Não solicitamos autorização de terceiros para a publicação de conteúdo neste blog. Caso alguém discorde de alguma publicação, entre em contato pelo e-mail elisandro.felix@gmail.com e solicite, com justificativa, a exclusão do material.
SEJAM BEM-VINDOS AO PORTAL DA TAREFA LEGAL
NÃO RECLAMEM DOS ANÚNCIOS, SÃO ELES QUE AJUDAM MANTER O FUNCIONAMENTO DESSA PÁGINA.

sábado, 28 de dezembro de 2024

ATIVIDADES - CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS - COM GABARITO



Classificar uma oração subordinada significa identificar a função sintática que ela exerce em relação à sua oração principal.

Veja, no quadro a seguir, as possíveis classificações de uma oração subordinada substantiva:

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA

FUNÇÃO NO PERÍODO COMPOSTO

subjetiva

sujeito da oração principal

objetiva direta

objeto direto do verbo da oração principal

objetiva indireta

objeto indireto do verbo da oração principal

predicativa

predicativo do sujeito da oração principal

completiva nominal

complemento nominal de um nome da oração principal

apositiva

aposto de um nome da oração principal



01. Indique a função sintática das orações subordinadas substantivas em destaque nos períodos. Siga o exemplo:

O problema é que eles nunca participam das reuniões.
R: Função sintática: predicativo

a) A secretaria da escola informou aos alunos que a prova será na quinta-feira.

b) Todos os jogadores foram favoráveis a que o técnico continuasse treinando a equipe.

c) Naquela ocasião, não foi necessário que você explicasse o motivo de sua falta.

d) Os atores da cidade se opuseram tenazmente a que a prefeitura demolisse o velho teatro.


02. Classifique corretamente as orações subordinadas substantivas em destaque.

a) O velho senador anunciou que se afastará da política.

b) Foi inevitável que o gerente fosse demitido.

c) Todas as pesquisas previam que a inflação cairia.

d) A torcida estava confiante em que o time brasileiro venceria.

e) O gerente informou que os lucros seriam pequenos.

f) Ela só quer uma coisa: que se faça silêncio!

g) Luana não gosta de que peguem suas canetas sem pedir autorização.








GABARITO

01:
a) Objeto direto
b) complemento nominal
c) sujeito
d) objeto indireto

02:
a) Oração subordinada substantiva objetiva direta
b) Oração subordinada substantiva subjetiva
c) Oração subordinada substantiva objetiva direta
d) Oração subordinada substantiva completiva nominal
e) Oração subordinada substantiva objetiva direta
f) Oração subordinada substantiva apositiva
g) Oração subordinada substantiva objetiva indireta



sábado, 21 de dezembro de 2024

ATIVIDADES TEXTO LITERÁRIO E TEXTO NÃO LITERÁRIO COM GABARITO


A natureza da linguagem literária

Você já deve ter tido contato com muitos tipos de texto literário: contos, poemas, romances, peças de teatro, novelas, crônicas etc. E também com textos não literários, como notícias, cartas comerciais, receitas culinárias, manuais de instrução. Mas, afinal, o que é um texto literário? O que distingue um texto literário de um texto não literário?

O escrittor gaúcho Moacyr Scliar escreveu, durante anos, no jornal Folha de S. Paulo, crônicas inspiradas nos acontecimentos cotidianos divulgados pelo jornal.

Você vai ler, a seguir, a última crônica que o escritor publicou nesse jornal antes de sua morte. E vai ler também a notícia na qual ele se inspirou para escrever a crônica.

TEXTO I

Cientistas americanos estudam o caso de uma mulher portadora de uma rara condição, em resultado da qual ela não tem medo de nada.

(Folha de S. Paulo, 17/12/2010. Cotidiano)

TEXTO II

Ele não sabia o que esperava quando, levado mais pela curiosidade do que pela paixão, começou a namorar a mulher sem medo. Na verdade havia aí também um elemento interesseiro; tinha um projeto secreto, que era o de escrever um livro chamado "A Vida com a Mulher sem Medo", uma obra que, imaginava, poderia fazer enorme sucesso, trazendo-lhe fama e fortuna.

Mas ele não tinha a menor ideia do que viria a acontecer.

Dominador, o homem queria ser o rei da casa. Suas ordens deveriam ser rigorosamente obedecidas pela mulher. Mas como impor sua vontade? Como muitos ele recorria a ameaças: quero o café servido às nove horas da manhã, senão... E aí vinham as advertências: senão eu grito com você, senão eu bato em você, senão eu deixo você sem comida.

Acontece que a mulher simplesmente não tomava conhecimento disso; ao contrário, ria às gargalhadas. Não temia gritos, não temia tapas, não temia qualquer tipo de castigo. E até dizia, gentil: "Bem que eu queria ficar assustada com suas ameaças, como prova de consideração e de afeto, mas você vê, não consigo".

Aquilo, além de humilhá-lo profundamente, deixava-o completamente perturbado. Meter medo na mulher transformou-se para ele em questão de honra. Tinha de vê-la pálida, trêmula, gritando por socorro.

Como fazê-lo? Pensou muito a respeito e chegou a uma conclusão: para amedrontá-la só barata ou rato. Resolveu optar pela barata, por uma questão de facilidade: perto de onde moravam havia um velho depósito abandonado, cheio de baratas. foi até lá e conseguiu quatro exemplares, que guardou num vidro de boca larga.

Voltou para casa e ficou esperando que a mulher chegasse, quando então soltaria as baratas. Já antegozava a cena: ela sem dúvida subiria numa cadeira, gritando histericamente. E ele enfim se sentiria o vencedor.

Foi neste momento que o rato apareceu. Coisa surpreendente, porque ali não havia ratos, sobretudo um roedor como aquele, enorme, ameaçador; o Rei dos Ratos. Quando a mulher finalmente retornou encontrou-o de pé sobre uma cadeira, agarrado ao vidro com as baratas, gritando histericamente.

Fazendo jus à fama ela não demonstrou o menor temor; ao contrário, ria às gargalhadas. Foi buscar uma vassoura, caçou o rato pela sala, conseguiu encurralá-lo e liquidou-o sem maiores problemas. Feito que ajudou o homem, ainda trêmulo, a descer da cadeira. E aí viu que ele segurava o vidro com as quatro baratas. O que deixou-a assombrada: o que pretendia ele fazer com os pobres insetos? Ou aquilo era um novo tipo de perversão?

Àquela altura ele já nem sabia o que dizer. Confessar que se tratava do derradeiro truque para assustá-la seria um vexame, mesmo porque, como ele agora o constatava, ela não tinha medo de baratas, assim como não tivera medo do rato. O jeito era aceitar a situação. E admitir que viver com uma mulher sem medo era uma coisa no mínimo amedrontadora.

(Moacyr Scliar. Folha de S. Paulo, 17/01/2011)

ATIVIDADES

1. O texto I é parte de uma notícia internacional.

a) Por que esse fato noticiado mereceu destaque no noticiário?

b) A que campo do conhecimento humano esse fato causa interesse?

2. O texto II foi criado pelo escritor Moacyr Scliar a partir da notícia reproduzida no texto I.

a) Qual dos dois textos trata de um fato concreto da realidade?

b) Qual deles cria uma história ficcional a partir de dados da realidade?

3. O texto II, sendo uma crônica, apresenta vários componentes comuns a outros gêneros narrativos, como fatos, personagens, tempo, espaço e narrador. Além disso, apresenta também preocupação quanto ao modo como os fatos são narrados.

a) O que a narrativa revela quanto a características psicológicas do marido ao longo da história?

b) Que dados da história comprovam sua resposta?

4. Observe estes fragmentos do texto:

"Aquilo, além de humilhá-lo profundamente, deixava-o completamente perturbado."

"E ele enfim se sentiria o vencedor."

Com base nesses fragmentos, conclua: como o homem encarava a característica da mulher de não sentir medo?

5. Em sua última tentativa de amedrontar a mulher, o homem pensa em baratas e ratos.

a) Por que ele imaginou que esses seres poderiam amedrontá-la?

b) O que o resultado dessa experiência mostrou quanto a quem tinha medo desses seres?

6. Você observou que os dois textos abordam o mesmo tema. Apesar disso, eles são bastante diferentes. Essas diferenças se devem à finalidade e ao gênero de cada um dos textos, bem como ao público a que cada um deles se destina.

a) Qual é a finalidade principal do texto I, considerando-se que se trata de uma reportagem jornalística?

b) Qual é a finalidade principal do texto II, considerando-se que se trata de uma crônica literária?

7. A fim de sintetizar as diferenças entre os dois textos, compare-os e responda:

a) Qual deles apresenta uma linguagem objetiva, utilitária, voltada para explicar um problema da realidade?

b) Em qual deles a linguagem é propositalmente organizada com o fim de criar expectativa ou envolvimento do leitor?

c) Qual deles tem a finalidade de informar o leitor sobre a realidade?

d) Qual deles tem a finalidade de entreter, divertir ou provocar reflexões no leitor a partir de um tema da realidade?

e) Considerando as reflexões que você fez sobre a linguagem dos textos em estudo, responda: qual deles é um texto literário? Por quê?









GABARITO

1. a) Por ainda não se conhecer alguém que não tivesse algum tipo de medo.
b) Ao campo científico.

2. a) O texto I.
b) O texto II.

3. a) Revela que ele era um homem curioso, dominador, competitivo.
b) O fato de ele se casar com a mulher por curiosidade, e não por amor; pelas tentativas constantes de dominá-la; pela relação competitiva que estabeleceu com a mulher.

4. Encarava como um desafio pessoal, como uma limitação dele, e não como uma característica dela.

5. a) Porque boa parte das pessoas, principalmente mulheres tem medo de baratas e ratos.

b) Os fatos mostraram que ele é quem tinha medo de ratos e baratas, e não ela.

6. a) Informar o leitor sobre um acontecimento raro.

b) Entreter o leitor, diverti-lo, além de provocar algumas reflexões sobre a natureza humana.

7. a) O texto I.
b) O texto II.
c) O texto I.
d) O texto II.
e) O texto II, por ser um texto que recria ficcionalmente a realidade; por ter uma linguagem propositalmente organizada com o fim de criar mais de um sentido; e por entreter e divertir o leitor, além de provocar reflexões sobre a vida e o mundo.




FONTE: CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português linguagens. 1 ano. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.