unidade se desfaz. Diz Teyssier: “A realidade, porém, é que as divisões ‘dialetais’ no Brasil são menos geográficas que socioculturais. As diferenças na maneira de falar são maiores, num determinado lugar, entre um homem culto e o vizinho analfabeto que entre dois brasileiros do mesmo nível cultural originários de duas regiões distantes uma da outra.”


SILVA, R. V. M. O português brasileiro e o português europeu contemporâneo: alguns aspectos da diferença. Disponível em: www.uniroma.it. Acesso em: 23 jun. 2008.


¹ isoglossa – linha imaginária que, em um mapa, une os pontos de ocorrência de traços e fenômenos linguísticos idênticos.


FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.


De acordo com as informações presentes no texto, os pontos de vista de Serafim da Silva Neto e de Paul Teyssier convergem em relação


(A) à influência dos aspectos socioculturais nas diferenças dos falares entre indivíduos, pois ambos consideram que pessoas de mesmo nível sociocultural falam de forma semelhante.

(B) à delimitação dialetal no Brasil assemelhar-se ao que ocorria na România Antiga, pois ambos consideram a variação linguística no Brasil como decorrente de aspectos geográficos.

(C) à variação sociocultural entre brasileiros de diferentes regiões, pois ambos consideram o fator sociocultural de bastante peso na constituição das variedades linguísticas no Brasil.

(D) à diversidade da língua portuguesa na România Antiga, que até hoje continua a existir, manifestando-se nas variantes linguísticas do português atual no Brasil.

(E) à existência de delimitações dialetais geográficas pouco marcadas no Brasil, embora cada um enfatize aspectos diferentes da questão.


QUESTÃO 02: (ENEM) Leia a tirinha da personagem Mafalda, de Quino.


QUINO, J.L. Mafalda. Tradução de Monica S.M. da Silva. São Paulo: Martins Fontes, 1988.


O efeito de humor foi um recurso utilizado pelo autor da tirinha para mostrar que o pai de Mafalda


(A) queria consultar o dicionário para tirar uma dúvida, e não ler o livro, como sua filha pensava.

(B) demonstrou que a leitura do dicionário o desagradou bastante, fato que decepcionou muito sua filha.

(C) revelou desinteresse na leitura do dicionário.

(D) tentava ler um dicionário, que é uma obra muito extensa.

(E) causou surpresa em sua filha, ao se dedicar à leitura de um livro tão grande.


QUESTÃO 03: (ENEM) Observe a imagem a seguir.


A figura é uma adaptação da bandeira nacional.O uso dessa imagem no anuncio tem como principal objetivo


(A) mostrar a população que a Mata Atlântica é mais importante para o país. do que a ordem e o progresso.

(B) criticar a estética da bandeira nacional, que não reflete com exatidão a essência do país que representa.

(C) informar a população sobre a alteração que a bandeira oficial do país sofrera.

(D) alertar a população para o desmatamento da Mata Atlântica e fazer um apelo para que as derrubadas acabem.

(E) incentivar as campanhas ambientalistas e ecológicas em defesa da Amazônia.


QUESTÃO 04: (ENEM) Leia o trecho a seguir. 


Vera, Sílvia e Emília saíram para passear pela chácara com Irene.

— A senhora tem um jardim deslumbrante, dona Irene!— comenta Sílvia, maravilhada diante dos canteiros de rosas e hortênsias.

— Para começar, deixe o "senhora" de lado e esquema o "dona" também — diz Irene, sorrindo. — Já é um custo aguentar a Vera me chamando de "tia" o tempo todo. Meu nome é Irene.

Todas sorriem. Irene prossegue:

— Agradeço os elogios para o jardim, só que você vai ter de fazê-los para a Eulália, que é quem cuida das flores. Eu sou um fracasso na jardinagem.


BAGNO, M. A língua de Eulália: Novela Sociolinguística. São Paulo: Contexto, 2003 (adaptado).


Na língua portuguesa, a escolha por "você" ou "senhor (a)" denota o grau de liberdade ou de respeito que deve haver entre os interlocutores. No diálogo apresentado acima, observa-se o emprego dessas formas. A personagem Sílvia emprega a forma "senhora" ao se referir a Irene. Na situação apresentada no texto, o emprego de "senhora" ao se referir interlocutora ocorre porque Sílvia


(A) pensa que Irene é a jardineira da casa.

(B) considera que Irene é uma pessoa mais velha, com a qual não tem intimidade.

(C) acredita que Irene gosta de todos que a visitam.

(D) observa que Irene e Eulália são pessoas que vivem em área rural.

(E) deseja expressar por meio de sua fala o fato de sua família conhecer Irene.


QUESTÃO 05: (ENEM) A maioria das declarações do imposto de renda é realizada pela internet, o que garante maior eficiência e rapidez no processamento das informações.


Os serviços oferecidos pelo governo via internet visam


(A) gerar mais despesas aos cofres públicos.

(B) criar mais burocracia no relacionamento com o cidadão.

(C) facilitar e agilizar os serviços disponíveis.

(D) vigiar e controlar os atos dos cidadãos.

(E) definir uma política que privilegia a alta sociedade.




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GABARITO

01: E

02: A

03: D

04: B

05: C






sábado, 23 de outubro de 2021

ATIVIDADES FIGURAS DE LINGUAGEM COM GABARITO

 QUESTÃO 01: Leia o trecho musical

Segue o seco


[...] A boiada seca

Na enxurrada seca

Na trovoada seca

Na enxada seca

Segue o seco sem sacar que o caminho é seco

Sem sacar que o espinho é seco

Sem sacar que o seco é o Ser Sol

Sem sacar que algum espinho seco secará

E a água que sacar será um tiro seco

E secará o seu destino secará [...]


(BROW, Carlinhos; MONTE, Marisa. In: ABAURRE. M.L.M. et al. Português: contexto, interlocução e sentido. São Paulo: Moderna, 2010.)


A aliteração é a repetição constante de um mesmo fonema consonantal, enquanto que a assonância é a repetição de um mesmo fonema vocálico. Anáfora é a repetição da mesma palavra no início de diversas orações, a epífora consiste na repetição de uma mesma palavra no final dos versos. A iteração consiste na repetição de um termo. Difere do polissíndeto por ser a reiteração de qualquer palavra e não só da conjunção.


Leia as proposições abaixo:


I. O texto (Segue o seco) é construído a partir da repetição dos fonemas consonantais /s/ e /k/, presentes em seca.

II. A repetição dos fonemas /s/ e /k/ é um efeito estilístico denominado aliteração.

III. O uso da palavra seca, repetida no final dos quatro primeiros versos, é um recurso estilístico chamado de epífora ou epístrofe.

IV. O uso da palavra seca, repetida no final dos quatro primeiros versos, é um recurso estilístico chamado de anáfora.


Assinale a alternativa correta:


(A) Apenas a proposição I está correta.

(B) Apenas a proposição II está correta.

(C) Apenas as proposições I e III estão corretas.

(D) Apenas as proposições I, II e III estão corretas.

(E) Apenas as proposições I, II e IV estão corretas.


QUESTÃO 02: Leia o cartaz a seguir.


E:\FIGURAS DE LINGUAGEM\FIGURAS DE LINGUAGEM - ANTÍTESE - A AGÊNCIA É SINGUALR. OS RESULTDOS SÃO NO PLURAL..jpg


A figura de linguagem oximoro apresenta uma verdade com aparência de mentira “falo melhor quando emudeço”; já a figura de linguagem paradoxo é uma oposição de sentido, isto é, afirmações ilógicas “amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente”; enquanto que a figura de linguagem antítese não passa de uma simples oposição vocabular.


Diante desse pressuposto, assinale a alternativa correta em relação à mensagem descrita no cartaz (figura acima).


(A) No cartaz predomina-se a figura de linguagem antítese.

(B) No cartaz predomina-se a figura de linguagem oximoro.

(C) No cartaz predomina-se a figura de linguagem paradoxo.

(E) No cartaz predominam-se as figuras de linguagem antítese e oxímoro.

(D) No cartaz predominam-se as figuras de linguagem antítese e paradoxo.


QUESTÃO 03: Leia o refrão da música “Carrossel”


[...]

Embarque nesse carrossel

Onde o mundo faz de conta

A Terra é quase o céu.

[...]


A figura de linguagem predominante no início do refrão da música carrossel é a catacrese. Assinale a alternativa abaixo em que a figura de linguagem predominante também seja a catacrese.


(A) “O pai da aviação suicidou-se”

(B) “Eu adoro navegar na internet”.

(C) “Gostaria de conhecer a cidade-luz”.

(D) “Só ele tem cabeça para resolver isso”.

(E) “Sem teto nem chão, o ser humano não conquista sua dignidade”.


QUESTÃO 04: Leia o anúncio a seguir.


E:\FIGURAS DE LINGUAGEM\FIGURAS DE LINGUAGEM - HIPÉRBOLE - TODO MUNDO FALA BEM DA GENTE.jpg


Assinale a alternativa que corresponda corretamente a figura de linguagem presente na figura acima.


(A) ironia.

(B) litotes.

(C) hipérbole.

(D) metáfora.

(E) eufemismo.


QUESTÃO 05: Leia, a seguir, a letra da música escrita por Chico Buarque.


Construção (Chico Buarque)


Amou daquela vez como se fosse a última

Beijou sua mulher como se fosse a última

E cada filho seu como se fosse o único

E atravessou a rua com seu passo tímido

Subiu a construção como se fosse máquina

Ergueu no patamar quatro paredes sólidas

Tijolo com tijolo num desenho mágico

Seus olhos embotados de cimento e lágrima

Sentou pra descansar como se fosse sábado

Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe

Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago

Dançou e gargalhou como se ouvisse música

E tropeçou no céu como se fosse um bêbado

E flutuou no ar como se fosse um pássaro

E se acabou no chão feito um pacote flácido

Agonizou no meio do passeio público

Morreu na contramão atrapalhando o tráfego


A ideia contida na letra da música é trabalhada a partir de uma figura de linguagem, repetida em vários versos, chamada


(A) comparação.

(B) prosopopeia.

(C) eufemismo.

(D) metáfora.

(E) antítese.



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GABARITO

01: D

02: A

03: B

04: C

05: A


sábado, 16 de outubro de 2021

ATIVIDADES DERIVAÇÃO SUFIXAL - FORMAÇÃO DE PALAVRAS COM GABARITO

 DERIVAÇÃO SUFIXAL


1. Pelo processo da sufixação, derive adjetivos das palavras abaixo. Destaque os sufixos que utilizou. Observe o exemplo:

Nervo: nervoso


a) festa

b) verdade 

c) campo

d) mania

e) suportar

f) infância

g) força 

h) riso

i) problema


2. Identifique os sufixos das palavras abaixo e, depois, escreva uma palavra formada com o sufixo identificado. 


a) valentia 

b) oportunista

c) emigrante

d) ansiosamente

e) acampamento 

f) riqueza

g) tropeiro

h) promotor 

i) paranaense 

j) velhice 


3. Ainda pelo processo da derivação sufixal, forme adjetivos a partir dos seguintes substantivos:


a) anjo

b) voz

c) dedo

d) boca

e) angústia

f) cavalo 

g) valor

h) pai

i) mão


4. Por meio de sufixos adequados, derive verbos das palavras abaixo. 

 

a) agonia

b) gota

c) festa

d) homem

e) chuva

f) pé

g) mão

h) família

i) lágrima

j) chefe


5. Lembrando-se de que o sufixo -oso é sempre grafado com s, derive adjetivos dos substantivos abaixo.


a) gosto

b) sabor

c) pavor

d) nervo

e) horror

f) calor





GABARITO

1. Sugestões de respostas

a) festivo

b) verdadeiro

c) campestre

d) maníaco

e) suportável

f) infantil

g) forçoso

h) risonho

i) problemático


2. Sugestões de respostas

a) ia = teimosia

b) ista = pessimista

c) ante = comerciante

d) mente = eternamente

e) mento = firmamento

f) eza = firmeza

g) eiro = fazendeiro

h) or = professor

i) ense = cearense

j) ice = meninice


3. 

a) angelical

b) vocal

c) digital

d) bucal

e) angustiante

f) cavalar

g) valoroso

h) paternal

i) manual


4.

a) agonizar

b) gotejar

c) festejar

d) humanizar

e) chuviscar

f) pedalar

g) manejar/ manipular

h) familiar

i) lacrimejar

j) chefiar


5.

a) gostoso

b) saboroso

c) pavoroso

d) nervoso

e) horroroso

f) caloroso


sábado, 9 de outubro de 2021

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PARA ENSINO MÉDIO - ENEM E PROVA SAEB COM GABARITO

QUESTÃO 01: Leia o texto a seguir.


Lentes da história 

 

O que aconteceu com o sonho do fim da segregação racial que, há 50 anos, Martin Luther King anunciava para 250 mil pessoas na Marcha sobre Washington? Ele está perto de materializar-se ou continua uma esperança para o futuro? 

A resposta depende dos óculos que vestimos. 

Se apanharmos a lente dos séculos e milênios, a “longue durée” de que falam os historiadores, há motivos para regozijo. A instituição da escravidão, especialmente cruel com os negros, foi abolida de todas as legislações do planeta. É verdade que, na Mauritânia, isso ocorreu apenas em 1981, mas o fato é que essa chaga que acompanhava a humanidade desde o surgimento da agricultura, 11 mil anos atrás, se tornou universalmente ilegal. 

Apenas 50 anos atrás, vários Estados americanos tinham leis (Jim Crow laws) que proibiam negros até de frequentar os mesmos espaços que brancos. Na África do Sul, a segregação “de jure” chegou até os anos 90. Hoje, disposições dessa natureza são não só impensáveis como despertam vívida repulsa moral. 

Em 2008, numa espécie de clímax, o negro Barack Obama foi eleito presidente dos EUA, o que levou alguns analistas a falar em era pós-racial. 

Basta, porém, apanhar a lente das décadas e passear pelos principais indicadores demográficos para verificar que eles ainda carregam as marcas do racismo. Negros continuam significativamente mais pobres e menos instruídos que a média do país. São mandados para a cadeia num ritmo seis vezes maior que o dos brancos. As Jim Crow laws foram declaradas nulas, mas alguns Estados mantêm regras que, na prática, reduzem a participação de negros em eleições. 

É um caso clássico de copo meio cheio e meio vazio. Do ponto de vista da “longue durée”, estamos bem. Dá até para acreditar em progresso moral da humanidade. Só que não vivemos na escala dos milênios, mas na das décadas, na qual a segregação teima em continuar existindo. 


Hélio Schwartsman, Folha de S. Paulo, 28/08/2013.


Dentre as alternativas a seguir, identifique aquela que apresenta uma afirmação compatível com a tese defendida pelo autor nesse artigo de opinião.


(A) Apesar de inúmeros avanços, o antigo sentimento de intolerância entre brancos e negros se fortaleceu nas últimas décadas. 

(B) Uma profunda cegueira atinge aqueles que não querem enxergar um fato que é incontestável: o racismo continua vivo e explícito. 

(C) É necessário mobilizar as massas, à semelhança do que aconteceu na Marcha sobre Washington, para lutar pela conquista dos direitos civis. 

(D) Ainda que recentemente as práticas discriminatórias sejam menos visíveis no mundo inteiro, é inegável que o caminho para igualdade racial ainda não terminou. 

(E) O sonho de igualdade racial, idealizado por Martin Luther King, não avançou, nem para os norte-americanos, nem para os cidadãos de outros países.


QUESTÃO 02: Leia o texto a seguir.


ÁRVORE É CORTADA PARA DAR LUGAR À PROPAGANDA SOBRE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL


“Uma criança abraça uma árvore com o sorriso no rosto. No fundo verde, uma mensagem exalta a importância da preservação na natureza e lembra o Dia da Árvore”. O que seria um roteiro padrão para uma peça publicitária virou motivo de revolta e indignação em uma cidade do interior de São Paulo. Isso porque uma empresa de outdoor derrubou uma árvore centenária em um terreno para a instalação de suas placas. A empresa teria informado que tinha autorização da prefeitura e da polícia ambiental para cortar a árvore. Sobre a propaganda, a empresa disse que foi “uma infeliz coincidência”, já que não sabia o que iria ser anunciado. Em nota, a Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (Cetesb), ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo paulista, informou que não há nenhuma autorização em nome da empresa para o corte da árvore. A multa, segundo a polícia ambiental, varia entre R$100 e R$1.000 por árvore ou planta cortada. 


Disponível em: http://gazetaonline.globo.com. Acesso em: 10 ago. 2012. Adaptado.


O texto apresenta uma crítica ao uso social de um outdoor. Essa crítica está associada ao fato de:

 

(A) uma multa de R$100 a R$1.000 ser aplicada por corte de árvore ou de planta. 

(B) a Secretaria do Meio Ambiente ter negado a autorização do corte da árvore. 

(C) a empresa informar que foi uma “infeliz coincidência” o corte da árvore. 

(D) uma campanha ambiental ter substituído uma árvore centenária

(E) a empresa utilizar a imagem de uma criança na campanha.


QUESTÃO 03: Leia o texto da Adriana Natali “O APAGÃO DA LEITURA”


Ler e não entender é chaga que afeta até a elite bem formada do país: o que você pode fazer para interpretar melhor os textos que lê?

O Brasil vive prosperidade mendiga na leitura. A escolaridade média do brasileiro melhorou como nunca na última década, assim como a inclusão no sistema de ensino. O brasileiro comprou mais de 469 milhões de exemplares de livros em 2011. O Plano Nacional do Livro e Leitura mapeou 900 atividades listadas pelo Estado para incentivo à leitura. Entretanto, os sintomas do avanço parecem a ponta do iceberg do atraso: se é verdade que nunca se leu tanto no país como na era da internet, também é fato que nossa qualidade de leitura, historicamente ruim, ganhou agora precisão de pesquisa.

O Indicador do Alfabetismo Funcional 2011-2012, do Instituto Paulo Montenegro, em parceria com a ONG Ação Educativa, mostra que só 1 em cada 3 brasileiros com ensino médio completo é de fato alfabetizado (35%) e 2 em cada 5 com formação superior (38%) têm nível insuficiente em leitura. É gente que ocupa o refinado nicho das pessoas qualificadas do país - parcela significativa da população, mas que, simplesmente, não entendem o que leem. [...]


NATALI, Adriana. Revista Língua Portuguesa. Editora Segmento, edição de setembro de 2012.       


Com base na leitura do texto, compreende-se que a autora, predominantemente,


(A) defende um ponto de vista sobre um assunto com argumentos convincentes.

(B) indica comandos que devem ser seguidos para minimizar o problema em questão.

(C) descreve um problema presente no Brasil, sem defender nenhum ponto de vista.

(D) explica uma ideia que já foi comprovada por uma instituição de pesquisa.

(E) narra um episódio que exemplifica o problema citado.


QUESTÃO 04: Leia o texto a seguir.


CHEGA DE VIOLÊNCIA!


Aluna Débora de Sousa Magalhães

Professor Maurício Araújo


A violência contra a mulher no Brasil vem aumentando assustadoramente.  A cada 12 segundos, uma mulher é violentada, dados altíssimos se comparados aos outros países.  61% das mulheres assassinadas são negras e 36% dos casos acontecem ao final de semana por seus parceiros. As leis deveriam ser mais rígidas para os que cometem esses tipos de violência, ou então, chegaremos a números ainda mais alarmantes.

Muitas mulheres se casam e depositam toda sua confiança em um relacionamento conjugal, com a certeza de serem felizes. Elas se unem e acreditam ter encontrado o amor de sua vida. Depois vêm os filhos, surgem os problemas financeiros e as brigas começam a aparecer. Logo pensa em separação, mas desistem ao imaginar que não teriam capacidades de viverem sozinhas.

Seus ferimentos são muitos. Além dos físicos, existem os traumas psicológicos com sequelas para o resto da vida. O que falta ainda para as mulheres terem o seu valor é coragem de denunciar os abusos sofridos. Elas precisam fazer isso não pensando na consequência de suas denúncias, mas sim, na solução desses problemas.

Em 2006, foi aprovada a Lei Maria da Penha com intuito de proteger mulheres de agressões, mas poucos foram os seus avanços. A violência ainda continua em diversos lares. Os casos de agressões são praticados, em sua maioria, por seus parceiros, namorados, ex-companheiros ou até parentes.

Para ajudar as vítimas dessa violência desenfreada, é necessário ter mais delegacias, casas de apoio para as mulheres e projetos públicos que incentivem a participação da comunidade em denunciar os crimes e protegê-las. As leis também devem ser mais rígidas e punir com mais justiça os agressores. Oferecer um apoio psicológico tanto à vítima como também ao agressor seria um meio de amenizar tais atos de abuso.  Apoio é o que elas mais precisam, pois não é fácil conviver com a violência dentro da própria casa. 


Disponível em http://tudosaladeaula.blogspot.com.br/2017/08/chega-de-violencia-aluna-debora-de.html. Acesso em 12 de novembro de 2017.


O trecho do texto que apresenta a opinião da autora sobre o assunto é


(A) “A cada 12 segundos, uma mulher é violentada [...]”.

(B) “As leis deveriam ser mais rígidas para os que cometem esses tipos de violência [...]”.

(C) “61% das mulheres assassinadas são negras e 36% dos casos acontecem ao final de semana [...]”.

(D) “Em 2006, foi aprovada a Lei Maria da Penha com intuito de proteger mulheres de agressões [...]”.

(E) “Os casos de agressões são praticados [..] por seus parceiros [...] ou até parentes.”


QUESTÃO 05: Leia o texto a seguir.


O desperdício da água


A maioria das pessoas tem o costume de desperdiçar água, mas isso tem de mudar, porque o consumo de água vem aumentando muito e está cada vez mais difícil captar água de boa qualidade. Por causa do desperdício, a água tem de ser buscada cada vez mais longe, o que encarece o processo e consome dinheiro que poderia ser investido para proporcionar a todas as pessoas condições mais dignas de higiene. Soluções inviáveis e caras já foram cogitadas, mas estão longe de se tornar realidade. São elas: retirar o sal da água do mar, transportar geleiras para derretê-las,

etc.


Fonte:http://www.tvcultura.com.br/aloescola/ciencias/aguanaboca/index.htm.


A alternativa que contempla a opinião do autor é:


(A) “Por causa do desperdício, a água tem de ser buscada cada vez mais longe (...).”

(B) “São elas: retirar o sal da água do mar, transportar geleiras para derretê-las,  etc.”

(C) “A maioria das pessoas não têm o costume de desperdiçar água (...).”

(D) “A maioria das pessoas têm o costume de desperdiçar água, mas isso tem de mudar, porque o consumo de água vem aumentando muito (...).”

(E) Todas as alternativas são opiniões do autor.






GABARITO

01: D

02: D

03: A

04: B

05: D