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sábado, 21 de dezembro de 2024

ATIVIDADES TEXTO LITERÁRIO E TEXTO NÃO LITERÁRIO COM GABARITO


A natureza da linguagem literária

Você já deve ter tido contato com muitos tipos de texto literário: contos, poemas, romances, peças de teatro, novelas, crônicas etc. E também com textos não literários, como notícias, cartas comerciais, receitas culinárias, manuais de instrução. Mas, afinal, o que é um texto literário? O que distingue um texto literário de um texto não literário?

O escrittor gaúcho Moacyr Scliar escreveu, durante anos, no jornal Folha de S. Paulo, crônicas inspiradas nos acontecimentos cotidianos divulgados pelo jornal.

Você vai ler, a seguir, a última crônica que o escritor publicou nesse jornal antes de sua morte. E vai ler também a notícia na qual ele se inspirou para escrever a crônica.

TEXTO I

Cientistas americanos estudam o caso de uma mulher portadora de uma rara condição, em resultado da qual ela não tem medo de nada.

(Folha de S. Paulo, 17/12/2010. Cotidiano)

TEXTO II

Ele não sabia o que esperava quando, levado mais pela curiosidade do que pela paixão, começou a namorar a mulher sem medo. Na verdade havia aí também um elemento interesseiro; tinha um projeto secreto, que era o de escrever um livro chamado "A Vida com a Mulher sem Medo", uma obra que, imaginava, poderia fazer enorme sucesso, trazendo-lhe fama e fortuna.

Mas ele não tinha a menor ideia do que viria a acontecer.

Dominador, o homem queria ser o rei da casa. Suas ordens deveriam ser rigorosamente obedecidas pela mulher. Mas como impor sua vontade? Como muitos ele recorria a ameaças: quero o café servido às nove horas da manhã, senão... E aí vinham as advertências: senão eu grito com você, senão eu bato em você, senão eu deixo você sem comida.

Acontece que a mulher simplesmente não tomava conhecimento disso; ao contrário, ria às gargalhadas. Não temia gritos, não temia tapas, não temia qualquer tipo de castigo. E até dizia, gentil: "Bem que eu queria ficar assustada com suas ameaças, como prova de consideração e de afeto, mas você vê, não consigo".

Aquilo, além de humilhá-lo profundamente, deixava-o completamente perturbado. Meter medo na mulher transformou-se para ele em questão de honra. Tinha de vê-la pálida, trêmula, gritando por socorro.

Como fazê-lo? Pensou muito a respeito e chegou a uma conclusão: para amedrontá-la só barata ou rato. Resolveu optar pela barata, por uma questão de facilidade: perto de onde moravam havia um velho depósito abandonado, cheio de baratas. foi até lá e conseguiu quatro exemplares, que guardou num vidro de boca larga.

Voltou para casa e ficou esperando que a mulher chegasse, quando então soltaria as baratas. Já antegozava a cena: ela sem dúvida subiria numa cadeira, gritando histericamente. E ele enfim se sentiria o vencedor.

Foi neste momento que o rato apareceu. Coisa surpreendente, porque ali não havia ratos, sobretudo um roedor como aquele, enorme, ameaçador; o Rei dos Ratos. Quando a mulher finalmente retornou encontrou-o de pé sobre uma cadeira, agarrado ao vidro com as baratas, gritando histericamente.

Fazendo jus à fama ela não demonstrou o menor temor; ao contrário, ria às gargalhadas. Foi buscar uma vassoura, caçou o rato pela sala, conseguiu encurralá-lo e liquidou-o sem maiores problemas. Feito que ajudou o homem, ainda trêmulo, a descer da cadeira. E aí viu que ele segurava o vidro com as quatro baratas. O que deixou-a assombrada: o que pretendia ele fazer com os pobres insetos? Ou aquilo era um novo tipo de perversão?

Àquela altura ele já nem sabia o que dizer. Confessar que se tratava do derradeiro truque para assustá-la seria um vexame, mesmo porque, como ele agora o constatava, ela não tinha medo de baratas, assim como não tivera medo do rato. O jeito era aceitar a situação. E admitir que viver com uma mulher sem medo era uma coisa no mínimo amedrontadora.

(Moacyr Scliar. Folha de S. Paulo, 17/01/2011)

ATIVIDADES

1. O texto I é parte de uma notícia internacional.

a) Por que esse fato noticiado mereceu destaque no noticiário?

b) A que campo do conhecimento humano esse fato causa interesse?

2. O texto II foi criado pelo escritor Moacyr Scliar a partir da notícia reproduzida no texto I.

a) Qual dos dois textos trata de um fato concreto da realidade?

b) Qual deles cria uma história ficcional a partir de dados da realidade?

3. O texto II, sendo uma crônica, apresenta vários componentes comuns a outros gêneros narrativos, como fatos, personagens, tempo, espaço e narrador. Além disso, apresenta também preocupação quanto ao modo como os fatos são narrados.

a) O que a narrativa revela quanto a características psicológicas do marido ao longo da história?

b) Que dados da história comprovam sua resposta?

4. Observe estes fragmentos do texto:

"Aquilo, além de humilhá-lo profundamente, deixava-o completamente perturbado."

"E ele enfim se sentiria o vencedor."

Com base nesses fragmentos, conclua: como o homem encarava a característica da mulher de não sentir medo?

5. Em sua última tentativa de amedrontar a mulher, o homem pensa em baratas e ratos.

a) Por que ele imaginou que esses seres poderiam amedrontá-la?

b) O que o resultado dessa experiência mostrou quanto a quem tinha medo desses seres?

6. Você observou que os dois textos abordam o mesmo tema. Apesar disso, eles são bastante diferentes. Essas diferenças se devem à finalidade e ao gênero de cada um dos textos, bem como ao público a que cada um deles se destina.

a) Qual é a finalidade principal do texto I, considerando-se que se trata de uma reportagem jornalística?

b) Qual é a finalidade principal do texto II, considerando-se que se trata de uma crônica literária?

7. A fim de sintetizar as diferenças entre os dois textos, compare-os e responda:

a) Qual deles apresenta uma linguagem objetiva, utilitária, voltada para explicar um problema da realidade?

b) Em qual deles a linguagem é propositalmente organizada com o fim de criar expectativa ou envolvimento do leitor?

c) Qual deles tem a finalidade de informar o leitor sobre a realidade?

d) Qual deles tem a finalidade de entreter, divertir ou provocar reflexões no leitor a partir de um tema da realidade?

e) Considerando as reflexões que você fez sobre a linguagem dos textos em estudo, responda: qual deles é um texto literário? Por quê?









GABARITO

1. a) Por ainda não se conhecer alguém que não tivesse algum tipo de medo.
b) Ao campo científico.

2. a) O texto I.
b) O texto II.

3. a) Revela que ele era um homem curioso, dominador, competitivo.
b) O fato de ele se casar com a mulher por curiosidade, e não por amor; pelas tentativas constantes de dominá-la; pela relação competitiva que estabeleceu com a mulher.

4. Encarava como um desafio pessoal, como uma limitação dele, e não como uma característica dela.

5. a) Porque boa parte das pessoas, principalmente mulheres tem medo de baratas e ratos.

b) Os fatos mostraram que ele é quem tinha medo de ratos e baratas, e não ela.

6. a) Informar o leitor sobre um acontecimento raro.

b) Entreter o leitor, diverti-lo, além de provocar algumas reflexões sobre a natureza humana.

7. a) O texto I.
b) O texto II.
c) O texto I.
d) O texto II.
e) O texto II, por ser um texto que recria ficcionalmente a realidade; por ter uma linguagem propositalmente organizada com o fim de criar mais de um sentido; e por entreter e divertir o leitor, além de provocar reflexões sobre a vida e o mundo.




FONTE: CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português linguagens. 1 ano. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.


sábado, 16 de novembro de 2024

QUESTÕES SAEB - DESCRITOR 2 - LÍNGUA PORTUGUESA



LÍNGUA PORTUGUESA - QUESTÕES SAEB - DESCRITOR 2

QUESTÃO 01: (D2) - (PROVA BRASIL 2011) Leia o texto a seguir.

Massa boa é massa fresca

Os pais de um italianinho eram donos de uma trattoria no interior da Itália. Isso há décadas e décadas. 
Comida simples, tradicional, lugar pequeno, pratos deliciosos. Certa vez, enquanto o menino brincava no balcão e seu pai assumia as caçarolas, um turista que degustava a massa viu um ratinho passar no salão. “O que é isso?”, exclamou o cliente. Sem reação e também surpreso, o italiano improvisou: “Essa é Suzi. Mora aqui com a gente”.

PORTUGAL, Rayane. Revista do Correio. Correio Braziliense. 18 jul. 2010. p. 28.

No trecho “... que degustava a massa...”, a palavra destacada refere-se a:

(A) menino.
(B) pai.
(C) turista.
(D) ratinho.
(E) italiano.

QUESTÃO 02: (D2) - (PROVA BRASIL 2015) Leia o texto a seguir.

Soneto de fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

MORAES, Vinícius de. Antologia poética. Editora do Autor: Rio de Janeiro, 1960. P. 96. 

No trecho “Quero vivê-lo em cada vão momento” (v. 5), o pronome destacado refere-se a:

(A) amor.
(B) zelo.
(C) encanto.
(D) pensamento.
(E) momento.

QUESTÃO 03: (D2) - (PROVA BRASIL 2017) Leia o texto a seguir. 

Burro-sem-rabo

São dez horas da manhã. O carreto que contratei para transportar minhas coisas acaba de chegar.
Vejo sair a mesa, a cadeira, o arquivo, uma estante, meia dúzia de livros, a máquina de escrever. Quatro retratos de criança emoldurados. Um desenho de Portinari, outro de Pancetti. Levo também este cinzeiro. E este tapete, aqui em casa ele não tem serventia. 
E esta outra fotografia, ela pode fazer falta lá.
A mesa é velha, me acompanha desde menino: destas antigas, com uma gradinha de madeira em volta, como as do tabelião do interior. Gosto dela: curti na sua superfície muita hora de estudo para fazer prova no ginásio; finquei cotovelos em cima dela noites seguidas, à procura de uma ideia. Foi de meu pai. É austera, simpática, discreta, acolhedora e digna: lembra meu pai.
Esta cadeira foi de Hélio Pellegrino, que também me acompanha desde menino: é giratória e de palhinha. Velha também, mas confortável como as amizades duradouras.
Mandei reformá-la e tem prestado serviços, inspirando-me sempre a sábia definição de Sinclair Lewis sobre o ato de escrever: é a arte de sentar-se numa cadeira.
E lá vai ele, puxando a sua carroça, no cumprimento da humilde profissão que lhe vale o injusto designativo de burro-sem-rabo. Não tenho mais nada a fazer, vou atrás.
Vou atrás das coisas que ele carrega, as minhas coisas; parte de minha vida, pelo menos parte material, no que sobrou de tanta atividade dispersa: o meu cabedal. [...]

SABINO, Fernando. A mulher do vizinho. Rio de Janeiro: Ed. do autor, 1962, p. 10-12. 

No trecho “... que também me acompanha desde menino:” (5° parágrafo), a palavra destacada refere se a:

(A) arquivo.
(B) cadeira.
(C) estante.
(D) mesa.
(E) tapete.

QUESTÃO 04: (D2) - (PROVA BRASIL 2017) Leia o texto a seguir.  

Os namorados 

Um pião e uma bola estavam numa gaveta em meio a um monte de brinquedos. Um dia o pião disse para a bola: – Devíamos namorar, afinal, ficamos lado a lado na mesma gaveta. 
Mas a bola, que era feita de marroquim, achava que era uma jovem dama muito refinada e nem se dignou a responder à proposta do pião. 
No dia seguinte, o menino, a quem todos esses brinquedos pertenciam, pintou o pião de vermelho e branco e pregou uma tachinha de bronze no meio dele. Ficava maravilhoso ao rodar. – Olhe para mim agora! – o pião disse para a bola. – O que você acha, não daríamos um belo casal? 
Você sabe pular e eu sei dançar! Como iríamos ser felizes juntos! – Isso é o que você acha – a bola retrucou – Você por acaso sabia que minha mãe e meu pai eram um par de chinelos marroquim, e que eu tenho cortiça dentro de mim? – Mas eu sou de mogno – gabou-se o pião. – E ninguém menos que o próprio prefeito quem me fez, num torno que tem no porão. – E foi um grande prazer para ele. – Como vou saber se o que está dizendo é verdade? – perguntou a bola. – Que nunca mais me soltem se eu estiver mentindo! – o pião respondeu. – Você sabe falar muito bem de si – admitiu a bola. – Mas terei de recusar o convite porque estou quase noiva de uma andorinha. Toda vez que pulo no ar, ele põe sua cabeça para fora do ninho e pergunta “você vai, você vai?”. Embora eu ainda não tenha dito que sim, já pensei nisso; e é praticamente o mesmo que estar noiva. Mas prometo que nunca o esquecerei. 

ANDERSEN, Hans Christian. Os mais belos contos de Andersen. São Paulo: Moderna, 2008, p. 74. Fragmento.  

No trecho “Embora eu ainda não tenha dito que sim, ...” (último parágrafo), o pronome em destaque 
refere-se: 

(A)  ao pião. 
(B)  à bola. 
(C)  ao menino. 
(D)  ao prefeito. 
(E)  à andorinha. 

QUESTÃO 05: (D2) - (PROVA BRASIL 2017) Leia o texto a seguir.

Capítulo CXIX 

Quero deixar aqui, entre parênteses, meia dúzia de máximas das muitas que escrevi por esse tempo. São bocejos de enfado; podem servir de epígrafe a discursos sem assunto: Suporta-se com paciência a cólica do próximo.  
Matamos o tempo; o tempo nos enterra. 
Um cocheiro filósofo costumava dizer que o gosto da carruagem seria diminuto, se todos andassem de carruagem. 
Crê em ti; mas nem sempre duvides dos outros. 
Não se compreende que um botocudo fure o beiço para enfeitá-lo com um pedaço de pau. Esta reflexão é de um joalheiro. 
Não te irrites se te pagarem mal um benefício; antes cair das nuvens, que de um terceiro andar. 

ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. Fragmento.  

No trecho “... para enfeitá-lo...” (5° parágrafo), o pronome destacado substitui o termo: 

(A) beiço. 
(B) botocudo. 
(C) cocheiro. 
(D) joalheiro. 
(E) pau. 











GABARITO
01: C
02: A
03: B
04: B
05: A

sábado, 9 de novembro de 2024

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS - LÍNGUA PORTUGUESA - ENSINO MÉDIO

 

HORA DA LEITURA E DA INTERPRETAÇÃO DO TEXTO

Sobre céticos e crédulos

        Um dos desvios de personalidade distintivos de nós, jornalistas, em companhia da aversão atávica a reconhecer os nossos tropeços, é a vocação para desgraçadamente reeditarmos os erros mesmo quando anunciarmos ter aprendido com o vexame mais recente. As lições apregoadas por vezes parecem manifestações protocolares insinceras ou aparentam vigor de faquir. [...]
        O ceticismo deve estar para o jornalismo como a prancha para o surfista - é a base a partir da qual se desenvolve todo o resto. Foi o que faltou na cobertura do episódio em que a brasileira Paula Oliveira deu parte de agressões de militantes nazistoides na Suíça que teriam provocado o aborto das gêmeas que ela dizia esperar.
        O jornalismo brasileiro subscreveu a queixa e estimulou a onda, confundindo o dever de conforntar as alegações com os fatos, para elaborar o noticiário mais escrupulosamente próximo à verdade possível, com a compaixão despertada pelo infortúnio da compatriota.
        No instante em que as provas fragilizaram a história de Paula e sugeriram encenação, o jornalismo voltou a se constranger - e a incorrer em enganos assemelhados, ao assinalar como definitivos indícios que careciam de confirmação. Se é legítimo o sofrimento com os dias trágicos de Paula, ao jornalismo cabe identificar qual foi propriamente a tragédia. Ingenuidade não faz de ninguém necessariamente um ser pior. Mas o jornalismo ingênuo e crédulo informa mal, portanto é mau jornalismo. O amigo cético costuma enfastiar os companheiros. O jornalismo cético semeia confiança. [...]
    O jornalismo é uma disciplina de verificação, já se anotou. Essa característica o distingue de narrativas descompromissadas dos fatos e da checagem de informações. Nos diários impressos - embora se recomende vitaminar o resumo da véspera com mais densidade, contexto, análise, opinião e estilo -, a notícia segue a ser o principal ativo.
      Quanto mais o ceticismo temperar o método de produção da notícia,  mais confiável ele será. E mais indispensável aos cidadãos e aos consumidores será o jornalismo que a veicula.

MAGALHÃES, M. Folha de S. Paulo, 25 fev. 2009.

01. De acordo com o texto, é correto afirmar:

(A) os jornalistas têm facilidade de reconhecer os próprios erros.
(B) os leitores não acreditam mais nos jornalistas.
(C) os jornalistas não conseguem mais influenciar a opinião dos leitores.
(D) os jornalistas não aprendem com os próprios erros.
(E) está havendo uma crise de excesso de ceticismo no meio jornalístico.

02. Na frase "o jornalismo brasileiro subscreveu a queixa", o termo "subscreveu" significa:

(A) copiou.
(B) aceitou como verdade.
(C) produziu.
(D) escamoteou.
(E) desconsiderou.

03. No caso da brasileira Paula, o erro da cobertura jornalística brasileira foi ter agido com:

(A) ceticismo.
(B) aversão.
(C) compaixão.
(D) constrangimento.
(E) densidade, opinião e estilo.

04. Na frase "o amigo cético costuma enfastiar os companheiros", o termo "enfastiar" pode ser substituído, mantendo-se o mesmo sentido, por:

(A) encorajar.
(B) iludir.
(C) abandonar.
(D) valorizar.
(E) irritar.









GABARITO
01: D
02: B
03: C
04: E



Fonte: Material apostilado Superintensivo Positivo.





sábado, 2 de novembro de 2024

QUESTÕES SAEB - DESCRITOR 1 - LÍNGUA PORTUGUESA

 

SAEB - DESCRITOR 1 - LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÃO 01: (D1) ENEM 2014

Em uma escala de 0 a 10, o Brasil está entre 3 e 4 no quesito segurança da informação. “Estamos começando a acordar para o problema. Nessa história de espionagem corporativa, temos muita lição a fazer. Falta consciência institucional e um longo aprendizado. A sociedade caiu em si e viu que é uma coisa que nos afeta”, diz S.P., pós-doutor em segurança da informação. Para ele, devem ser estabelecidos canais de denúncia para esse tipo de situação. de acordo com o conselheiro do Comitê Gestor da Internet (CCI), o Brasil tem condições de desenvolver tecnologia própria para garantir a segurança dos dados do país, tanto do governo quanto da população. “Há uma massa de conhecimento dentro das universidades e em empresas inovadoras que podem contribuir propondo medidas para que possamos mudar isso [falta de segurança] no longo prazo”. Ele acredita que o governo tem de usar o seu poder de compra de softwares e hardwares para a área da segurança cibernética, de forma a fomentar nessas empresas a produção de conhecimento na área e a construção de uma cadeia de produção nacional.

SARRES, C. Disponível em: www.ebc.com.br. Acesso em: 22 nov. 2013 (adaptado).

Considerando-se o surgimento da espionagem corporativa em decorrência do amplo uso da internet, o texto aponta uma necessidade advinda desse impacto, que se resume em

(A) alertar a sociedade sobre os riscos de ser espionada.
(B) promover a indústria de segurança da informação.
(C) discutir a espionagem em fóruns internacionais.
(D) incentivar o aparecimento de delatores.
(E) treinar o país em segurança digital.

QUESTÃO 02: (D1) - (PROVA BRASIL 2017) Leia o texto a seguir. 

Namoro

O melhor do namoro, claro, é o ridículo. Vocês dois no telefone: 
— Desliga você. 
— Não, desliga você. 
— Você. 
— Você. 
— Então vamos desligar juntos. 
— Tá. Conta até três. 
— Um... Dois... Dois e meio... 
Ridículo agora, porque na hora não era não. Na hora nem os apelidos secretos que vocês tinham um para o outro, lembra? Eram ridículos. Ronron. 
Suzuca. Alcizanzão. Surusuzuca. Gongonha (Gongonhal) Mamosa. Purupupuca... 
Não havia coisa melhor do que passar tardes inteiras num sofá, olho no olho, dizendo: 
— As dondozeira ama os dondozeiro? 
— Ama. 
— Mas os dondozeiro ama as dondozeira mais do que as dondozeira ama os dondozeiro. 
Na-na-não. As dondozeira ama os dondozeiro mais do que, etc. 
E, entremeando o diálogo, longos beijos, profundos beijos, beijos mais do que de línguas, beijos de amígdalas, beijos catetéricos. Tardes inteiras. Confesse: ridículo só porque nunca mais. 
Depois de ridículo, o melhor do namoro são as brigas. Quem diz que nunca, como quem não quer nada,  arquitetou um encontro casual com a ex ou o ex só para ver se ela ou ele está com alguém, ou para fingir que não vê, ou para ver e ignorar, ou para dar um abano amistoso querendo dizer que ela ou ele agora significa tão pouco que podem até ser amigos, está mentindo. Ah, está mentindo. 
E melhor do que as brigas são as reconciliações. Beijos ainda mais profundos, apelidos ainda mais lamentáveis, vistos de longe. A gente brigava mesmo era para se reconciliar depois, lembra? Oito entre dez namorados transam pela primeira vez fazendo as pazes. Não estou inventando. O IBGE tem as estatísticas.

VERÍSSIMO, Luís Fernando. Correio Braziliense. 13/06/1999.

No texto, considera-se que o melhor do namoro é o ridículo associado:

(A) às brigas por amor.
(B) às mentiras inocentes.
(C) às reconciliações felizes.
(D) aos apelidos carinhosos.
(E) aos telefonemas intermináveis.

QUESTÃO 03: (D1) - (PROVA BRASIL 2015) Leia o texto a seguir.

Por que milho não vira pipoca?

Não importa a maneira de fazer a pipoca. Sempre que se chega ao final do saquinho, lá estão os duros e ruidosos grãos de milho que não estouraram. Essas bolinhas irritantes, que já deixaram muitos dentistas ocupados, estão com os dias contados. Cientistas norte-americanos dizem que agora sabem por que alguns grãos de milho de pipoca resistem ao estouro. 
Há algum tempo já se sabe que o milho de pipoca precisa de umidade no seu núcleo de amido, cerca de 15%, para explodir. Mas pesquisadores da Universidade Purdue descobriram que a chave para um bem-sucedido estouro do milho está na casca. 
É indispensável uma excelente estrutura de casca para que o milho estoure. Cascas danificadas impedem que a umidade faça a pressão necessária para que o milho vire pipoca. “Se muita umidade escapar, o milho perde a habilidade de estourar e apenas fica ali”, explica Bruce Hamaker, um professor de química alimentar da Purdue. 

Estado de Minas, 25 de abril de 2005.

Para o milho estourar e virar pipoca é preciso que:

(A) a casca seja mais úmida que o núcleo. 
(B) a casca evite perda de umidade do núcleo. 
(C) o núcleo de amido estoure bem devagar. 
(D) o núcleo seja mais transparente que a casca. 
(E) a casca seja mais amarela que o núcleo.

QUESTÃO 04: (D1) - (PROVA BRASIL 2017) Leia o texto a seguir.

Os índios descobertos pelo Google Earth

Duas aldeias de índios que vivem isolados foram fotografadas pela primeira vez, na fronteira entre o Peru e o Acre. O sertanista José Carlos Meirelles, da Funai, havia encontrado ainda em terra vestígios de duas etnias desconhecidas e dos nômades maskos.
Rieli Franciscato, outra sertanista da Funai, localizou as coordenadas exatas das malocas pelo Google Earth, programa que fornece mapas por satélite. Meirelles, que procurava os povos havia 20 anos, sobrevoou a área e avistou os roçados e as ocas. O avião assustou a tribo, que nunca teve contato com o homem branco. As mulheres e crianças correram, e os homens tentaram flechar o avião. A exploração de madeira no lado peruano pode ter estimulado a migração das etnias para o território brasileiro.

Época, n. 524, 02/06/2008, p.17.

De acordo com esse texto, o primeiro contato entre os índios descobertos e o homem civilizado despertou nos índios um sentimento de:

(A) alegria.
(B) dúvida.
(C) raiva.
(D) repulsa.
(E) susto.

QUESTÃO 05: (D1) - (PROVA BRASIL 2019) Leia o texto a seguir.

Meditação

Para meditar,
o homus modernos ocidentalis
cruza as pernas
deixa as costas eretas
os braços relaxados
concentra a atenção num 
ponto e assim imóvel
em pensamento e ação
liga a televisão.

Ulisses Tavares

A expressão homus modernos ocidentalis refere-se:

(A) aos homens que vivem nas cidades.
(B) às pessoas que assistem televisão.
(C) à sociedade moderna ocidental. 
(D) à sociedade machista e patriarcal.
(E) às pessoas em qualquer tempo histórico.







GABARITO
01: B
02: C
03: B
04: E
05: A

sábado, 26 de outubro de 2024

QUESTÕES DE LITERATURA NO ENEM - EDIÇÃO 2016 - PROVA DE LINGUAGENS



LITERATURA NO ENEM - EDIÇÃO 2016

QUESTÃO 01: ENEM (2016)

A partida do trem

Marcava seis horas da manhã, Angela Pralini pagou o táxi e pegou sua pequena valise, Dona Maria Rita de Alvarenga Chagas Souza Melo desceu do Opala da filha e encaminharam-se para os trilhos. A velha bem vestida e com joias. Das rugas que a disfarçavam saía a forma pura de um nariz perdido na idade, e de uma boca que outrora devia ter sido cheia e sensível. Mas que importa? Chega-se a um certo ponto — e o que foi não importa. Começa uma nova raça. Uma velha não pode comunicar-se. Recebeu o beijo gelado de sua filha que foi embora antes do trem partir. Ajudara-a antes a subir no vagão. Sem que neste houvesse um centro, ela se colocara do lado. Quando a locomotiva se pôs em movimento, surpreendeu-se um pouco: não esperava que o trem seguisse nessa direção e sentara-se de costas para o caminho.
Angela Pralini percebeu-lhe o movimento e perguntou:
— A senhora deseja trocar de lugar comigo?
Dona Maria Rita se espantou com a delicadeza, disse que não, obrigada, para ela dava no mesmo, Mas parecia ter-se perturbado. Passou a mão sobre o camafeu filigranado de ouro espetado no peito, passou a mão pelo broche. Seca.  Ofendida? Perguntou afinal a Angela Pralini:
— É por causa de mim que a senhorita deseja trocar de lugar?

LISPECTOR, C. Onde estiveste de noite. Rio de Janeiro. Nova Fronteira.

A descoberta de experiências emocionais com base no Cotidiano é recorrente na obra de Clarice Lispector. No fragmento, o narrador enfatiza o(a)

(A) comportamento vaidoso de mulheres de condição social privilegiada.
(B) anulação das diferenças sociais no espaço público de uma estação.
(C) incompatibilidade psicológica entre mulheres de gerações diferentes.
(D) constrangimento da aproximação formal de pessoas desconhecidas.
(E) sentimento de solidão alimentado pelo processo de envelhecimento.

QUESTÃO 02: ENEM (2016)

Esses chopes dourados

[…]
quando a geração de meu pai
batia na minha
a minha achava que era normal
que a geração de cima
só podia educar a de baixo
batendo

quando a minha geração batia na de vocês
ainda não sabia que estava errado
mas a geração de vocês já sabia
e cresceu odiando a geração de cima

aí chegou esta hora
em que todas as gerações já sabem de tudo
e é péssimo
ter pertencido à geração do meio
tendo errado quando apanhou da de cima
e errado quando bateu na de baixo

e sabendo que apesar de amaldiçoados
éramos todos inocentes.

WANDERLEY, J. In: MORICONI, II (Org.). Os cem melhores poemas brasileiros do século, Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 (fragmento)

Ao expressar uma percepção de atitudes e valores situados na passagem do tempo, o eu lírico manifesta uma angústia sintetizada na

(A) compreensão da efemeridade das convicções antes vistas como sólidas.
(B) consciência das imperfeições aceitas na construção do senso comum.
(C) revolta das novas gerações contra modelos tradicionais de educação.
(D) incerteza da expectativa de mudança por parte das futuras gerações.
(E) crueldade atribuída à forma de punição praticada pelos mais velhos.

QUESTÃO 03: ENEM (2016)

Antiode

Poesia, não será esse
o sentido em que
ainda te escrevo:
flor! (Te escrevo:
flor! Não uma
flor, nem aquela
flor-Virtude – em disfarçados urinóis).
Flor é a palavra
flor; verso inscrito
no verso, como as
manhãs no tempo.
Flor é o salto
da ave para o voo:
o saltofora do sono
quando seu tecido
se rompe; é uma explosão
posta a funcionar,
como uma máquina,
uma jarra de flores.

MELO NETO, J. C. Psicologia da composição Rio de Janeiro Nova Fronteira, 1997 (fragmento)

A poesia é marcada pela recriação do objeto por meio da linguagem, sem necessariamente explicá-lo. Nesse fragmento de João Cabral de Melo Neto, poeta da geração de 1945, o sujeito lírico propõe a recriação poética de

(A) uma palavra, a partir de imagens com as quais ela pode ser comparada, a fim de assumir novos significados.
(B) um urinol, em referência às artes visuais ligadas às vanguardas do início do século XX.
(C) uma ave, que compõe, com seus movimentos, uma imagem historicamente ligada à palavra poética.
(D) uma máquina, levando em consideração a relevância do discurso técnico-científico pós-Revolução Industrial.
(E) um tecido, visto que sua composição depende de elementos intrínsecos ao eu lírico.

QUESTÃO 04: ENEM (2016)

De domingo

– Outrossim…
– O quê?
– O que o quê?
– O que você disse.
– Outrossim?
– É.
– O que é que tem?
– Nada. Só achei engraçado.
– Não vejo a graça.
– Você vai concordar que não é uma palavra de todos os dias.
– Ah, não é. Aliás, eu só uso domingo.
– Se bem que parece mais uma palavra de segunda-feira.
– Não. Palavra de segunda-feira é “óbice”.
– “Ônus”.
– “Ônus” também. “Desiderato”. “Resquício”.
– “Resquício” é de domingo.
– Não, não. Segunda. No máximo terça.
– Mas “outrossim”, francamente…
– Qual o problema?
– Retira o “outrossim”.
– Não retiro. É uma ótima palavra. Aliás é uma palavra difícil de usar. Não é qualquer um
que usa “outrossim”.

VERISSIMO, L. F. Comédias da vida privada. Porto Alegre: L&PM, 1996 (fragmento).

No texto, há uma discussão sobre o uso de algumas palavras da língua portuguesa. Esse uso promove o(a)

(A) marcação temporal, evidenciada pela presença de palavras indicativas dos dias da semana.
(B) tom humorístico, ocasionado pela ocorrência de palavras empregadas em contextos formais.
(C) caracterização da identidade linguística dos interlocutores, percebida pela recorrência de palavras regionais.
(D) distanciamento entre os interlocutores, provocado pelo emprego de palavras com significados pouco conhecidos.
(E) inadequação vocabular, demonstrada pela seleção de palavras desconhecidas por parte de um dos interlocutores do diálogo.













GABARITO
01: E
02: B
03: A
04: B

sábado, 19 de outubro de 2024

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - GÊNERO CRÔNICA

 
GÊNERO CRÔNICA

Trágico acidente de leitura

Tão comodamente que eu estava lendo, como quem viaja num raio de lua, num tapete mágico, num trenó, num sonho. Nem lia: deslizava. Quando de súbito a terrível palavra apareceu, apareceu e ficou, plantada ali diante de mim, focando-me: ABSCÔNDITO. Que momento passei!... O momento de imobilidade e apreensão de quando o fotógrafo se posta atrás da máquina, envolvidos os dois no mesmo pano preto, como um duplo monstro misterioso e corcunda... O terrível silêncio do condenado ante o pelotão de fuzilamento, quando os soldados dormem na pontaria e o capitão vai gritar: Fogo!

Mário Quintana. Nova antologia poética. 5. ed. São Paulo: Globo, 1995.

1. O que o texto considerou um acidente de leitura?

2. Releia o trecho a seguir.

"Tão comodamente que eu estava lendo, como quem viaja num raio de lua, num tapete mágico, num trenó, num sonho. Nem lia: deslizava. "

a) O que o narrador quis dizer nesse trecho?

b) As palavras foram empregadas no sentido literal ou figurado? Justifique sua resposta.

c) Podemos afirmar que o ato de ler dá prazer ao narrador? Como você chegou a essa conclusão?

3. No texto, o que está sendo comparado ao ato de ser fotografado?

4. Quem fala no texto relata o aparecimento da palavra abscôndito no meio de sua leitura. Para você ela é desconhecida? Em caso afirmativo, procure o significado da palavra no dicionário.

5. Por que a palavra abscôndito aparece em letra maiúscula no texto?

6. Localize no texto o emprego de reticências e explique que efeito de sentido elas criam no texto.








GABARITO

1. O fato de alguém ter encontrado uma palavra desconhecida no meio do livro que ele estava lendo.

2. a) Resposta possível: que quis dizer que estava envolvido na leitura, distante da realidade.
b) Em sentido figurado: um exemplo é o emprego da expressão "Nem lia: deslizava", que dá a ideia da suavidade e desenvoltura com que vivia aquele momento.
c) Sim, ele declara que lê comodamente como quem viaja, quem vive um sonho.

3. O fato de um leitor (no caso, o próprio narardor) se ver diante de uma palavra desconhecida e parar estático diante dela, como se fosse ser fotografado por alguém.

4. Resposta pessoal. Abscôndito: invisível, escondido, secreto.

5. Porque, escrita dessa maneira, ela se destaca, salta aos olhos do leitor, assim como aos olhos de quem escreve a crônica.

6. Resposta possível: elas servem para marcar a pausa e indicar a perplexidade do leitor diante da palavra nova. Elas também são usadas para indicar a suspensão da narração, permitindo ao leitor imaginar os sentimentos do narrado.


Fonte: OLIVEIRA, T. et al. Língua Portuguesa: tecendo linguagens.  3. ed. São Paulo: IBEP, 2012.



sábado, 5 de outubro de 2024

LEITURA E ANÁLISE DA GRAMÁTICA APLICADA AO TEXTO - GÊNERO POEMA - FOCO NA AÇÃO VERBAL



GÊNERO POEMA

Mascarados

Saiu o Semeador a semear
Semeou o dia todo
e a noite o apanhou ainda
com as mãos cheias de sementes.

Ele semeava tranquilo
sem pensar na colheita
porque muito tinha colhido
do que outros semearam.

Jovem, seja você esse semeador
Semeia com otimismo
Semeia com idealismo
as sementes vivas
da Paz e da Justiça.

Cora Coralina. Folha de S. Paulo, 4 jun. 2001.






1. O poema de Cora Coralina apresenta uma ação que aparece em todo o texto. Que ação é essa?

2. O poema foi dividido em três estrofes. Organize as palavras ou expressões a seguir de forma que corresponda a cada uma dessas estrofes.

ação - obra inacabada - esperança - trabalho

senso de coletividade -  perseverança


1ª estrofe

2ª estrofe

3ª estrofe
















3. Que outras palavras ou expressões poderiam representar o que os versos dizem?

4. Releia estes versos.

[...] e a noite o apanhou ainda
com as mãos cheias de sementes.

Entendidos em sentido literal, os versos querem dizer que o semeador ainda não tinha terminado o seu trabalho quando a noite chegou. É possível ampliar o significado da ação de semear, ou seja, é possível semear outras coisas além de sementes? Explique sua resposta.

5. E você, acha importante semear, mesmo sem a certeza de colher os frutos de suas próprias sementes? Comente sua resposta.

6. Copie do poema de Cora Coralina, todos os verbos de ação.

7. Transcreva os verbos que estão no passado.

8. Quais desses verbos no passado indicam ações que já terminaram, que já estão acabadas?

9. Leia o verso.

"Saiu o semeador a semear."

a) A expressão em destaque indica que a ação já foi terminada ou ainda não acabou?

b) Que palavra a seguir pode substituir a expressão em destaque no verso? Semeado, semeando ou semeou?

10. Releia agora os próximos trechos.

Trecho 1

Jovem, seja você esse semeador
Semeia com otimismo
Semeia com idealismo
as sementes vivas
da Paz e da Justiça.

Trecho 2

Todos os dias Maria semeia na horta.

Considerando os verbos destacados, assinale com V as alternativas verdadeiras e com F as falsas.

(    ) Nos dois exemplos, os verbos indicam que a ação está no passado.
(    ) Nos dois exemplos, as ações estão no presente. Elas indicam que os jovens já semearam muito e Maria também.
(    ) O verbo semeia, no exemplo 1, indica um conselho. Já no exemplo 2 indica que Maria tem o hábito de semear a horta.
(    ) Nos dois exemplos, os verbos indicam que o ato de semear acontece todos os dias.

11. Observe o emprego dos verbos para compreender melhor como a autora construiu o sentido do texto. Agora, copie os versos do poema que representem as ações pedidas a seguir.

a) Versos que revelam ações importantes do semeador e de outras pessoas.

b) Versos em que o semeador é perseverante, que continua a semear.

c) Versos em que o eu poético dá um conselho, que só se realizará se o outro fizer aquilo que ele solicita.













GABARITO

1. A ação de semear.
2. 1ª estrofe: trabalho, obra inacabada; 2ª estrofe: senso de coletividade, perseverança; 3ª estrofe: ação, esperança.
3. Resposta pessoal.
4. Sim, a expressão semear pode estar relacionada a anunciar uma mensagem, desenvolver um trabalho, construir um mundo melhor, entre outras possibilidades.
5. Resposta pessoal (considerar uma resposta que favoreça uma discussão a respeito do sentido de coletividade).
6. saiu, semear, semeou, apanhou, semeava, pensar, tinha colhido, semearam, semeia.
7. Saiu, semeou, apanhou, semeava, tinha, semearam.
8. Saiu, semeou, apanhou, semearam.
9. a) Indica que a ação ainda não acabou.
b) Semeando.
10. F, F, V, V.
11. a) Saiu o semeador a semear; Semeou o dia todo; porque muito tinha colhido; do que os outros semearam.
b) Saiu o semeador a semear; Ele semeava tranquilo.
c) Semeia com otimismo; Semeia com idealismo.



FONTE: Todos os créditos reservados aos autores: OLIVEIRA, Tania Amaral; SILVA, Elizabeth Gavioli de Oliveira; OLIVEIRA SILVA, Cícero de; ARAÚJO, Lucy Aparecida Melo. Tecendo linguagens: língua portuguesa. 3. ed. São Paulo: IBEP, 2012. (Adaptado)