INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS - 7º ANO FUNDAMENTAL
QUESTÃO 01: Leia um trecho da canção a seguir.
Cheguei na bera do porto
Onde as ondas se espaia
As garça dá meia-volta
Senta na bera da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai.
Predomina-se no trecho acima uma variante da linguagem
(A) formal.
(B) informal.
(C) urbana.
(D) dos cariocas.
QUESTÃO 02: Leia o texto a seguir.
O disfarce dos bichos
Você já tentou pegar um galhinho seco e ele virou bicho, abriu asas e voou? Se isso aconteceu é porque o graveto era um inseto conhecido como “bicho-pau”. Ele é tão parecido com um galhinho, que pode ser confundido com um graveto. Existem lagartas que se parecem com raminhos de plantas e há grilos que imitam folhas. Muitos animais ficam com a cor e a forma dos lugares em que estão. Eles fazem isso para se defenderem dos inimigos ou capturar outros bichos que servem de alimento. Esses truques são chamados de mimetismo, isto é, imitação. O cientista inglês Henry Walter Bates foi quem descobriu o mimetismo. Ele passou onze anos na selva amazônica estudando os animais.
MAVIAEL MONTEIRO, José. Bichos que usam disfarce para defesa. FOLHINHA, 6. NOV, 1993.
O “bicho-pau” se parece com
(A) florzinha seca.
(B) folhinha verde.
(C) galhinho seco.
(D) raminho de planta.
QUESTÃO 03: Leia o texto a seguir.
TALITA
Talita tinha a mania de dar nomes de gente aos objetos da casa, e tinham de ser nomes que rimassem. Assim, por exemplo, a mesa, para Talita, era Dona Teresa, a poltrona era Vó Gordona, o armário era o Doutor Mário. A escada era Dona Ada, a escrivaninha era Tia Sinhazinha, a lavadora era Prima Dora, e assim por diante.
Os pais de Talita achavam graça e topavam a brincadeira. Então, podiam-se ouvir conversas como essa:
- Filhinha, quer trazer o jornal que está em cima da Tia Sinhazinha?!
- É pra já, papai. Espere sentado na Vó Gordona, que eu vou num pé e volto noutro.
Ou então:
- Que amolação, Prima Dora está entupida, não lava nada! Precisa chamar o mecânico.
- Ainda bem que tem roupa limpa dentro do Doutor Mário, né Mamãe?
E todos riam.
BELINKY, Tatiana. A operação do tio Onofre: uma história policial. São Paulo. Ática, 1985.
A mania de Talita de dar nome de gente aos objetos da casa demonstra que ela é uma menina
(A) curiosa.
(B) exagerada.
(C) estudiosa.
(D) criativa.
QUESTÃO 04: Leia o texto a seguir.
Continho
Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho. Na soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um vigário a cavalo.
— Você, aí, menino, para onde vai essa estrada?
— Ela não vai não: nós é que vamos nela.
— Engraçadinho duma figa! Como você se chama?
— Eu não me chamo, não, os outros é que me chamam de Zé.
MENDES CAMPOS, Paulo, Para gostar de ler - Crônicas. São Paulo: Ática, 1996, v. 1 p. 76.
Há traço de humor no trecho:
(A) “Era uma vez um menino triste, magro”.
(B) “ele estava sentado na poeira do caminho”.
(C) “quando passou um vigário”.
(D) “Ela não vai não: nós é que vamos nela”.
QUESTÃO 05: Leia o texto a seguir.
Os poemas
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti …
Mário Quintana. Esconderijos do tempo. 5. ed. Porto Alegre: L&PM, 1980.
Para dar poeticidade ao poema, o eu lírico fez uso do recurso da comparação. Que elementos são comparados?
(A) poemas e livros.
(B) poemas e pássaros.
(C) livros e pássaros.
(D) alçapão e mãos.
QUESTÃO 06: Leia o texto a seguir.
Faz tempo:
minha mãe no portão
penteava alegria
enquanto conversava
estrelas.
Ela se conservava
e se consumia
nessa conversa
só dela.
Eu via tudo
e não sabia de nada.
Tem coisas que a gente
sabe que não precisa saber.
Paulo Netho. Sem explicações. In: Poesia futebol clube e outros poemas, 2007.
No poema, o eu lírico “brinca” com as palavras ao empregar alguns verbos de forma inusitada. Quais são esses verbos?
(A) Via e precisa.
(B) Consumia e sabia.
(C) Conversava e sabia.
(D) Penteava e conversava.
QUESTÃO 07: Leia os dois textos a seguir:
TEXTO 01
[...]
Diante dela e todo a contemplá-la, está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.
Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na face do desconhecido.
De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz da espada: mas logo sorriu. O moço guerreiro aprendeu na religião de sua mãe, onde a mulher é símbolo de ternura e amor. Sofreu mais d’alma que da ferida.
O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não o sei eu. Porém a virgem lançou de si o arco e a uiraçaba, e correu para o guerreiro, sentida da mágoa que causara. A mão que rápida ferira, estancou mais rápida e compassiva o sangue que gotejava. Depois Iracema quebrou a flecha homicida: deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada.
[...]
José de Alencar. Iracema: lenda do Ceará. 6. ed. São Paulo: FTD, 1999.
TEXTO 02
[...]
Ao ver aquela figura
de admirável beleza
estátua de bronze vivo
feita pela natureza
Martim até se assustou
dum pulo se levantou
sem se conter de surpresa
Porém mal ergueu o corpo
quando uma flecha partiu
do arco da índia nua
e em pleno rosto o feriu
Martim pensou em vingar
quis da espada puxar
mas do lugar não saiu
Embora fosse selvagem
era uma mulher que via
ele aprendera em criança
quando sua mãe lhe dizia
que a mulher ruim ou honesta
na cidade ou na floresta
se trata com cortesia
Quando a índia viu Martim
botar a mão na espada
e depois ficar olhando
pra ela sem dizer nada
demonstrou-se arrependida
desconfiada e sentida
olhava a face magoada
[...]
João Martins de Athayde. Iracema: a virgem dos lábios de mel.
O que há em comum entre esses dois textos?
(A) Ambos são escritos em versos e com um certo rigor em relação à pontuação.
(B) Ambos informam como Iracema conquistou o amor de Martim.
(C) Ambos apresentam a forma como Iracema e Martim se conheceram.
(D) Ambos apresentam a forma violenta com que Martim reagiu ao ataque de Iracema.
QUESTÃO 08: Leia a sinopse sobre a animação Rio, dirigida e produzida pelo brasileiro Carlos Saldanha.
Dos criadores da série de sucesso A Era do gelo, agora chega às telas Rio, uma divertidíssima aventura sobre assumir riscos na vida. Blu é uma arara domesticada que nunca aprendeu a voar e tem uma vida tranquila e confortável ao lado de Linda, sua dona e melhor amiga, na pequena cidade de Moose Lake, Minnesota. Blu e Linda pensam que ele é o último de sua espécie, mas quando ficam sabendo que há outra arara azul que vive no Rio de Janeiro, eles partem para a terra distante e exótica na expectativa de encontrar Jewel, uma fêmea da espécie de Blu. Logo depois de sua chegada, Blu e Jewel são sequestrados por um grupo de atrapalhados contrabandistas de animais. Com a ajuda da experiente Jewel e de um grupo de debochados e faladores pássaros da cidade, Blu consegue escapar. Agora, com seus novos amigos a seu lado, Blu precisa descobrir a coragem para aprender a voar, enganar os sequestradores que continuam em seu encalço e voltar para Linda, a melhor amiga que um pássaro já teve.
Fonte: www.interfilmes.com/filmes_250664_Rio-(Rio).html
Na época em que foi publicada essa sinopse, o filme Rio estava em cartaz. Assim, houve um interesse em convencer o leitor a ir ao cinema para assisti-lo. O trecho que expressa essa intenção é:
(A) “Blu é uma arara domesticada que nunca aprendeu a voar e tem uma vida tranquila e confortável ao lado de Linda, sua dona e melhor amiga”.
(B) “Dos criadores da série de sucesso A Era do gelo, agora chega às telas Rio, uma divertidíssima aventura sobre assumir riscos na vida”
(C) “Com a ajuda da experiente Jewel e de um grupo de debochados e faladores pássaros da cidade, Blu consegue escapar.”
(D) “Blu e Linda pensam que ele é o último de sua espécie, mas quando ficam sabendo que há outra arara azul que vive no Rio de Janeiro”.
QUESTÃO 09: Leia o texto a seguir:
Você acredita que o jovem tem condições de mudar o país?
SIM: “Certamente. O jovem busca encontrar seu lugar no mundo, mudando constantemente comportamentos e padrões. Isso demonstra uma nova consciência sobre o mundo e o espaço. Com as inovações tecnológicas, nós temos o poder para mudar de atitude sem sair de casa, podendo unir nossa opinião à de milhões, e expressarmo-nos por meio dos mais variados meios de comunicação.” (Túlio S. E. Pinto, estudante de filosofia, 27 anos).
NÃO: “Eu acredito que não. Infelizmente, a maioria dos jovens brasileiros tem se preocupado com questões que dizem respeito apenas às atitudes e comportamentos mais pessoais. Não pensam, por exemplo, que, para mudar o rumo do país, precisam, necessariamente, ter um olhar mais atento para a situação política e econômica, além de um afiado senso crítico.” (Felipe S. de Torre, professor, 23 anos).
O fato que deu origem às duas respostas é
(A) o jovem ter ou não condições de mudar o país.
(B) o jovem não ter mais esperança de mudar o país.
(C) a certeza de o jovem ter condições de mudar o país.
(D) a incerteza de o jovem ter condições de mudar o país.
QUESTÃO 10: Leia o texto a seguir.
Aprenda a surfar
Se você quer ser um internauta, ou seja, navegar pelos sites e frequentar chats, são necessários alguns cuidados. Evite “baixar” arquivos sem usar um antivírus, por exemplo.
Ao enviar mensagens, seja objetivo, não use palavrões e mantenha sua caixa postal em ordem, apagando as mensagens à medida que forem sendo lidas.
Elvira de Oliveira. O poder da comunicação: do livro à internet. São Paulo: Abril, 2000.
O objetivo do texto é
(A) informar o leitor sobre as vantagens e desvantagens da internet.
(B) mostrar ao leitor os sites perigosos da internet.
(C) informar ao leitor sobre a importância da instalação de um bom antivírus.
(D) orientar o leitor sobre as formas seguras de se acessar a internet.
Observação: Algumas atividades foram retiradas e adaptadas do livro didático VONTADE DE SABER PORTUGUÊS, das autoras Rosemeire Alves e Tatiane Brugnerotto (PNL 2014).
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