LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
QUESTÃO
01: Leia o
texto a seguir.
ORIGENS
Diferentemente dos outros
minerais, os diamantes não se formam na crosta terrestre, que é de onde os
obtemos. Sua gênese ocorre a grande profundidade, numa zona do interior da
Terra denominada manto, com pressões e temperaturas muito elevadas, em
condições magmáticas.
Os diamantes aparecem quase
sempre em uma rocha vulcânica, a kimberlita (da região sul-africana de
Kimberley).
Também se encontram diamantes em
jazidas secundárias, principalmente em depósitos de cascalho e areia.
Vários autores. Minerais e pedras preciosas. São
Paulo: Globo.
O texto tem como finalidade
(A) informar sobre a origem dos diamantes.
(B) convencer o leitor de que os diamantes diferem
de outros minerais.
(C) informar que os diamantes aparecem em rochas
vulcânicas.
(D) entreter o leitor com a história dos diamantes.
QUESTÃO
02: Leia o
texto a seguir.
AS LÁGRIMAS DE POTIRA
Quando os homens ainda não tinham
diamantes, viveu na floresta um casal de índios: Itagibá, que significa braço
forte, e Potira, flor. Viviam os dois felizes, até que um dia Itagibá teve de
partir para a guerra. Potira ficou triste e acompanhou, com o olhar, a canoa do
marido sumir na curva do rio. O tempo foi passando e nada de Itagibá voltar.
Quando veio a notícia de que ele tinha morrido, Potira foi para a beira do rio
e começou a chorar, passando o resto da vida assim, com suas lágrimas
espalhando-se pela areia das praias: Tupã, o grande senhor dos céus, teve pena
e fez com que as lágrimas dela se transformassem em diamantes. Por isso é que
eles brilham e encantam como uma lágrima de mulher.
Carlos Felipe de Melo M. Horta (coord.). O grande
livro do folclore. Belo Horizonte: Leitura, 2000.
O texto tem como finalidade
(A) informar sobre uma tragédia ocorrida com
Itagibá.
(B) contar a história de um casal de índios.
(C) informar sobre a morte de Itagibá e a tristeza
de Potira.
(D) apresentar uma explicação fantástica,
imaginária, sobre a origem do diamante.
QUESTÃO
03: Leia o
texto a seguir.
IRAPURU, O CANTO QUE ENCANTA
Certo jovem, não muito belo, era
admirado e desejado por todas as moças de sua tribo por tocar flauta
maravilhosamente bem. Deram-lhe, então, o nome de Catuboré, flauta encantada.
Entre as moças, a bela Mainá conseguiu o seu amor; casar-se-iam durante a
primavera.
Certo dia, já próximo do grande
dia, Catuboré foi à pesca e de lá não mais voltou.
Saindo a tribo inteira à sua
procura, encontraram-no sem vida, à sombra de uma árvore, mordido por uma cobra
venenosa. Sepultaram-no no próprio local.
É preciso abandonar alguns costumes
que nos prejudicam para que nossa qualidade de vida melhore.
Mainá, desconsolada, passava
várias horas a chorar sua grande perda. A alma de Catuboré, sentindo o
sofrimento de sua noiva, lamentava-se profundamente pelo seu infortúnio. Não
podendo encontrar paz, pediu ajuda ao Deus Tupã. Este, então, transformou a
alma do jovem no pássaro irapuru, que, mesmo com escassa beleza, possui um
canto maravilhoso, semelhante ao som da flauta, para alegrar a alma de Mainá.
O cantar do irapuru ainda hoje
contagia com seu amor os outros pássaros e todos os seres da natureza.
Walde-Mar de Andrade e Silva. Lendas e mitos dos
índios brasileiros. São Paulo: FTD, 1997.
A lenda que você leu apresenta um trecho
"intruso", ou seja, que não faz parte da história. Assinale
corretamente esse trecho intruso.
(A) "O cantar do irapuru ainda hoje contagia
com seu amor os outros pássaros e todos os seres da natureza."
(B) "A alma de Catuboré, sentindo o sofrimento
de sua noiva, lamentava-se profundamente pelo seu infortúnio."
(C) " É preciso abandonar alguns costumes que
nos prejudicam para que nossa qualidade de vida melhore."
(D) "Saindo a tribo inteira à sua procura, encontraram-no
sem vida, à sombra de uma árvore, mordido por uma cobra venenosa."
LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES 04
A 06.
O CÃO E A LEBRE
Uma lebre brincava alegremente
num campo, quando de súbito veio um cão pulando em sua direção. A lebre soltou
um grito de terror, julgando que ele a mataria. O grande cão a acuou com seus
enormes dentes. A lebre fechou os olhos, esperando o pior. Para sua surpresa, o
cão não a mordeu. Em vez disso, parou de rosnar e de acuá-la. A lebre abriu os
olhos e espiou o cão.
- Venha brincar comigo - disse o
cão, abanando a cauda.
- De forma alguma - disparou a lebre.
Eu nem sonharia em fazê-lo.
- Por que não? - perguntou o cão,
desapontado.
- Porque não sei o que pensar de
você - replicou a lebre. Se você é meu amigo, por que tentou me morder e, se é
meu inimigo, por que deseja brincar comigo?
Esopo. Fábulas de Esopo. Tradução de Odail U.
Sobral e Maria Stela Gonçalves. São Paulo: Loyola, 1995.
QUESTÃO
04: A
melhor frase para moral dessa fábula é:
(A) O seu melhor amigo também pode ser seu maior
inimigo.
(B) Gostamos que as pessoas se mostrem a nós tal
como de fato são.
(C) O verdadeiro prevenido é aquele que desconfia
até da própria sombra.
(D) Uma vez seu inimigo, seu inimigo sempre será.
QUESTÃO
05: As
fábulas são consideradas narrativas porque
(A) informam sobre acontecimentos envolvendo animais.
(B) relatam histórias reais envolvendo animais.
(C) relatam historias narradas sempre pela
personagem protagonista.
(D) relatam fatos que acontecem em um determinado
tempo e espaço, envolvendo personagens.
QUESTÃO
06: A lebre
ficou surpresa porque
(A) esperava que o cão a mataria, mas ele não o
fez.
(B) o cão veio pulando em sua direção.
(C) o cão a acuou com seus enormes dentes.
(D) o cão ficou desapontado.
LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES 07
E 08.
A RAPOSA E AS UVAS
Morta de fome, uma raposa foi até
um vinhedo sabendo que ia encontrar muita uva. A safra havia sido excelente. Ao
ver a parreira carregada de cachos enormes, a raposa lambeu os beiços. Só que
sua alegria durou pouco: por mais que tentasse, não conseguia alcançar as uvas.
Por fim, cansada de tantos esforços inúteis, resolveu ir embora, dizendo:
- Por mim, quem quiser essas uvas
pode levar. Estão verdes, estão azedas, não me servem. Se alguém me desse essas
uvas eu não comeria.
MORAL: Desprezar o que não se
consegue conquistar é fácil.
Esopo. Fábulas de esopo. Tradução de Heloisa Jahn.
São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1994.
QUESTÃO
07: Que
comportamento humano é criticado nessa fábula?
(A) O comportamento de pessoas que desprezam as
coisas conquistadas facilmente.
(B) O comportamento de pessoas que, às vezes,
desprezam as coisas apenas porque não as possuem.
(C) O comportamento de pessoas que não se esforçam
para obterem riquezas.
(D) O comportamento de pessoas ingratas e
insatisfeitas com o que tem para comer diariamente.
QUESTÃO
08: De
acordo com o texto, assinale (V) para as alternativas corretas e (F) para as
incorretas.
( ) A raposa estava morta de fome, mas
acabou não comendo nada.
( ) A raposa desistiu de colher as uvas.
( ) Ao experimentar as uvas, a raposa as
achou verdes e azedas.
( ) A parreira estava carregada com enormes
cachos.
O TEXTO A SEGUIR FAZ PARTE DO LIVRO "A BOLA E
O GOLEIRO", DO ESCRITOR BAIANO JORGE AMADO. LEIA-O PARA RESPONDER ÀS
QUESTÕES 09 E 10.
[...]
O destino das bolas de futebol é
fazer gols e a bola Fura-Redes, como o nome indica, era a maior especialista do
país na quantidade e na qualidade dos tentos assinalados. Gols olímpicos, de
efeito, de folha-seca, de letra, de bicicleta, de placa, incomparáveis.
Por isso mesmo tornou-se
conhecida e aclamada como Esfera Mágica, Goleadora Genial, Pelota Invencível e
Redonda Infernal, pelos locutores enlouquecidos ao microfone, quando a viam
atravessar o campo, de passe em passe, de finta em finta, para marcar mais um
tento sensacional. A bola Fura-Redes era o pavor dos goleiros, a paixão dos
pontas de lança e dos comandantes de ataque, a bem-amada da torcida nascera
para cruzar o arco, bater-se alegre contra as redes, provocar o grito de guerra
e de vitória da galera.
Lustrosa, leve e atrevida, a mais
redonda das pelotas, apesar de muito jovem, logo se tornou popularíssima devido
ao número de tentos já marcados, cerca de seiscentos; muitos em cada partida.
Vários para a equipe A e vários para a equipe Z, pois Fura-redes mantinha-se
absolutamente imparcial quando se exibia no gramado.
Marcava gols para as duas
equipes, não protegia qualquer delas, era correta e justa. Assinalaria maior
número de tentos o time que mais procurasse o ataque, buscando encurralar o adversário.
Com ela, os artilheiros não erravam os chutes, não desperdiçavam bolas nas
traves. Mas, sendo igualmente bondosa, dotada de um coração de ouro, Fura-Redes
tampouco deixava a outra esquadra em jejum: pelo menos um golzinho de
consolação ela lhe concedia antes que o juiz trilasse o apito, dando o desafio
por terminado.
Jorge Amado. A bola e o goleiro. Rio de Janeiro:
Record, 1984.
QUESTÃO
09: No
trecho "Nascera para cruzar o arco, bater-se alegre contra as
redes, provocar o grito de guerra e de vitória da galera", a que arco
se refere?
QUESTÃO
10: Entre
as características da bola, há algumas que são próprias de seres humanos.
Identifique-as.
LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES 11
A 13.
SERTÃO VERDE
Minha mãe descrevia o sertão
verdejante. Verdes eram as matas, os cafezais, a horta, o pomar, os papagaios e
periquitos gritadores, que passavam em bandos com as asas refletindo os raios
de sol. Até onde a vista alcançava, o verde predominava em tons variados. Os
jequitibás gigantes e todas as árvores preciosas das nossas florestas cresciam
no solo do sertão, altivos em sua tranquila ufania.
Em meio à sinfonia verde havia a
casa pobre de pau-a-pique, mal plantada no terreiro barrento e escuro, com
ripas entrelaçadas e o telhado coberto de sapé: a casa onde nasci. Nasci nesse
sertão misterioso e agreste onde os animais selvagens eram reis, onde a justiça
era lenda e autores de muitas mortes viviam como homens de bem.
À volta da casa mais semelhante a
uma tapera, a terra era vermelha e pegajosa; quando chovia havia enxurradas que
pareciam sangue misturado com a terra e corriam juntos em riachos improvisados.
Se eu pudesse lembrar, minhas
lembranças seriam verdes como a esperança no coração de meus pais. Vim de lá
tão pequena que só posso contar o que deles ouvi sobre a fazenda do sertão. E
para explicar por que foram parar tão longe e tão sem recursos, devo voltar ao
princípio do caminho.
[...]
DUPRÉ, Maria José. Sertão verde.
QUESTÃO
11:
Identifique a alternativa que apresenta os adjetivos que caracterizam o
substantivo sertão.
(A) gigante, escuro, pegajoso.
(B) verde, verdejante, misterioso.
(C) selvagem, verdejante, escuro.
(D) verdejante, vermelho, misterioso.
QUESTÃO
12: Releia
dois trechos retirados do 1º parágrafo.
“Até onde a vista alcançava, o verde predominava em tons variados.”
“Verdes
eram as matas, os cafezais, a horta, o pomar, os papagaios e periquitos
gritadores, que passavam em bandos com as asas refletindo os raios de sol.”
A palavra verde
é empregada nas duas frases como
(A) adjetivo.
(B) substantivo.
(C) adjetivo e substantivo abstrato.
(D) substantivo comum e adjetivo.
QUESTÃO
13: O tipo
de sequência predominante no texto lido é
(A) dissertativa.
(B) conversacional.
(C) narrativa.
(D) descritiva.
LEIA A TIRINHA A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES
14 E 15.
QUESTÃO
14: O
Menino Maluquinho disse “Oba!”, no
primeiro quadrinho. A forma como foi registrada sua fala significa que ele está
(A) sussurrando.
(B) chorando.
(C) cantando.
(D) gritando.
QUESTÃO
15: Indique
a alternativa que traz o nome do recurso utilizado para registrar a expressão “CRAC!”, no último quadrinho.
(A) Onomatopeia.
(B) Gestos.
(C) Fala.
(D) Metáfora visual.
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GABARITO:
1:A; 2:D; 3:C; 4:B; 5:D; 6:A; 7:B;
8:V,V,F,V;
9. Às duas hastes verticais (traves)
mais a haste horizontal (travessão) que compõem o gol.
10. Atrevida, jovem, imparcial,
correta, justa, bondosa e coração de ouro.
11:B; 12:D; 13:C; 14:D; 15:A