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sábado, 11 de dezembro de 2021

ATIVIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA - QUESTÕES OBJETIVAS PARA AVALIAÇÃO

 
QUESTÃO 01: Leia o texto a seguir.

Canção do tamoio

I

Não chores, meu filho:
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos,
Só pode exaltar.

II

Um dia vivemos!
O homem que é forte
Não teme da morte;
Só teme fugir;
No arco que entesa
Tem certa uma presa,
Quer seja tapuia,
Condor ou tapir.
[...]

III

Domina, se vive;
Se morre, descansa
Dos seus na sua lembrança,
Na voz do porvir.
Não cures da vida!
Sê bravo, sê forte!
Não fujas da morte,
Que a morte há de vir!

(Gonçalves Dias)

Em Canção do tamoio, o pai apela para que o filho:

(A) assuma um lugar de destaque e liderança na tribo por meio de negociações e alianças.
(B) seja bravo e forte, não temendo a morte gloriosa que lhe garantirá a fama póstuma.
(C) não tema a morte nem a fuga, para que sua atitude seja lembrada pelos demais guerreiros da tribo.
(D) não chore porque a vida é um combate que derruba fracos e fortes indiferentemente.
(E) não se preocupe com a vida porque os meios de sobrevivência são oferecidos pela floresta.

QUESTÃO 02: Leia o texto a seguir:

Há muitos séculos, o homem vem construindo aparelhos para medir o tempo e não lhe deixar perder a hora. Um dos mais antigos foi inventado pelos chineses e consistia em uma corda cheia de nós a intervalos regulares. Colocava-se fogo ao artefato e a duração de algum evento era medida pelo tempo que a corda levava para queimar entre um nó e outro. Não há registros, mas com certeza diziam-se coisas como: “Muito bonito, não? Você está atrasado há mais de três nós!”

 

JORNAL O ESTADO DE S. PAULO, 28 mai. 1992.
 
A finalidade do texto é
 
(A) informar.
(B) descrever.
(C) argumentar.
(D) narrar.
(E) Todas as alternativas estão corretas.


QUESTÃO 03: ENEM 2012

Disponível em: www.ivancabral.com. Acesso em: 27 fev. 2012.


O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre à


(A) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a ideia que pretende veicular.

(B) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.

(C) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o espaço da população rica.

(D) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.

(E) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso da família.


QUESTÃO 04: Leia o texto a seguir.

 

Até quando?

 

Não adianta olhar pro céu

Com muita fé e pouca luta

Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer

E muita greve, você pode, você deve, pode crer

Não adianta olhar pro chão

Virar a cara pra não ver

Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus

Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!

 

GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo). Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento)

 

Percebe-se que o autor do texto optou por algumas escolhas linguísticas. Essas escolhas se deram devido

 

(A) ao caráter conativo, ou seja, de apelo que se formaliza por meio da linguagem conotativa.

(B) à influência dos meios tecnológicos, sobretudo da internet.

(C) ao uso reiterado de gírias, em consequência da sequência dialógica.

(D) à opção do autor pela linguagem coloquial.

(E) ao estreitamento da linguagem, que se apresenta concisa e enxuta.


QUESTÃO 05: Só falta o Senado aprovar o projeto de lei [sobre o uso de termos estrangeiros no Brasil] para que palavras como shopping center, delivery e drive-through sejam proibidas em nomes de estabelecimentos e marcas. Engajado nessa valorosa luta contra o inimigo ianque, que quer fazer área de livre comércio com nosso inculto e belo idioma, venho sugerir algumas outras medidas que serão de extrema importância para a preservação da soberania nacional, a saber:
 
• Nenhum cidadão carioca ou gaúcho poderá dizer “Tu vai” em espaços públicos do território nacional;
• Nenhum cidadão paulista poderá dizer “Eu lhe amo” e retirar ou acrescentar o plural em sentenças como “Me vê um chopps e dois pastel”;
 
• Nenhum dono de borracharia poderá escrever cartaz com a palavra “borraxaria” e nenhum dono de banca de jornal anunciará “Vende-se cigarros”;
 
• Nenhum livro de gramática obrigará os alunos a utilizar colocações pronominais como “casar-me-ei” ou “ver-se-ão”.
 
PIZA, Daniel. Uma proposta imodesta. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 8/04/2001.
 
No texto anterior, o autor
 
(A) mostra-se favorável ao teor da proposta por entender que a língua portuguesa deve ser protegida contra deturpações de uso.
(B) ironiza o projeto de lei ao sugerir medidas que inibam determinados usos regionais e socioculturais da língua.
(C) denuncia o desconhecimento de regras elementares de concordância verbal e nominal pelo falante brasileiro.
(D) revela-se preconceituoso em relação a certos registros linguísticos ao propor medidas que os controlem.
(E) defende o ensino rigoroso da gramática para que todos aprendam a empregar corretamente os pronomes.



GABARITO


01: B
02: A
03: A
04: D
05: B


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