O Simbolismo brasileiro inicia-se em 1893, com a publicação de dois livros: Missal (coletânea de poemas em prosa) e Broquéis (poemas), de Cruz e Sousa.
sábado, 3 de setembro de 2022
SIMBOLISMO NO BRASIL (1893-1902)
O Simbolismo brasileiro inicia-se em 1893, com a publicação de dois livros: Missal (coletânea de poemas em prosa) e Broquéis (poemas), de Cruz e Sousa.
sábado, 13 de agosto de 2022
ATIVIDADES FUNÇÕES DA LINGUAGEM - ENSINO MÉDIO
QUESTÃO 01: Leia o texto a seguir.
A Revolução Francesa foi um período, entre 1789 e 1799, de intensa agitação política e social na França, que teve um impacto duradouro na história do país e, mais amplamente, em todo o continente europeu. A monarquia absolutista que tinha governado a nação durante séculos entrou em colapso em apenas três anos. A sociedade francesa passou por uma transformação épica, quando privilégios feudais, aristocráticos e religiosos evaporaram-se sobre um ataque sustentado de grupos políticos radicais, das massas nas ruas e de camponeses na região rural do país.
Antigos ideais da tradição e da hierarquia de monarcas, aristocratas e da Igreja Católica foram abruptamente derrubados pelos novos princípios de Liberté, Égalité, Fraternité (em português: liberdade, igualdade e fraternidade). As casas reais da Europa ficaram aterrorizadas com a revolução e iniciaram um movimento contrário que, até 1814, tinha restaurado a antiga monarquia, mas muitas reformas importantes tornaram-se permanentes. O mesmo aconteceu com os antagonismos entre os partidários e inimigos da revolução, que lutaram politicamente ao longo dos próximos dois séculos.
[...]
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Francesa
Segundo a teoria que atribui à linguagem determinadas funções, podemos dizer que, no fragmento de texto acima, a função primordial é:
(A) fática.
(B) metalinguística.
(C) referencial.
(D) emotiva.
(E) apelativa.
QUESTÃO 02: Leia os textos a seguir.
TEXTO 1
ASTROLOGIA
BARBARA ABRAMO ba@folhasp.com.br
LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Como a Lua nova de hoje ocorre em seu signo, a melhor maneira de aproveitar as ondas de criatividade é abrir-se para receber o que o céu enviar como presságio e intuição. Retire-se da confusão na hora em que ela ocorrer e sinta. Depois anote tudo e confira nas próximas semanas.
TEXTO 2
O jardim Japonês traz lagos com carpas coloridas, pontes de madeira, jardins de pedra e bonsais, além de uma casa de chá. Fica aberto todos os dias, das 10h às 18h, e a entrada custa 3 pesos para adultos e 1 peso para crianças entre 6 e 10 anos.
(Folha de S. paulo, 15.08.04, p. E11)
Quanto às funções da linguagem e sua relação com os elementos que compõem o ato da comunicação, é correto afirmar que, nos textos acima, predomina
(A) a função emotiva.
(B) a função poética.
(C) no texto 1, a função fática; no texto 2, a função poética.
(D) no texto 1,a função conativa; no texto 2, a função referencial.
(E) no texto 1, a função metalinguística, no texto 2, a função emotiva.
QUESTÃO 03: Leia o texto a seguir.
Sentavam-se no que é de graça: banco de praça pública. E ali acomodados, nada os distinguia do resto do nada. Para a grande glória de Deus.
Ele: - Pois é.
Ela: - Pois é o quê?
Ele: - Eu só disse “pois é”!
Ela: - Mas “pois é” o quê?
Ele: - Melhor mudar de conversa porque você não me entende.
Ela: - Entender o quê?
Ele: - Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e já!
(Clarice Lispector. A hora da estrela)
Assinale a opção que apresenta a função da linguagem predominante no texto.
(A) metalinguística.
(B) fática.
(C) referencial.
(D) emotiva.
(E) conativa.
QUESTÃO 04: Leia o texto a seguir.
Uma propaganda a respeito das facilidades oferecidas por um estabelecimento bancário traz a seguinte recomendação:
Trabalhe, trabalhe, trabalhe. Mas não se esqueça: vírgulas significam pausas.
(Veja. 17.08.05, p. 17)
Nesse texto, observa-se um exercício de natureza
(A) a função emotiva.
(B) a função poética.
(C) referencial.
(D) metalinguística.
(E) fática.
QUESTÃO 05: Relacione os fragmentos abaixo às funções da linguagem predominantes e assinale a alternativa correta.
I. “Imagina a cena”.
II. “Sou um homem de sorte”.
III. “O que é uma crônica? Uma página e meia. Portanto, três páginas por mês e o cara me vem com esse papo de Neruda?”
(A) Emotiva, poética e metalinguística, respectivamente.
(B) Fática, emotiva e metalinguística, respectivamente.
(C) Metalinguística, fática e apelativa, respectivamente.
(D) Apelativa, emotiva e metalinguística, respectivamente.
(E) Poética, fática e apelativa, respectivamente.
QUESTÃO 06: Leia os três textos a seguir.
I. O risco permanente no pouso e na decolagem é a marca do tráfego aéreo brasileiro, que cresceu 31% nos últimos dois anos, mas encontrou aeroportos mal-equipados, a frota sucateada e a manutenção precária dos aparelhos. (Veja, n. 26, 26 jun. 96, p. 5)
II. Fique por dentro dos principais acontecimentos da semana com Veja (...). Pegue o telefone e assine já!
III. Quando um texto cita outro, invertendo seu sentido, temos uma paródia. A palavra paródia vem do grego parodía e significa imitação cômica de uma composição literária.
A alternativa que registra, respectivamente, a função predominante da linguagem, em cada um dos textos, é:
(A) fática / conativa / metalinguística.
(B) expressiva / referencial / poética.
(C) referencial / conativa / metalinguística.
(D) referencial / poética / fática.
(E) fática / expressiva / conativa.
QUESTÃO 07: Observe a propaganda a seguir.
No segmento da propaganda “transforme seus ML em gás de verão”, a função predominante da linguagem, manifesta por marcas linguísticas específicas, é a:
(A) conativa ou apelativa, porque há um explícito objetivo de persuadir o leitor a adotar determinado comportamento.
(B) metalinguística, porque há uma particular preocupação com a clareza do texto e, portanto, com o uso de termos adequados aos contexto.
(C) referencial, porque se privilegia o referente da mensagem, levando informações objetivas ao leitor.
(D) emotiva ou expressiva, porque se dá ênfase às emoções de quem enuncia a propaganda.
(E) poética, porque a mensagem é elaborada de forma criativa, destacando-se, particularmente, o ritmo, evidente na sequência da propaganda.
GABARITO
01: C
02: D
03: B
04: D
05: D
06: C
07: A
sábado, 6 de agosto de 2022
QUESTÕES MODERNISMO BRASILEIRO
Ele se aproximou e com voz cantante de nordestino que a emocionou, perguntou-lhe:
- E se me desculpe, senhorinha, posso convidar a passear?
- Sim, respondeu atabalhoadamente com pressa antes que ele mudasse de ideia.
- E, se me permite, qual é mesmo a sua graça?
- Macabéa.
- Maca - o quê?
- Bea, foi ela obrigada a completar.
- Me desculpe mas até parece doença, doença de pele.
- Eu também acho esquisito mas minha mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora da Boa Morte se eu vingasse, até um ano de idade eu não era chamada porque não tinha nome, eu preferia continuar a nunca ser chamada em vez de ter um nome que ninguém tem mas parece que deu certo - parou um instante retomando o fôlego perdido e acrescentou desanimada e com pudor - pois como o senhor vê eu vinguei… pois é…
- Também no sertão da Paraíba promessa é questão de grande dívida de honra.
Eles não sabiam como se passeia. Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas, parafusos grandes e pregos. E Macabéa, com medo que o silêncio já significasse uma ruptura, disse ao recém-namorado:
- Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor?
Da segunda vez em que se encontraram caía uma chuva fininha que ensopava os ossos. Sem nem ao menos se darem as mãos caminhavam na chuva que na cara de Macabéa parecia lágrimas escorrendo.
(B) demonstram a incapacidade de expressão verbal das personagens, reflexo da privação econômica de que são vítimas.
(C) beiram às vezes o absurdo, mas, no contexto da obra, adquirem um sentido de humor e sátira social.
(D) registram, com sentimentalismo, o eterno conflito que opõe os princípios antagônicos do Bem e do Mal.
(E) suprimem, por seu caráter ridículo, a percepção do desamparo social e existencial das personagens.
(B) refere às ações domingueiras do personagem narrador Izé, que se embrenha no mato, carregando uma espingarda a tiracolo como o firme propósito de caçar irerês, narcejas, jaburus e frangos-d’água.
(C) desenvolve um tenebroso caso de ação sobrenatural, por obra de um feiticeiro, que produz cegueira temporária no protagonista e da qual ele se safa por meio de uma reza brava, sesga, milagrosa e proibida.
(D) Vem introduzido por uma epígrafe, extraída da cultura popular, das cantigas do sertão e que condensa e dá, sugestivamente, o tom da narrativa.
(E) caracteriza o espaço dos bambus, lugar onde se encontram gravados os nomes dos reis leoninos e onde se trava floral desafio entre o narrador e Quem será.
(B) dramas femininos ligados exclusivamente ao problema da solidão.
(C) personagens femininas preocupadas com o amor à família.
(D) personagens femininas lutando por causas sociais.
(E) personagens femininas envolvidas com reflexões pessoais desencadeadas por um fato inusitado.
(B) se o discurso do narrador critica principalmente a própria literatura, as falas de Macabéa exprimem sobretudo as críticas da personagem às injustiças sociais.
(C) o narrador retarda bastante o início da narração da história de Macabéa, vinculando esse adiamento a um autoquestionamento radical.
(D) os sofrimentos da migrante nordestina são realçados, no livro, pelo contraste entre suas desventuras na cidade grande e suas lembranças de uma infância pobre, mas vivida no aconchego familiar.
(E) o estilo do livro é caracterizado, principalmente, pela oposição de duas variedades linguísticas: linguagem culta, literária, em contraste com um grande número de expressões regionais nordestinas.
(B) romântica e regionalista.
(C) política e panfletária.
(D) intimista e experimental.
(E) naturalista e erótica.
02: B
03: E
04: C
05: D
sábado, 4 de junho de 2022
ATIVIDADES - ORAÇÕES COORDENADAS - PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO
1. Complete os períodos a seguir, acrescentando a oração (do quadro abaixo) que atenda à ideia expressa nos parênteses.
a) O aniversário estava bem animado… (adição, sequência de ações)
b) O aniversário estava bem animado… (adversidade, oposição)
c) O aniversário estava bem animado… (explicação)
d) As meninas se aproximaram dos meninos… (adição, sequência de ações)
e) As meninas se aproximaram dos meninos… (adversidade, oposição)
f) As meninas se aproximaram dos meninos… (conclusão, dedução)
g) Os deputados preferiam votar… (adversidade, contrariedade)
h) Os deputados preferiam votar… (explicação)
i) Há jovens se casando muito cedo… (explicação)
j) Há jovens se casando muito cedo… (adversidade, oposição)
k) Há jovens se casando muito cedo… (adição, sequência de ações)
l) Os jovens querem expressar suas ideias… (adversidade, oposição)
m) Os jovens querem expressar suas ideias… (conclusão, dedução)
n) Os jovens querem expressar suas ideias… (explicação)
1. pois a música não parava um só instante. 2. então decidiram iniciar a conversa sobre o passeio. 3. entretanto falta amadurecimento em suas relações. 4. e todos ficaram até o amanhecer. 5. pois eram a favor da votação. 6. porque estão atentos às oportunidades. 7. mas a maioria preferiu ir a uma balada. 8. porém não lhe dão oportunidades. 9. e todos conversaram sobre o passeio. 10. portanto precisam de oportunidades. 11. e se divorciando muito cedo também. 12. porém ninguém conversou sobre o passeio. 13. pois começam a namorar muito cedo também. 14. entretanto desistiram da votação. |
GABARITO
A=4
B=7
C=1
D=9
E=12
F=2
G=14
H=5
I=13
J=3
K=11
L=8
M=10
N=6
sábado, 15 de janeiro de 2022
LEITURA - FRAGMENTO DA OBRA VIDAS SECAS DE GRACILIANO RAMOS
VIDAS SECAS de GRACILIANO RAMOS (fragmento)
Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele estado, com a família morrendo de fome, comendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois tomara conta da casa deserta. Ele, a mulher e os filhos tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos - e a lembrança dos sofrimentos passados esmorecera.
Pisou com firmeza no chão gretado, puxou a faca de ponta, esgaravatou as unhas sujas. Tirou do aió um pedaço de fumo, picou-o, fez um cigarro com palha de milho, acendeu-o ao binga, pôs-se a fumar regalado.
- Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta.
Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só. E, pensando bem, ele não era homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos ruivos: mas como vivia em terra alheia, cuidava de animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presença dos brancos e julgava-se cabra.
Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:
- Você é um bicho, Fabiano.
Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho, capaz de vencer dificuldades.
Chegara naquela situação medonha - e ali estava, forte, até gordo, fumando o seu cigarro de palha.
Era. Apossara-se da casa porque não tinha onde cair morto, passara uns dias mastigando raiz de imbu e semente de mucunã. Viera a trovoada. E, com ela, o fazendeiro, que o expulsara. Fabiano fizera-se desentendido e oferecera os seus préstimos, resmungando, coçando os cotovelos, sorrindo aflito. O jeito que tinha era ficar. E o patrão aceitara-o, entregara-lhe as marcas de ferro.
Agora Fabiano era vaqueiro, e ninguém o tiraria dali. Aparecera como um bicho, entocara-se como um bicho, mas criara raízes, estava plantado. Olhou as quipás, os mandacarus e os xique-xiques. Era mais forte que tudo isso, era como as catingueiras e as baraúnas. Ele, Sinhá Vitória, os dois filhos e a cachorra Baleia estavam agarrados à terra.
Chape-chape. As alpercatas batiam no chão rachado. O corpo do vaqueiro derreava-se, as pernas faziam dois arcos, os braços moviam-se desengonçados. Parecia um macaco.
Entristeceu. Considerar-se plantado em terra alheia! Engano. A sina dele era correr mundo, andar para cima e para baixo, à toa, como judeu errante. Um vagabundo empurrado pela seca. Achava-se ali de passagem, era hóspede. Sim senhor, hóspede que demorava demais, tomava amizade à casa, ao curral, ao chiqueiro das cabras, ao juazeiro que os tinha abrigado uma noite.
RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 27. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1970, p. 53-55.